quinta-feira, 30 de junho de 2011

Renato Gaúcho caiu (ou não, segundo Caetano)

Renato Gaúcho, ou Portaluppi para evitar pleonasmos no Rio Grande do Sul, pediu o boné.

Meio que saiu, meio que foi saído.

O presidente gremista Paulo Odone, em coletiva após o empate com o lanterna Avaí por 2 a 2, no Olímpico, deixou a porta escancarada para Renato sair.

E o treinador não se fez de rogado. Acabou saindo.


Renato deixando saudades no Sul


Certa vez, em comentário feito no Facebook sobre a contratação de Falcão para dirigir o Inter, disse sobre o risco de se contar com um grande ídolo da torcida para o cargo.

Imaginem a torcida do Santos gritando "burro" para o Pelé? "Entende"?

Sempre alguém sai chamuscado. Seja o ídolo, seja a direção, ou o time.

No caso de Renato, foi o presidente. O que comprova a força do ídolo perante a torcida.

Mas Portaluppi pode ficar tranquilo. Além da imagem inabalada com a galera tricolor dos pampas, está voltando ao Rio.


Agora, vai para a fila do seguro-desemprego


E como é bom voltar ao Rio! Né não, Renato?



Valeu,

Bruno Porpetta

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Desencantou?

Ronaldinho marcou dois gols na vitória por 3 a 2 contra o América-MG, em Sete Lagoas, e decidiu o jogo.

Deveria ter sido mais fácil, porque o Coelho não é esse time todo. Mas as deficiências defensivas do Flamengo são a cada dia mais latentes.

Bastou o dentuço ser mais participativo que as coisas funcionaram. O Flamengo venceu, ficou todo mundo feliz, mas o adversário era o América-MG.

Resta saber como será contra um adversário de maior porte. Aí sim, podemos ver até onde pode ir o Flamengo, e Ronaldinho!


Valeu,

Bruno Porpetta

terça-feira, 28 de junho de 2011

Um rio de lágrimas

O River Plate, com 15 milhões de torcedores, conseguiu a proeza de cair para a segundona argentina.

Proeza porque o regulamento foi feito justamente para protegê-lo. São necessários três temporadas na maior pindaíba para cair, visto que o descenso se dá pela média das mesmas.

E caiu porque o time era horrível mesmo, ou horriver, diriam os engraçadinhos.

É uma pena, pois ficaremos uma temporada sem um dos maiores clássicos do mundo - Boca x River - e sua torcida permanecerá chorando por todo esse tempo.





Esperamos que, ao menos, não quebrem mais nada.


Valeu,

Bruno Porpetta

domingo, 26 de junho de 2011

Corinthians estabelece a verdade ao São Paulo

O São Paulo teve o grande mérito de vencer os cinco primeiros jogos no Campeonato Brasileiro, e isso ninguém tira.

Para qualquer objetivo que o tricolor paulista tenha na competição, iniciá-la desta forma é de grande valia.

Mas o time do Morumbi já perdeu Lucas para a Copa América, perdeu outros por contusão, vai perder mais para o Mundial Sub-20. Ou seja, será, em parte considerável do Brasileirão, um remendo.

Carpegiani terá que se virar com a molecada recém-promovida das categorias de base para um campeonato longo e desgastante, onde a pressão das rodadas finais pode pesar sobre a juventude.

Lógico, se o treinador durar até lá.

Depois de balançar após a eliminação para o Avaí, na Copa do Brasil, e ser reconduzido ao cargo por ausência de opções no mercado, Carpegiani ficou com uma cruz nas costas, não podendo perder no Brasileirão, sob pena de voltar à gangorra.

Pois não só perdeu, como foi goleado por 5 a 0 pelo maior rival, o Corinthians.

Liédson abre a temporada de caça aos...



Tornou-se exposta toda a fragilidade tricolor. A partir da expulsão de Carlinhos Paraíba, no final do primeiro tempo, o jogo ganhou outros contornos.

Sobre o cartão vermelho, podemos afirmar que houve justiça no mesmo. Ele já havia levado um amarelo, em confusão com Paulinho onde ambos foram advertidos, e logo após, fez falta dura, passível de cartão. Com o acúmulo de cartões, chuveiro pra ele!

No segundo tempo, com um jogador a mais, o Corinthians passeou em campo.

Liédson, que não marcava há três jogos, fez logo três gols para compensar o jejum.

Danilo, ex-sãopaulino, fez grande partida, com direito a um golaço e um passe cheio de doce-de-leite para o quarto gol.

E Jorge Henrique, além de confundir a marcação do tricolor jogando sem posicionamento fixo, arriscou um daqueles chutes de longa distância que, se não são fáceis, são defensáveis, mas Rogério Ceni aceitou.



As vacas alvinegras pediram, e Rogério atendeu



Um frangaço que vinga, de certa forma, o centésimo gol marcado pelo goleiro tricolor no último confronto entre os times.

Agora, o Corinthians se consolida como um dos grandes favoritos ao título, e o São Paulo terá de se conformar com sua realidade. Se não deixa de ser favorito, ao menos já sabe que a vida não será esse mel todo até o final do campeonato.


Valeu,

Bruno Porpetta

O esporádico Ronaldinho

A vitória do Flamengo contra o Atlético-MG por 4 a 1, na noite de sábado, trata de dois Ronaldinhos.

Um era o de sempre. Lento, pouco participativo, errando muito e sem encontrar espaços na defesa do Galo.


Ronaldinho vidente, antecipa o placar



Isso até os 21 minutos do segundo tempo.

O Flamengo perdia por 1 a 0, em um lance de bola parada onde Dudu Cearense - um volante - subiu sozinho e desviou de cabeça. "Premiou" uma partida inócua do Flamengo, cujo domínio da bola se traduziu poucas vezes em chances de gol.

Uma bola cruzada da direita achou Ronaldinho, sozinho, na entrada da área. O camisa 10 dominou no peito e emendou um lindo chute no ângulo. Um golaço!

Daí em diante, foi outro Flamengo, outro Ronaldinho.

Marcando a saída de bola do Galo, o time rubronegro passou a buscar a vitória com maior objetividade.

A virada não demorou muito a chegar. Thiago Neves só escorou cruzamento da direita - por ali, o Flamengo fez uma farra - e marcou o segundo.

O jogo também foi a redenção de Deivid, que marcou dois, aos 40 e 45 minutos.

Ao final, ficou provado que Ronaldinho não precisa ser o mesmo do Barcelona. Ninguém é louco de exigí-lo. Mas um pouco de comprometimento e participação nos jogos não faz mal nem a ele, nem ao time e, principalmente, à torcida. Muito pelo contrário!


Valeu,

Bruno Porpetta

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Santos x Barcelona: o jogo do século!

Porque prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Eles já estão de olho!


Publicado no site do FC Barcelona.


El Santos, campeón de la Copa Libertadores

www.fcbarcelona.cat

El Santos se ha proclamado campeón de la Copa, Libertadores tras ganar el Peñarol de Montevideo por 2-1 en el partido de vuelta jugado en Sao Paulo. El equipo brasileño será uno de los rivales del Barça en el Mundial de Clubes.

Fotos: santosfc.com.br
Fotos: santosfc.com.br

Cuatro equipos clasificados para el Mundial de Clubes.
Tras la victoria del Santos en la final de la Copa Libertadores, la octava edición del Mundial de Clubes 2001 ya tiene cuatro equipos clasificados. Se trata del FC Barcelona, como campeón de la Liga de Campeones, el Monterrey mexicano, en calidad de campeón de la Concacaf, y el campeón de la Confederación de Oceanía, el Auckland City, de Nueva Zelanda. Quedan por definir los campeones de la CAF (Confederación Africana), la AFC (Confederación Asiática) y el campeón de la Liga de Japón como país anfitrión.
Por segunda temporada consecutiva, un equipo brasileño se proclama campeón de la Copa Libertadores y participará en el Mundial de Clubes que se disputará en Japón el próximo mes de diciembre. El Santos será uno de los rivales del FC Barcelona en esta competición después de proclamarse campeón de la Copa Libertadores superando al Peñarol de Montevideo por 2-1 en el partido de vuelta disputado en el estadio Pacaembú de Sao Paulo.

Neymar rompe el muro defensivo uruguayo

Al Santos sólo le valía la victoria tras el 0-0 del partido de ida jugado en Montenvideo y salió decidido a marcar lo antes posible consciente de que el Peñarol basaría su fuerza en la solidez defensiva y en las salidas al contragolpe.

SANTOS_CAMPIO_2.jpgDurante el primer tiempo, el campeón uruguayo controló la situación impidiendo que fructificaran los ataques brasileños, llegándose al descanso con el 0.0 inicial. Pero tan pronto empezó el segundo tiempo, la joven estrella del Santos, Neymar marcaba el 1-0 con un disparo raso aprovechando una asistencia de Arouca.

Danilo remata la final

El gol de Neymar rompió los esquemas del Peñarol que se vio obligado a tomar riesgos. El Santos no lo desaprovechó y cuando los uruguayos presionaban con más insistencia la portería de Rafael, el lateral Danilo marcaba el 2-0 con un disparo ajustado al palo en el minuto 68.

El Peñarol necesitaba dos goles para cambiar la situación y el técnico visitante Diego Aguirre dio entrada al delantero Estoyanoff. Su presencia obtuvo el fruto deseado ya que en su primera acción, un centro suyo provocó el gol en propia puerta de Durval.

Era el 2-1 y el partido enloqueció. El Santos disfrutó de alguna ocasión más para redondear la victoria como dos disparos de Neymar y Zé Eduardo que se estrelló en el palo. El Santos conseguiría su tercera Copa Libertadores en la que ha sido la repetición de la final de 1962 con el mítico Pelé en las filas del equipo brasileño.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

É hora da camisa jogar!

Chegou o grande dia!



Qual camisa joga mais?



Hoje, Santos e Peñarol decidem quem leva o caneco da Libertadores!

O Santos, favorito, terá a volta de Ganso, Léo e Jonathan, vindos de lesão, além de Edu Dracena, retornando de suspensão.

Há de se ter cuidado com Ganso. É a segunda lesão mais séria em sequência, e a falta de ritmo pode pesar.

Por outro lado, o Peñarol também deve ter cuidado com Ganso, que decide um jogo em fração de segundo.

O time uruguaio tem Martinuccio, muito perigoso. E não era favorito contra Inter, Universidad Catolica e Velez. Mas tá aí, não tá?

Programão para quem gosta de futebol.

Principalmente para santistas e carboneros, que testarão seus corações nesta noite.

O Pacaembu vai ferver!


Valeu,

Bruno Porpetta

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O craque mais escondido da cidade

Mais uma vez, Ronaldinho Gaúcho foi vaiado ao sair de campo. Agora, contra o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro.

É de se pensar.

Ronaldinho foi envolvido em uma das mais confusas negociações da história do futebol brasileiro, onde o clima era de leilão. E o Flamengo venceu a disputa contra Grêmio e Palmeiras.

Não nos cabe agora, discutir os rigores éticos da negociação. Até porque esta se deu sob circunstâncias muito estranhas.

Mas o que queremos debater são os ganhos com a contratação. Sejam financeiros, sejam esportivos.

É... tá de chorar mesmo.


Ronaldinho nunca mais, e isso já se sabia, será o craque que foi no Barcelona.

O que se esperava era apenas um futebol, dado o seu nível técnico em relação à média do futebol brasileiro, superior.

Ao mesmo tempo, seu salário - na ordem de 1, 8 milhão de reais - é pago, na maior parte, por investidores. Dentre eles, a Traffic. O Flamengo, por sua vez, contribui com 20% da bolada. Gasta "apenas" 360 mil reais por mês.

Pensando na média salarial do jogador de futebol profissional, cerca de 900 reais, é um bom ordenado. Né não?

Consideremos que os salários do futebol profissional são diretamente proporcionais ao valor que os jogadores rendem aos clubes. O que, em tese, justifica os salários astronômicos dos craques.

Tais rendimentos são verificados, principalmente, no uso da imagem dos jogadores. Seja em propagandas institucionais dos clubes, ou na obtenção de patrocinadores.

As empresas que procuram no futebol uma maior exposição de suas marcas, pagam mais por camisas que são ostentadas por craques. Os grandes jogadores, principalmente os de fama internacional, valorizam as marcas dos clubes que, por sua vez, arrecadam mais em parcerias, bilheterias e pacotes de TV.

Ronaldinho, que já não estava nenhuma Brastemp lá em Milão, veio com este propósito. Além de dar qualidade ao meio-campo rubronegro. Ou ao ataque. Ou sabe-se lá onde.

Até agora, Ronaldinho não se encontrou. Quando jogou no ataque, nada produziu. Ao jogar no meio, produziu um pouco, mas em jogos fáceis. Ou seja, muito pouco para a torcida que lhe dá claque, do ponto de vista do campo de jogo.

Mas o craque Ronaldinho pode render fora de campo, certo?

Por enquanto, não. O Flamengo já padece há meses sem um patrocínio master (aquele tradicional da camisa, mais valioso) e, por conta do futebol apresentado, a média de público não é das maiores.

Tudo bem, tá faltando o Maracanã. Chegar ao Engenhão é trabalhoso e a torcida ainda não criou hábito de frequentá-lo.

Pode ser uma hipótese, mas para ver um grande craque, nenhuma torcida mede esforços. A não ser, quando ele não rende.

A única coisa que, aparentemente, vai bem, é a venda de camisas. Até aí, é natural.

Para além disso, não muita coisa.

O Flamengo é o time com mais empates no ano. Conseguiu ser campeão estadual invicto, sem convencer ninguém e tendo como destaques o goleiro Felipe, o lateral Léo Moura, o volante Willians e o meia Thiago Neves.

Ronaldinho, o maior salário do Brasil na atualidade, foi só mais um no time. Muito menos do que se imaginava.

A primeira grande vaia recebida por Ronaldinho foi na única derrota do time no ano. No resultado que, no fim das contas, eliminou o Flamengo da competição mais importante do primeiro semestre de quem não está na Libertadores. Até porque é o caminho mais fácil para se chegar na competição sulamericana.

Na ocasião, a torcida tinha total razão na reação. Ronaldinho fazia uma partida lastimável, mas permaneceu no campo até o final. Afinal, o craque sempre pode decidir em um só lance. Não aconteceu.

O treinador Vanderlei Luxemburgo sempre se reporta ao fato de que o jogador passou 12 anos fora do Brasil, e a readaptação é difícil. Entendemos, pois o ritmo de treinos e jogos do futebol europeu é completamente diferente. Coisas de um calendário "um pouco" mais organizado que o nosso. Além de regimes abertos que, inclusive, derrubam teses de vários treinadores brasileiros.

Pois bem. Imaginamos ser difícil para os torcedores compreenderem as dificuldades de adaptação ao seu próprio país. O arroz, feijão, bife e batatas fritas, de fato, é uma inovação culinária difícil de engolir. E a bola, apesar das irregularidades do gramado, é tão esférica quanto às europeias.

Havia um outro camisa 10 da Gávea, este dizia que: quem sabe de bola, joga com ela em qualquer lugar. Mas não exijamos tanto de Ronaldinho.

Ocorre que, após meses de readaptação, a torcida continua à espera de Ronaldinho. Quando empolgou, na estreia no Brasileiro, ficou só nisso. Não repetiu a grande atuação daí pra frente, e ainda vem piorando.

Sua atuação, contra o Botafogo, lembra muito àquela no jogo com o Ceará, pela Copa do Brasil.

Apagadíssimo! Errou tudo o que tentou, quando tentou.

Mostrou uma característica que, salvo raríssimas ocasiões, vem marcando seus primeiros meses no Flamengo. Tem dificuldades, inclusive, no domínio de bola. E isto, não se esquece quando se pratica futebol com frequência.

Os consagrados lances de YouTube, às vezes, aparecem. Quase nunca resultam em boas jogadas de ataque.

Desta vez, Ronaldinho foi substituído. A resposta da torcida já é sabida.

Constrangedor, para quem carrega o nome, e o salário, de um astro do seu porte. Resta saber se o próprio ainda se constrange com isso.

Diante de tudo, a torcida rubronegra vibra diante da contratação de Ronaldinho Gaúcho, mas ainda aguarda seu retorno aos campos. Se o virem por aí, digam que o campeonato já começou, e o clube que paga seu salário não vai bem.


Valeu,

Bruno Porpetta


São Marcos, um herói (não só) palmeirense

O título chega a ser óbvio!

Marcos é, sem dúvida alguma, o maior ídolo da torcida do Palmeiras em atividade e já se encontra entre os maiores da história do clube.

Não só pelo fato de nunca ter jogado em outro clube, de ser torcedor declarado do Palmeiras, de ter defendido pênaltis importantíssimos e ser o grande goleiro que, ainda, é.

Mas o santo milagreiro alviverde é, principalmente, a voz do torcedor dentro de campo.





Se o sonho de 11 a cada 10 torcedores era jogar pelo seu clube do coração, Marcos o realizou.

Nunca teve papas na língua. Já criticou todo mundo, e foi criticado por isso. Mas fez o que todo torcedor faria se estivesse em campo.

Suas entrevistas são fonte permanente de notícias. Com toda a simplicidade de um "caipira" de Oriente, no interior de São Paulo, Marcos expõe aquilo que pensa. Para o bem, ou para o mal.

Foi decisivo na Libertadores de 1999. Falhou no gol do Manchester United, pelo Mundial de Clubes do mesmo ano. Respondeu à altura na Copa do Mundo de 2002, com atuações exuberantes.

Hoje, contra o Avaí, Marcos foi chamado para uma "homenagem", em seu último ano como jogador profissional.

Quando vencia por 4 a 0, sobre o Avaí, o árbitro marcou um pênalti para o Palmeiras. A torcida e vários jogadores do Palmeiras convocaram Marcos para a cobrança. E ele não foi!

Após o jogo, declarou não querer desrespeitar o adversário, nem o goleiro Aleks, em início de carreira.

E, mais uma vez, Marcão faz a diferença. Ele não está nem aí para o seu próprio ego, sim para o Palmeiras.

São cada vez mais raras pessoas assim. E não falo somente de jogadores.




Por essas e outras, Marcos não é somente um herói da torcida palmeirense, mas de todo o futebol brasileiro.


Valeu,

Bruno Porpetta

domingo, 19 de junho de 2011

Eduardo Galeano: um gênio, não um intelectual!

Nesta entrevista, concedida aos acampados da Praça Catalunha, em Barcelona, além de destacar o papel da juventude na transformação deste mundo, que é "uma merda", em outro possível, ele descasca a intelectualidade.

Segundo o jornalista e historiador uruguaio, os intelectuais "tem a cabeça separada do corpo", e ele não se propõe a ser "uma cabeça rolando" por aí.

O que reforça minha admiração por este, que como poucos, descreveu de forma maravilhosa os séculos de exploração das colônias europeias sobre os países da América Latina.





Pra melhorar, o cara ainda é fanático por futebol, sendo torcedor apaixonado pelo Nacional, de Montevidéu, e fã do futebol brasileiro.

Não à toa, um dos meus livros de cabeçeira é Futebol ao sol e à sombra, de autoria dele.


Valeu,

Bruno Porpetta

Feliz aniversário, Sr. Chico!

Hoje, 19 de junho, não dá pra começar o dia sem falar do aniversário deste que é um dos maiores talentos da nossa música e, por que não, de nossa literatura.

Francisco Buarque de Hollanda, ou simplesmente Chico, completa 67 anos.

Uma vida que une boemia, genialidade e um insistente desejo de liberdade, expresso, principalmente, durante a ditadura militar, onde suas canções foram tema das lutas por democracia.

Abaixo, a música Carioca, do disco Cidades. Uma homenagem ao Rio de Janeiro, cujas cenas justificam a mesma.




Parabéns, Sr. Chico Buarque! Sua obra permanece relevante nas vidas de muita gente. Inclusive a minha!



Valeu,

Bruno Porpetta

sábado, 18 de junho de 2011

"Novidade" na discoteca

Minha mais "nova" aquisição é o relançamento comemorativo dos 20 anos do Ten, primeiro disco do Pearl Jam.

Apesar de ter o original, comprei porque haviam duas músicas no Bônus que eu não tinha.

Vai gostar de Pearl Jam assim, lá em Seattle!




Para os trintões, como eu, matarem saudades, um dos maiores sucessos do disco e da história da banda.

Com vocês, Alive!



Valeu,

Bruno Porpetta

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ah, Zé Eduardo...

O Santos ficou no zero com o Peñarol, no lendário estádio Centenário, em Montevidéu.

O resultado é bom, sem dúvida. Mas o Peixe podia ter matado o confronto fora, não o fez.

Mas como nem tudo na vida são más notícias, tem uma ótima!

À partir da quarta-feira próxima, nenhum santista terá mais de aguentar o Zé Eduardo perdendo gols no comando do ataque.




Dadá já dizia: "Não existe gol feio, feio é não fazer o gol!"


Valeu,

Bruno Porpetta

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Chegou a hora!

Começa hoje a grande final da Libertadores da América.

Grande pela importância da competição e, principalmente, pelos times envolvidos.

Santos e Peñarol já tem muita história pra contar, e escreverão mais um capítulo em 2011.




Em tempo, o vídeo acima repete aquela ladainha de "Brasil na Libertadores", da qual não compartilho.

Por um motivo muito simples. Se um dia eu puder escolher minha nacionalidade, sou flamenguista, não brasileiro.

Torço pelo Santos por outras duas razões: minha família, que é toda santista, e, principalmente, porque estou louco pra ver Santos x Barcelona no fim do ano.


Valeu,

Bruno Porpetta

terça-feira, 14 de junho de 2011

Juninho, um cara diferenciado

Ele voltou pra ganhar menos do que eu: raríssimo!


O maior destaque da última rodada do Brasileirão foi a apresentação do novo reforço do Vasco. O velho conhecido, e ídolo da torcida vascaína, Juninho Pernambucano, o Reizinho da Colina.

Embora já com 36 anos, por onde passou, deixou saudades.

Seja no Sport, onde começou, no Vasco, seu auge no Brasil, Lyon, onde é Deus, e no Al Gharafa, onde fez seu pé-de-meia.

Além da grande (e bonita) festa para recebê-lo em São Januário, com 30 mil pessoas nas arquibancadas e vários ex-companheiros de Juninho no Vasco, o que mais chama a atenção é o modelo de contrato entre as partes.

Juninho vem para receber um salário mínimo mensal, além de gratificações por objetivos alcançados.

No atual estágio do profissionalismo no futebol, é impensável um salário de 600 reais em um clube grande brasileiro. Embora seja esta a realidade nos grotões do nosso futebol.

Segundo Juninho, em entrevista coletiva na sede náutica do Vasco, é bom para ele e para o Vasco. E é mesmo!

Ele não garante ter condições de apresentar um bom futebol no Vasco. Pode ser que apresente, mas na atual idade, não pode assegurar.

Se não apresentar, ninguém vai poder dizer que ele é um mercenário. Se apresentar, com as gratificações, vai fazer um bom dinheiro. E a torcida ficará agradecida.

É de uma consciência ímpar a postura de Juninho. De um raro respeito por um clube tão importante na sua carreira, onde ganhou os principais títulos que um time brasileiro pode ganhar.

Juninho sempre disse o que pensava. Nunca escondeu suas posições de ninguém e as expunha de forma muito clara e inteligente.

Mostrou-se, durante a carreira, um jogador e um homem diferenciado. Por seu futebol exuberante e sua conduta fora dos campos, absolutamente contrária aos holofotes dos quais os craques, em sua maioria, gostam.

E numa boa, torço muito para que dê certo! Será muito bom poder rever o bom futebol de Juninho.

Diga-se de passagem, o maior injustiçado da Copa de 2006.


Valeu,

Bruno Porpetta


domingo, 12 de junho de 2011

Dica musical

Não acho o Fagner um gênio, mas gosto muito dele.

Acabo de conhecer esta música do Fagner sobre futebol. Tem um ritmo controverso, alguns podem não gostar, mas eu gostei.

Se chama Bola no Pé.

Ouça e comente. Diga se gostou ou não, e por quê?






Valeu,

Bruno Porpetta

sábado, 11 de junho de 2011

Cruzeiro: uma depressão azul

É chegada a hora de refletir! O que acontece com o Cruzeiro, que, sistematicamente, frustra a todos no momento onde é mais adulado?

O Cruzeiro é um time que, historicamente, joga bonito. O futebol do clube de Tostão - o verdadeiro poeta da bola - tem, em seu sangue azul, o vírus da beleza. A arte de jogar futebol, ao invés da brutalidade com a bola.

Ultimamente, é bom que se diga, o Cruzeiro parece perder toda sua pujança, justo quando ela se faz necessária.

Depois do time de Alex, que engatou uma tríplice coroa em 2003, o Cruzeiro não ganhou nada mais expressivo. Só Campeonatos Mineiros! E digo só porque, sempre, a competição tem Atlético-MG e Cruzeiro. O América-MG, que um dia já fez parte da disputa, hoje está no outro grupo: daqueles que podem, eventualmente, aparecer entre os dois. Como já foi o Ipatinga, por exemplo.

Em 2009, o Cruzeiro foi à final da Libertadores. Era hora de tornar a vencer um torneio importante, e o jogo de ida, na Argentina, contra o Estudiantes terminou empatado. Excelente resultado para a volta no Mineirão.

Mas quem mandou no jogo de volta, foi Verón. E o Cruzeiro perdeu por 2 a 1, em casa.

Naquele momento, iniciava-se o Brasileirão, e o time mineiro teve um péssimo início, com a ressaca da derrota na Libertadores. Depois conseguiu uma boa reação, e retornou à Libertadores.

A tal ressaca derrubou um time que era considerado favorito ao título.

Chegou do mesmo jeito à Libertadores 2010, passou em segundo no grupo do Velez, mas com ataque mais positivo. Despachou com facilidade o Nacional (URU), vencendo os dois jogos, e foi para o confronto com o São Paulo como favorito.

O São Paulo tinha um futebol que não convencia a ninguém. Vencia, mas não teve uma grande atuação em toda a temporada. Até enfrentar o Cruzeiro.

Daí foram dois grandes jogos contra o favoritismo da Raposa, e esta voltou com o rabo entre as pernas para sua toca em Belo Horizonte.

Durante o Brasileiro 2010, Cruzeiro e Galo já não tinham o Mineirão, o primeiro dos grandes estádios a fechar para reforma de olho na Copa. Sem casa, o time - mais uma vez favorito - não se encontrou nos mais variados lugares que escolheu para jogar. Foi preciso uma outra recuperação para, novamente, voltar à Libertadores.

Aí veio 2011, e o Cruzeiro entrando sempre na mesma condição. Favorito a tudo o que disputa no ano.

A Libertadores foi um assombro. O Cruzeiro enfiava goleadas nos adversários como as traves tivessem 40 metros de distância de uma para a outra. Inclui-se aí, duas goleadas contra o ex-algoz, Estudiantes de La Plata!

Fez a melhor campanha da primeira fase, e enfrentaria o pior segundo colocado decidindo em casa, agora já estabelecida como a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

O sparring da vez era o Once Caldas, que em 2004 já havia aprontado muito, a ponto de ser campeão da Libertadores. Mas em 2011, não era nada demais.

Novamente um empate no jogo de ida, na Colômbia. Novamente uma derrota em casa, por 2 a 0. Pra não falar no destempero do treinador Cuca, que deu uma cotovelada no jogador do time colombiano. Mais uma vez, o favorito estava fora.

Logo na sequência, um alento! A final do Campeonato Mineiro, que poderia ser um termômetro do quanto a derrota na Libertadores afetou o time e o treinador, que costuma ser um depressivo de carteirinha. Cruzeiro campeão sobre o Atlético-MG! Havia esperança!


Apesar de, mais uma vez, ser favorito, o início de Brasileirão do Cruzeiro já é catastrófico. Dois pontos em quatro partidas. Já está a 10 pontos atrás do líder, o São Paulo.

E o pior é que não dá pra jogar a culpa no Cuca.

Primeiro, porque o time dirigido por Cuca reverteu a situação adversa do Brasileirão passado, goleou geral na Libertadores e jogava bem. Depois, porque o próprio Cruzeiro, sem Cuca, já fez as mesmas patacoadas em anos anteriores.

Ou seja, o Cruzeiro sofre de uma espécie de transtorno depressivo, que o derruba quando mais se espera dele.



Precisa de muita terapia pra entender...



Hoje, o Cruzeiro conseguiu a proeza de empatar, em casa, com os reservas do Santos. Não ganharam de ninguém até agora!

Vão deixar para se recuperar depois? Ótimo! Mas todo mundo já sabe o script dessa novela, e a torcida já não aguenta mais. Deprime junto com o time.

Pudera. Se o próprio clube, em seu site, lista, junto aos títulos, todos os vice-campeonatos. Desde quando vice é título? Só para casos clássicos de depressão coletiva!

Veja no link abaixo:


De Belo, o Horizonte do Cruzeiro não tem nada.

Mesmo assim, eles continuam favoritos. Como em 2009, 2010, ...


Valeu,

Bruno Porpetta

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Cesare Battisti está livre, sem surpresas

O Supremo decidiu pela não extradição de Cesare Battisti para a Itália, por 6 a 3. Uma vitória dos lutadores sociais, cuja luta não deve ser condenada pelo fascismo.

Fora a frustração de Berlusconi e da Globo, o que em si já é fantástico, os três votos favoráveis a extradição foram dos "surpreendentes" Gilmar Mendes, Ellen Gracie e Cezar Peluso.



Esse negócio de democracia é um saco...



Gilmar Mendes é o mais famoso defensor dos fracos e oprimidos, tais como os latifundiários, Daniel Dantas, Jader Barbalho, entre outros. Além dos arquivamentos de processos contra ministros do governo que o colocou lá, o de FHC.

Ellen Gracie tem bico de tucana, penas de tucana, asas de tucana, mas jura de pés juntos que não é! Outra indicada pelo governo FHC - ou poderíamos chamá-lo agora de THC? - que não tem em sua folha corrida tantas barbaridades quanto às de Gilmar Mendes, o fazendeiro.



Não é a cara da Ellen Gracie?



E Cezar Peluso, atual presidente da casa, já é um velho "conhecido" meu. Se formou, tal como este que vos escreve, na distinta Faculdade Católica de Direito de Santos, a famosa Casa Amarela!

Lá, tive dos dias mais felizes da minha vida, apesar de odiar o curso de Direito e ser o único que, em cinco anos, só vestiu terno e gravata, no máximo, três vezes. No restante, era bermuda, chinelo e camiseta (às vezes do Metallica, às vezes do Flamengo, às vezes do PT). Quando muito, um casaco no frio.

Fui do Centro Acadêmico Alexandre de Gusmão, tal como o presidente do STF. Só que, diante das minhas vestimentas, nunca fui presidente, cargo que foi ocupado em 1966 por Peluso. Não fazia questão também, ficava na minha diretoria sócio-cultural. Onde ninguém sabia exatamente pra que servia, e por isso me dava liberdade pra fazer o que eu quisesse.

Através dela, militei na FENED (Federação Nacional dos Estudantes de Direito), na UPED (União Paulista dos Estudantes de Direito), fui do CES (Centro dos Estudantes de Santos, a primeira entidade estudantil do país) e viajei pra caramba.

Também participava dos Jogos Jurídicos, dos quais fomos expulsos por atos hostis aos princípios esportivos, mas em especial aos bem cuidados garotos da USP , PUC-SP e Mackenzie. Organizamos outra liga, e nos divertimos tanto quanto. Quantas histórias! Em Guaratinguetá, São Manuel, Avaré...


Esta estação, em São Manuel, funcionava até nossa chegada



Encerrado meu ciclo universitário, posso ter deixado algumas más impressões. Tem gente que jura que eu sou maluco, outros que eu era politicamente amplo demais, alguns já acham que eu sou estreito e radical. Vai entender?

Mas de uma coisa posso ter certeza. Nunca ninguém sequer levantou alguma suspeita de colaboração com a ditadura.

Tudo bem, quando eu estava lá não tinha ditadura. Pelo menos, não oficialmente. Mas de qualquer forma, nunca ouvi dizer que eu colaborava sequer com a direção da faculdade, quiçá com o governo de plantão.


Peluso e Flanders: mórbida semelhança



Já o outro...

Por essas e outras, até compreendo o voto dos três no julgamento de Battisti. Super coerente!


Valeu,

Bruno Porpetta

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Palocci, vai com Deus!

Pelo segundo governo consecutivo, Antonio Palocci "é saído" de um Ministério estrategicamente importante para o Planalto. Ambas as saídas por escândalos de corrupção, sejam eles verídicos tal como foram contados, sejam mega-produções midiáticas a serviço da tucanalha.

Durante o governo Lula, Palocci era Ministro da Fazenda.

Foi o segundo na escala de dinamites da direita tradicional. O primeiro foi José Dirceu, da Casa Civil, substituído pela então Ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef.

Sua atuação como mandatário da grana toda, não era contestada pela porção de membros da sociedade brasileira que, coincidentemente, são proprietários de bancos.

Somente a oposição, e todo seu arcabouço teórico em economia, pedia sua cabeça.

Se uma parte, a de direita, referia-se tão somente ao índice de juros, a outra, da canhota, falava da política econômica. A primeira já foi governo, e fez a mesma coisa. Já a segunda, era muito pequena, e tinha pouca representação no Congresso.

Palocci, que nadava de braçada junto ao banqueiros, tropeçou num caseiro. O tal de Francenildo (que sumiu, diga-se de passagem) acabou servindo como um prato cheio à dupla infernal PSDB/DEM. Palocci caiu pela primeira vez!



Palocci: para os banqueiros estava tudo certo!



Agora, o vultuoso aumento das suas próprias economias, gerou a primeira grave crise para o governo Dilma administrar.

Com uma diferença, o "menino de ouro" das gravatas do mercado financeiro era o Ministro da Casa Civil. Responsável, dentre outras coisas, a articular interesses do governo junto às Casas Legislativas.

Por isso, da mesma forma que José Dirceu, era o personagem central do governo, e principal alvo da oposição de direita.

Apesar de todas as semelhanças políticas com o caso de Dirceu, existe uma diferença clara de perfil entre o ex e o atual.

José Dirceu, apesar de negar todas as acusações, e as nega até hoje, assumiu para si todo o impacto da crise. Lutou sozinho contra os leões do Congresso e caiu! Depois disso a pauta esfriou, o ex-Ministro perdeu seus direitos políticos, mas o governo sobreviveu. Via-se, em sua conduta, a defesa de um projeto. Concordemos ou não com o dito cujo.

Palocci demorou a responder às acusações, deixou o circo pegando fogo por um tempo, para depois dar justificativas inconsistentes que não resolveram a crise.

Parecia que, na verdade, queria se preservar, e só. O governo entrava numa sinuca de bico que Palocci não se dispunha a dar sua cara a tapa para dirimir.

Até que o Ministro foi chamado para uma conversa com Dilma, e pediu o boné! Palocci caiu pela segunda vez!

Em seu lugar, assumiu Gleisi Hoffmann, de perfil mais técnico. Que, aliás, era também o de Dilma, quando substituiu José Dirceu.

Vendo os interesses aos quais patrocinava, a queda de Palocci não é uma má notícia.

O problema é que o PMDB está de olho nas relações com o Parlamento, e já indica caminhos para tal. É o preço de manter lobos por perto!

Esperamos para saber como o governo conduzirá a questão. Se entregará à chantagem do PMDB, partido do vice e de maior bancada parlamentar? Ou tentará uma saída mais honrosa para o partido da Presidenta?

Seja qual for a decisão, ao menos, estamos livres do melhor amigo dos banqueiros.

Vai com Deus, Palocci! Mas vê se não volta, por favor!


Valeu,

Bruno Porpetta

Acreditem se quiser, o Vasco é campeão!

Depois de oito anos de jejum, incluindo uma passagem pelo vale das sombras da segunda divisão, o Vasco volta a comemorar um título.

E não foi qualquer um! Venceu a Copa do Brasil, e é o primeiro clube garantido na próxima Libertadores.



Em ano de eleição no Vasco, todo mundo quer sair na foto



Se o nível técnico da final não foi lá essas coisas, emoção não faltou.

O Vasco tinha vantagem, pois venceu o primeiro jogo, em São Januário, por 1 a 0.

Aliás, notou como esse resultado de 1 a 0 em casa tem feito a diferença?

Quem joga a primeira em casa está pensando, prioritariamente, em não levar gols. Se fizer, melhor ainda!

O jogo começou muito nervoso. O Coritiba tentava manter a posse de bola, mas errava muitos passes, e o Vasco dava chutões para a frente, buscando Eder Luis em velocidade.

Na primeira vez que botou a bola no chão, aos 12 minutos do primeiro tempo, o Vasco saiu na frente. Tabela na direita, a jogada de linha de fundo e o cruzamento de Eder Luis que encontrou Alecsandro livre na pequena área para marcar. O Coxa precisaria de três gols para levar o caneco.

Sentindo a pressão, o treinador Marcelo Oliveira sacou um volante e pôs um atacante, ainda no primeiro tempo. Deu resultado, e aos 28, após cruzamento da esquerda e a bola escorada de cabeça, Bill empatou a parada. Mas ainda faltavam dois!

Com o Vasco tentando amarrar o jogo e o Coritiba tentando empurrar o Vasco para o seu campo, a partida ficou um pouco chata. Mas, no finalzinho da primeira etapa, aos 44, após falha coletiva da zaga vascaína, Davi virou o placar. Faltava um só, e ainda tinha todo o segundo tempo pela frente.

E foi exatamente neste aspecto que o Coritiba pecou. Se um time tem 45 minutos para fazer apenas um gol, toca a bola, espera, não precisa sair como um bando de malucos desesperados atrás do tento. Não foi o que o Coxa fez.

Resultado, abriu espaços demais. E em um dos avanços cruzmaltinos, Eder Luis chutou forte, no meio do gol, e Edson Bastos aceitou. Aos 12 minutos, a fatura estava praticamente liquidada!

Porém, nove minutos depois, Willian matou a bola no peito, e de fora da área, acertou um lindo chute. Um golaço! O Coxa estava de novo no jogo.

Daí pra frente, foi uma bateria de ataques alviverdes contra a defesa vascaína, mas muitos pelo alto, onde a zaga do Vasco sabe se virar. E se virou!

O Vasco ainda teve algumas oportunidades de contra-atacar, mas desperdiçou.

E o jogo acabou, aos 50 minutos, após quase meia hora de desespero da torcida vascaína. O Vasco volta a figurar como protagonista na elite do futebol.

E Dinamite sorri, em ano eleitoral no clube!


Valeu,

Bruno Porpetta

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Em Ronaldo, uma esperança!

Ao ver Ronaldo jogando pelo Brasil, por 17 minutos, contra a seleção da Romênia do B, o meu coração, e o de muitos, se encheu de esperança!

É possível jogar um amistoso pela seleção brasileira, a título de despedida, com vários quilos acima do peso! Obeso mesmo, não mais gordo.

O ex-craque da seleção parecia ter abandonado a carreira há uns 10 anos. Tava com jeitão de "tiozão do churrasco"!

Antes que digam que estou de marcação com o Ronaldo, acho merecidíssima a homenagem.



De forma divertida, Teixeira conta ao Fenômeno como escapar de tantas acusações, inclusive às dele!



Mas, para isso, foi preciso cumprir alguns pré-requisitos. Anotem aí, caso queiram ser homenageados também.

Primeiro, após passar anos criticando os dirigentes do futebol brasileiro, em especial, Ricardo Teixeira, retirem tudo o que disseram!

Esqueçam a desorganização, o amadorismo, as mutretagens, os horários estapafúrdios dos jogos, o calendário que força os jogadores a disputar quase 90 jogos em uma temporada e ainda não possibilita os clubes a arrecadarem com torneios amistosos no exterior pra reforçar o caixa e projetar seus nomes internacionalmente.

Aliás, não só esqueçam, como posem para fotos e se tornem os melhores amigos do chefão da gangue do futebol! A ponto de integrar o Comitê Organizador da Copa, que promete mundos e fundos para eles.

Feito tudo isso, as chances de ganhar um jogo de despedida da seleção cresce consideravelmente. Todo mundo vai tocar a bola pra você, independente do que você faça com ela.

Gordinhos de todo o mundo, uni-vos!

Será motivo de orgulho, para contar aos netos!

E aí? Topa?


Valeu,

Bruno Porpetta


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Quem salva os Bombeiros?

A ocupação do quartel central dos Bombeiros Militares do Rio de Janeiro ainda dá pano pra manga. E deve dar por um bom tempo.

Primeiro, porque o governo do Estado acha que os 950 reais mensais de piso para a corporação estão de bom tamanho.

Os Bombeiros, a instituição mais respeitada do país - inclusive acima do Palácio Guanabara - ficaram de fora da festa da segurança pública.

A pasta de José Mariano Beltrame foi, substancialmente, inflada, tanto do ponto de vista orçamentário como midiático.

Claro! Só para quem mata, não para quem salva.



De heróis a bandidos em um simples pedido de aumento



Depois, a queda do comandante-geral do Corpo de Bombeiros, a prisão e a ameaça de exoneração das centenas de bombeiros envolvidos, tornou evidente que a corporação deve servir de exemplo aos demais. Quem desafiar o governo e insistir nesta patacoada de sonhar em ter uma vida minimamente decente, com salário digno, na profissão que escolheram, será rigorosamente punido!

Vai que a "menina dos olhos" do governo, as UPP's, começam reivindicar o mesmo? Acaba, por completo, a imagem de bom moço de Sérgio Cabral, o filho.



Parecido com o ídolo, que também já foi considerado bom



Do ponto de vista legal, os bombeiros são submetidos ao Código Penal Militar, o que caracteriza como crime a insubordinação dos revoltosos, assim como proíbe a greve. E aí reside uma questão importante.

A criação das Polícias Militares no Brasil, às quais estão submetidos os Corpos de Bombeiros, data da ditadura militar. Substituíram as chamadas Forças Públicas, cumprindo a tarefa de organizar, nos estados, a repressão a qualquer oposição ao regime.

Não que, de lá pra cá, muita coisa tenha mudado neste aspecto - em outros também, mas isso é outro papo -, mas nada mais justifica a existência de organizações estaduais militares. A não ser uma íntima vontade, que a classe dominante possui, de manter as coisas tal como eram naqueles tenebrosos tempos. Além de submeter pessoas, que encontram nestas organizações uma possibilidade de carreira e melhoria de suas condições de vida, à impossibilidade de reivindicar melhores condições de trabalho e salários (ou soldos, para eles).

As duras palavras do protótipo de Hitler - Sérgio Cabral, o filho - são uma tentativa de esfriar as coisas para os bombeiros que estão fora do xilindró, mas pode ter o efeito reverso. Ainda mais, podem criar uma saia justa para o governador. Da forma que falou, ficaria feio voltar atrás. Talvez fique ainda pior seguir com essa estupidez!

E antes fossem só palavras! A entrada do Bope no quartel central não fez distinção de quem era quem, saiu arrebentando geral e provocou até um aborto na esposa grávida de um bombeiro. Sem falar em outros familiares feridos no "confronto".

Agora, se tornou importantíssima uma intervenção da sociedade civil. Esta, em tese, é livre! E pode pressionar pela liberdade dos bombeiros, além da manutenção de seus empregos e melhores condições nos mesmos.

Chegou a hora de retribuir às inúmeras vidas salvas pelos bombeiros. Eles precisam ser salvos.

E todo mundo sabe que eles merecem!


É hora de salvarmos os bombeiros!



Menos Sérgio Cabral, o filho.

Até porque o pai é Sérgio Cabral, que não seria cínico em negar aumento aos bombeiros para reajustar os ganhos de quem reforma o Maracanã.

Parodiando Chico: "De que te vale ser filho de um santo? Melhor seria ser filho de outro..."


Valeu,

Bruno Porpetta

domingo, 5 de junho de 2011

O dia da eternidade

Era pra ser uma rodada qualquer. Somente a 3ª do Brasileirão.

Ainda no início, e com várias equipes desfalcadas, seja pelas competições paralelas em disputa, seja pela seleção brasileira, mais uma demonstração do quanto nosso calendário ainda padece de inteligência.

Mas no Rio de Janeiro, havia um componente todo especial.

Um cara, que há meses treinava em separado, e não pisava em campo desde então. Relegado a segundo plano diante da péssima temporada passada, onde ficou evidente o peso da idade.

Aos 38 anos, o sérvio Dejan Petkovic deixa os gramados.

Ao entrar no Engenhão, lembrei como se fosse ontem daquele gol que eu não vi.

À época, morava em Santos, bem longe do Maracanã. Eram 27 de maio de 2001. Estava no hospital, passando a tarde com meu avô - o seu Pepe - que encontrava-se internado na Santa Casa de Misericórdia.

Por conta do estado, ouvia no radinho o insosso empate em 0 a 0 entre Corinthians e Botafogo-RP, pela final do Paulista, mas de olho (ou ouvido, que seja) na final do Carioca, entre Flamengo e Vasco.

No Maraca, o jogo estava 2 a 1 para o Flamengo, resultado que dava o título ao Vasco. O Flamengo precisava de mais um gol. Neste momento, meu avô poderia estar parindo que eu não desgrudava o ouvido do rádio.

Como o Corinthians havia feito 3 a 0 no jogo de ida, em Ribeirão Preto, ninguém tava nem aí com a paçoca. Ficava imaginando os mais de 80 mil corinthianos bocejando, encostando a cabeça no colega ao lado, tamanha a chatice do jogo.

Eis que o árbitro da final paulista atende minhas súplicas, e encerra aquela coisa horrenda. Tudo bem, legal, o Corinthians era campeão. Mas isso já tinha uma semana! Podia ter dispensado o jogo do Morumbi.

Assim que a emissora de rádio (não me peçam para lembrar qual, é irrelevante) passou para o jogo do Maracanã, o juiz apita uma falta para o Flamengo.

Eu, nervoso feito uma capivara, já não sabia nem se meu avô estava vivo.

O rádio é maravilhoso! Pra joguinho!

Tudo fica emocionante. Aquela bola que vai cair lá na bandeirinha de escanteio, no rádio passa raspando a trave. Qualquer jogo é um jogaço!

Em decisões, os hospitais, repartições públicas, cinemas, cemitérios e até igrejas deveriam, por força de lei, exibir os jogos na televisão. Não dá pra ficar imaginando! Só os olhos tem o poder de desviar bolas para o fundo das redes, não os ouvidos.

E Petkovic ajeita a bola, ao passo que, segundo relatos posteriores, uma dezena de médicos e enfermeiros tentavam reanimar meu avô, que estava com o fígado entalado na garganta, sem poder respirar.

Ele corre, bate, ela viaja e entra! Gol do Flamengo! Neste exato momento, me recordo que estou dentro de um hospital. Aquelas fotografias ameaçadoras de moças com dedos em riste, colocados na frente da boca, exigindo silêncio com aquele "por favor" aviltante.



Convenhamos, se existe espaço para fumante em qualquer recinto fechado, porque não um lugar destinado, em hospitais, somente para gritar?

Pode ser uma salinha, com isolamento acústico, que sirva pra gente entrar, fechar a porta e gritar "GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLL". Depois a gente sai, fecha a porta, e volta a ficar em silêncio.

Pois é, na ausência desta, tive que ficar andando de um lado para o outro do corredor, como se a caminhada fosse meu grito. Um punho cerrado, a outra mão na boca (precaução é tudo) e meu avô sendo encaminhado para o centro cirúrgico, a fim de retirar o intestino delgado que o enforcava.

Voltei ao quarto, colei o rádio novamente no ouvido, e agora torcia para o juiz da final carioca encerrar logo aquele jogo.

Foram cerca de cinco minutos até o final do jogo. Os cinco minutos mais longos da história, desde a criação do relógio!

Acabou! Ainda não podia gritar, mas de qualquer forma, eu era tricampeão carioca!

A esta altura, enquanto eu comemorava - contidamente - o título, meu avô retornava do centro cirúrgico e dormia no quarto.

Quando desliguei o rádio, parecia que nada havia acontecido com meu avô. Ele estava igualzinho à última vez que o havia visto!

Mas, naquele momento, nascia um novo ídolo para mim!

Ídolo que retornou ao Flamengo para, aos 37 anos, comandar o time rumo ao sexto título brasileiro. Tal como o último, em 1992, um vovô-garoto nos levava ao caneco!

Petkovic se tornava ali, para toda a nação rubronegra, inesquecível!

E hoje foi o último capítulo desta história de amor.

Se não teve gol de Pet, o time foi melhor com ele.

Se não ganhamos o jogo, o gringo se tornou eterno!


Saindo dos campos para entrar na história!


Por isso, eternamente obrigado, Sr. Dejan Petkovic!


Valeu,

Bruno Porpetta


sábado, 4 de junho de 2011

Laranja azeda

Um modorrento 0 a 0!

O Brasil empatou sem gols com a Holanda, em Goiânia. E foi chato!



Não foi desta vez, Neymar!



Nada desesperador, mas faltava um camisa 10.

Elano jogou com a dita cuja, mas não tem bola pra isso. Sem Ganso, o Brasil improvisa.

Recuar Neymar ou Robinho pode ser uma alternativa, mas não a melhor. Lucas ou Thiago Neves podem ser outra, pois estão mais adaptados à função no meio-campo. Porém, também sem o poder de ditar o ritmo do jogo, essenciais para um camisa 10.

O Brasil entra como um dos favoritos à Copa América, como em qualquer outra competição, mas precisa achar alguém que municie o ataque. Caso contrário, seremos um amontoado de bons nomes em campo, mas sem o poder de decisão necessários para enfrentar, por exemplo, a Argentina, com Messi.

Continuaremos tentando achar um 10 e ganhar da Holanda. Fica pra próxima!


Valeu,

Bruno Porpetta

Holanda: a trabalho ou a passeio?

Hoje tem Brasil x Holanda.

O primeiro desde a catastrófica eliminação nas quartas-de-final da Copa do Mundo, na África do Sul.

De lá pra cá, o Brasil trocou de técnico, os meninos do Santos passaram a ser chamados e Neymar já é considerado titular absoluto. O que derruba as teses de Dunga que foram (mal) executadas na Copa.

A Holanda tem praticamente o mesmo time do ano passado. A diferença é que o craque Sneijder não veio, por motivo de contusão.

O amistoso serve para preparar ambos os times para as competições que vem por aí. Para o Brasil, a Copa América, e para a Holanda, as eliminatórias da Eurocopa.

O jogo de hoje acontece no estádio Serra Dourada, em Goiânia. Agraciado com o amistoso para compensar a ausência do estádio entre as sedes da Copa de 2014.

Aliás, tal ausência é um absurdo! Goiás possui muito mais tradição no futebol do que o Mato Grosso, estado escolhido para receber jogos da Copa. Certamente, o Serra Dourada não se tornaria um elefante branco. O que fatalmente ocorrerá com a Arena Pantanal.



Robben, ao saber que ficaria concentrado no Rio


Porém, o mais curioso neste amistoso é o local escolhido para a "concentração" holandesa.

O escrete holandês está hospedado no Rio de Janeiro, treinando no campo do Flamengo, na Gávea. A 1338 km de distância de Goiânia!

Só saberemos a partir do início da partida se o time laranja veio a trabalho, ou a passeio.

De qualquer forma, um belo passeio, diga-se de passagem!


Valeu,

Bruno Porpetta

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Muchas gracias, Maradona!




Muchas gracias Maradona, mismo que te vei muy poco jugar.
Pero como vocero del fútbol, siempre te voy a estrañar.
Manda palos a la Fifa, lleva todos tus delanteros al Mundial.
Como el Che de tu brazo, juega bonito hasta al final.

Verdad que no has triunfado como entrenador.
Y qué? Junto a burócratas te toca jugar otro rol.
Al carajo con lo puro disputar,
El tema no es cuanto, más como ganar.

Ni siempre se puede alzar la copa.
Importa como tratas la pelota.
Que no se mancha, no Dieguito?
Pues se adelanta, se adelanta.

Mira vos, vengo de Brasil y a muchos de ahí debo elogios.
Pero fuera de la cancha, Pelé no pasa de tu hijo.
Desculpame eterno polera 10, incomparable atleta.
Pero, como dijo Romário, el Rey callado es un poeta.

(de Vinícius Mansur, el enano, escrito após a derrota argentina frente à Alemanha, em 2010)


Valeu,

Bruno Porpetta

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Uma linda final de Libertadores

O Peñarol será o adversário do Santos na final da Libertadores.



Como chegar à final sendo inferior a todos? Só a camisa explica...



Serão sete títulos continentais em campo - cinco do Peñarol e dois do Santos - e os dois primeiros campeões da história da competição.

Um confronto cheio de história, que torna a ocorrer em uma final do torneio sulamericano.

Dia 16/06, em Montevidéu, no lendário Estádio Centenário, e 23/06, em São Paulo, o local ainda está indefinido.

O time uruguaio classificou-se com uma derrota, na Argentina, para o Velez Sarsfield, por 2 a 1.

Sobre o jogo, o Velez precisava de dois gols para avançar à final, e assim sendo, foi pra cima do Peñarol.

Mas não conseguia passar da defesa para o ataque com velocidade. Arrastava muito o jogo e facilitava a marcação uruguaia. E assim o Peñarol crescia na partida.

Em uma falha da zaga argentina, que cortou mal uma bola, Martinuccio passa para Mier, na esquerda, que bateu na saída do goleiro. Peñarol, 1 a 0!

O Velez sentiu o gol, e se desordenou em campo.

Mas no finalzinho do primeiro tempo, em jogada de bola parada, achou o seu gol.

Sabe aquela bola alçada pra dentro da área, que meio procura uma cabeça no caminho, meio vai direto pro gol? Então, foi uma dessas! Quando o goleiro viu, a bola já estava em cima dele. Óbvio que ele bateu roupa, e na sobra Tobio empurrou pra dentro.

Na volta para o segundo tempo, o Peñarol se retrancou mais do que nunca. Sabendo que podia ainda levar um gol e estaria classificado, o time mal saia do campo defensivo.

Quando, finalmente, encaixou um bom contra-ataque, Olivera perdeu um gol feito. Podia até culpar o cansaço visível que ele tinha àquela altura, mas aquele gol, nem morto daria pra perder.

E o castigo veio a cavalo. Logo na sequência, bola lançada para dentro da área e Martínez - que jogou muito - ajeitou com o peito para trás. Santiago Silva chegou batendo e colocou no canto. Virada do time argentino. Faltava só um gol!

Pra dar ares mais dramáticos, o zagueiro Ortiz, do Velez, deu uma pernada em Martinuccio e recebeu o segundo amarelo. Foi pro chuveiro mais cedo!

A grande chance do time argentino veio aos 30 minutos da segunda etapa. Em bela jogada de Martínez, o zagueiro uruguaio Guillermo Rodríguez deu um carrinho estúpido e cometeu o pênalti.

Santiago Silva partiu para a cobrança, mas escorregou na hora H e jogou o pênalti e a classificação para as alturas.

Daí pra frente, o Peñarol soube segurar a bola mais a frente, contando também com o cansaço do Velez, e garantir o resultado.

Depois de 49 anos, Santos e Peñarol disputam uma decisão de Libertadores!

Favorito? O Santos, claro!

Mas o Peñarol também não o era contra o Inter, o Universidad Catolica, o Velez...


Valeu,

Bruno Porpetta

CBF e suas trapalhadas

Nem começou a Copa América e a CBF já arruma uma das suas.

Um fax foi a origem de toda a confusão.



Esse é o tal fax, enviado ao Cruzeiro



O Cruzeiro anunciou que o goleiro Fábio e o volante Henrique integrarão a seleção brasileira que vai à Argentina disputar a Copa América. A mesma coisa fez o Grêmio, confirmando o goleiro Victor no torneio sulamericano.

Mas como? Se o Brasil sequer disputou os dois amistosos contra Holanda e Romênia, onde, supostamente, Mano Menezes fará suas observações e cortará cinco nomes da lista pré-convocada?

Pois é! Ambas equipes receberam um fax (meio de comunicação utilizado somente pelo tal "mundo do futebol") solicitando a liberação dos atletas.

Rodrigo Paiva, o assessor de imprensa da CBF, afirmou: "Quem falou isso está mentindo!". Até a cópia do fax chegar à imprensa, aí o discurso teve que mudar.

O que não existia, se tornou um procedimento padrão exigido pela FIFA.

Visto que Julio César não deve ser um dos cortados - por motivos óbvios - alguém já consultou o Botafogo se o mesmo recebeu o tal fax para Jefferson?

Se não, como fica o goleiro, desfalcando seu time no Brasileirão para a disputa dos amistosos e com a certeza que será cortado?

Alguém aí pode explicar? A CBF não!


Valeu,

Bruno Porpetta

Vasco, ao seu estilo

O Vasco venceu ontem o Coritiba por 1 a 0, em São Januário, pela primeira partida da final da Copa do Brasil.



Felipe foi o grande destaque do trem-bala da Colina



Apesar do placar magro, foi uma grande partida! O Vasco foi ligeiramente melhor, por isso mereceu a vitória, mas o Coritiba não foi um adversário acovardado no campo de defesa. Muito pelo contrário!

O Coxa não foi ao ataque de qualquer jeito, estava precavido, jogando a maior parte do tempo sem a bola. Mas tinha saída para o contra-ataque, com Rafinha e Anderson Aquino, obrigando Fernando Prass a realizar grandes defesas.

Jogando em casa, o Vasco fez o habitual. Passa a maior parte do tempo com a posse de bola, domina territorialmente o jogo, mas tem imensas dificuldades em criar jogadas mais agudas de gol.

Felipe fez uma grande partida, organizando o meio-campo do Vasco e chegando à frente. Diego Souza se esforçou muito, correu, lutou, mas não foi muito efetivo.

Alecsandro é sempre aquela coisa. Não é um grande jogador. Longe disso, inclusive. Mas parece ter um talento especial para empurrar a bola para as redes.

E foi ele mesmo que decretou o placar do jogo, logo aos cinco minutos do segundo tempo. Diego Souza recebeu a bola pelo meio e abriu com Allan, que jogava improvisado na lateral-direita. O quebra-galho cruzou na medida para Alecsandro, que se antecipou ao zagueiro e desviou de cabeça. Para baixo, como manda o manual. Gol do Vasco!

A torcida, que já estava empolgada por voltar a ver uma final de torneio nacional em seu caldeirão, enlouqueceu! Empurrou o time para a frente, mas este esbarrava na defesa alviverde.

Após o baque do gol sofrido, o Coxa conseguiu botar a cabeça no lugar e ir ao ataque. Pressionou o time da casa até o fim da partida, mas não conseguiu furar o bloqueio vascaíno.

A vantagem, se não é grande, é significativa. Não levar gol em casa, com este regulamento, é um grande feito.

E, ultimamente, tem sido fundamental.


Valeu,

Bruno Porpetta

Santos: com emoção é mais caro!

O gol de Zé Eduardo, logo aos dois minutos de jogo, praticamente selou a sorte do confronto.

Não! Você não está lendo mal! Gol de Zé Eduardo mesmo! Depois de 15 jogos sem marcar.



Quem diria, hein? Gol de Zé Love para abrir o placar.



Toda a empolgação da torcida do Cerro Porteño, que lotou o General Pablo Rojas, esfriou. O time deveria agora marcar três gols sobre um Santos que vem levando, no máximo, um por jogo, desde a chegada de Muricy.

Após o gol, o Santos conseguiu a tranquilidade necessária pra jogar e matar o adversário. Daí ficou fácil!

Mais fácil ainda quando, aos 27 minutos, Pedro Benítez foi atrasar uma bola de cabeça para o goleiro Barreto e este, de forma ridícula, espalma para dentro. Merecidamente, Barreto levou a autoria do gol contra. Feião!

Em jogada de escanteio, aos 31, o Cerro diminuiu, com Cesar Benítez, de cabeça. E absolutamente livre!

Mas o espaço aberto no meio com a entrada de Lucero no lugar de Burgos custou caro ao time paraguaio. Aos 46, em arrancada isolada de Arouca e passe bem dado para Neymar, que cortou o zagueiro e bateu no contrapé do goleiro. Santos 3 a 1 e fatura liquidada!

Veio o segundo tempo, e o Santos quis tornar emocionante o que, até aquele momento, estava uma baba.

O time recuou demais, pelo conforto do placar, e chamou o Cerro a permanecer no seu campo por toda a segunda etapa.

Tudo bem que, àquela altura, o Cerro precisava de quatro gols para ir à final, mas não ter alguma saída para o jogo e simplesmente defender o resultado era um risco muito grande. E se levasse um gol logo?

E levou! Aos 15 minutos, Lucero diminuiu para 3 a 2, e o Cerro passou a morar no campo de ataque.

O goleiro Rafael, que vem em boa jornada desde o jogo contra o América do México, começou a aparecer com grandes defesas.

No campo de ataque o Santos só aparecia com Neymar, mais uma vez decisivo. De resto, era bola na área do Peixe o tempo todo.

Eis que o empate chegou! Fabbro, em lindo chute de fora da área, igualou o placar, aos 36 minutos. O Santos ainda podia levar mais um gol para se classificar.

Pouco depois, uma falta na entrada da área para o Santos. E, neste exato momento, Muricy é atingido por um troço esquisito que parecia um pirocóptero. Tudo bem que deve ter doído, mas que foi providencial, diante do panorama do jogo, isso foi!

Alguns minutos depois, finalmente a cobrança de falta para Neymar. Na trave! Daí o Cerro voltou a morar no ataque.

Aos 48 minutos, os paraguais carimbaram o travessão de Rafael, o que poderia complicar o jogo. Mas não havia tempo pra mais nada!

No fim das contas, pior mesmo foi a expulsão de Edu Dracena, que o tira do primeiro jogo da final, ao apagar das luzes.

O que podia ser uma grande vitória, tornou-se um empate justo e útil. Podia ter sido mais tranquilo, mas o importante é que foi!

O Santos está novamente em uma final de Libertadores. E aguarda o resultado de hoje, do jogo entre Vélez Sarsfield e Peñarol, na Argentina.


Valeu,

Bruno Porpetta

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Falcão manda a real, mas ninguém quer ouvir

Falcão já coloca o seu boné em risco


Imagine se, no seu emprego, o chefe junta toda a turma para dizer que não tem condições de realizar um bom trabalho com aquelas pessoas.

Seria uma bomba e magoaria todo mundo. Ninguém mais se sentiria motivado a continuar trabalhando no local, ou pelo menos, com aquele f... d... p..., como seria conhecido pelos corredores.

Tomando por este aspecto, as declarações de Falcão sobre a equipe do Internacional, são de uma estupidez incomum.

Mas e os jogadores? O que acharam de saber que, com aquele grupo, não teriam condições de chegar ao título brasileiro?

Em coletiva, Tinga compreendeu o chefe. Mas disse que, no futebol, os times são bons ou ruins para a imprensa e a torcida a depender dos resultados dentro de campo.

A direção do Inter, ou seja, os chefes do chefe, discordam. Dizem eles que o clube tem totais condições de vencer o Brasileirão.

Os jornalistas já derrubaram Falcão, e tornam uma simples, porém contundente, declaração de Falcão na gota d'água que faltava para um time que não vence as competições mais importantes.

O treinador não retira nada do que disse. E nem deve retirar mesmo! Até por uma questão de coerência própria, e qualquer recuo seria um sinal de fumaça. E onde tem fumaça...

Agora, se observarmos bem o histórico desta base montada há algum tempo no time, o que ele ganhou?

Há dois anos, pelo menos, que o Inter entra no Campeonato Brasileiro e na Libertadores como um dos grandes favoritos ao título. E ao final de toda temporada, discute-se a decepção que o time provocou.

Diante disso, fica a pergunta: Falcão está falando algum absurdo?

O papel diz que sim.

Com D'Alessandro, Guiñazu, Leandro Damião, Bolatti, Rafael Sobis e outros, o Inter fatalmente será apontado como favorito em qualquer campeonato.

Mas papel não joga! E, na prática, o time foi dando, ao longo do tempo, razão às palavras de Falcão.

E o treinador, tenham certeza, está louco para estar equivocado. Mas parece não estar.


Valeu,

Bruno Porpetta