terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Vai começar a festa?

Neste final de semana começam os estaduais. Mas para o nosso quintal interessa mesmo o Carioca. O que ficou conhecido como “charmoso”, devido à queda acentuada de qualidade durante os anos 90, que se arrastou ao longo dos anos.

Não é nenhum absurdo creditar parte dos nossos insucessos ao grande feudo instalado na FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), encabeçado por Rubens Lopes, cria do lendário homem de “boa imagem”, o Caixa d’Água.



Nesse mato não tem só cachorro. Existe uma gama de bichos que devoram nosso campeonato ao longo dos anos.

A polêmica dos ingressos é pitoresca. A FERJ promove um festival de preços baixos, Flamengo e Fluminense se pronunciam contrários. Por trás de toda esta história, a figura de Eurico Miranda.

Apesar das razões comerciais da dupla Fla-Flu, não dá pra ser contra ingresso barato. Pega até mal, né não? Apesar da conhecida dupla Rubens-Eurico, existe a chance de o povo voltar aos estádios.

Na bola, pode ser melhor

Os times cariocas, fora da Libertadores, jogarão pra valer o estadual. A ligeira vantagem do Flamengo, neste ano de vacas magras, coloca mais pressão sobre o rubro-negro.

O Fluminense tenta segurar aquele que, hoje, é um bom time. Amanhã, ninguém sabe. No Vasco, time novo, treinador novo e um velho dirigente.

O Botafogo é uma incógnita cuja tarefa é voltar à elite do futebol nacional. Depois do desastroso ex-presidente, qualquer notícia de General Severiano já é melhor que as do ano passado.

O Bangu enfiou cinco no time chinês. Por mais que Vágner Love, Montillo e Cuca estejam praticamente dando um rolé por estas bandas, cinco é bastante coisa. Pode surpreender.

Já o time do Macaé, repleto de empresários fazendo testes, acabou de levar a Série C do Brasileiro. Será, no mínimo, curioso.


É pagar pra ver. Embora ainda discutam se será muito ou pouco.


Valeu,

Bruno Porpetta

De Cabral a Cabral, é muita cara de pau!

O Brasil, enquanto colônia portuguesa, saqueado dos índios de Pindorama, completará neste ano 515 de idade. Essa história toda começou com Cabral, o primeiro a contar para a metrópole europeia que existia um “continente” do lado de cá e que trocávamos qualquer coisa por espelhos.

Não é difícil imaginar que os indígenas mortos só se encontravam nesta condição porque resistiram e não queriam espelhos por nada nesta terra. Assim como em 2013 houve, tirando certas confusões de percurso, um levante dos que resistem nos dias atuais.

O desgaste ao governo Cabral, por mais que não tenha contribuído decisivamente em uma mudança mais profunda de valores, foi uma vitória dos que muitas vezes tombaram diante da “colonização”.

Assim como existe no futebol aquela vitória que não vale nada, o “ganhou, mas não levou”, há também a derrota que te classifica. Cabral perdeu lá, o atual governo Pezão se elege quase sem falar em Cabral, mas retornou em 2015.



A nomeação de Marco Antônio Cabral, filho dele de apenas 23 anos, para a Secretaria de Esportes e Juventude do Estado do Rio de Janeiro é um triunfo de Cabral. Uma demonstração de força, uma tiração de onda.

Marco Antônio, o novo secretário, foi eleito deputado federal pelo PMDB com a campanha mais cara dentre todas. Foram 6,7 milhões de reais despejados em sua campanha por empresas que mantiveram, mantém e manterão por mais algum tempo contratos com o governo do estado do Rio.

Cabralzinho agradece ao apoio e agora tem em mãos a secretaria decisiva para tocar os negócios dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. A turma do PMDB só não tem o Ministério dos Esportes, cujo titular é George Hilton, do qual já falamos antes. E não foi bem.


Cabe a nós, que derrubamos Cabral uma vez, caminhar para derrubá-lo de novo. Agora está em nossas mãos.


Valeu,

Bruno Porpetta

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

No espocar dos fogos

Virada de ano é tempo de festa. Não podemos, nem devemos nos permitir a outra coisa que não seja a alegria. Os anos já são duros demais para que não tenhamos direito à alegria, ao menos, na virada do ano e no carnaval.

Dos ministérios de Brasília, tivemos algumas notícias boas em meio a uma penca de ruins. Não será fácil aguentar Joaquim Levy, Kátia Abreu e, em especial, para nós que gostamos de esporte, George Hilton.



O esporte no Brasil continua sendo troco na montagem dos ministérios. E olha que vai dar dinheiro pra uma galera com os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016!

Se antes já tínhamos dificuldade em estabelecer uma política inclusiva consistente do esporte na vida do povo brasileiro, agora esta perspectiva parece mais distante.

Resultado: os atletas revivem 2013 e se organizam na crítica a escolha do novo Ministro do Esporte. Ou seja, é preciso levantar o traseiro da poltrona para garantir uma política desportiva séria. Independente do nome que ocupe a pasta.

Veta, Dilma!

A começar pelo veto ao golpe da cartolagem dado ao apagar das luzes do Congresso, incluindo mais uma farra com a nossa cara, com nosso dinheiro. Na prática, liberaram o “calote premiado” no futebol brasileiro.

A vergonhosa manobra que deu 20 anos para que os clubes nos enrolassem, sem nada que impeça o calote, deve cair nas mãos da Presidenta Dilma.

Aparentemente ela deve vetar o artigo colocado sacanamente em uma MP que tratava de aerogeradores, mas não custa dar mais uma cobrada nisso.

No nosso quintal, além do toque de caixa nos Jogos Olímpicos, o sr. Rubens Lopes – comandante do futebol no estado do Rio – impõe multa a quem critique o Campeonato Carioca.


Os tempos parecem sombrios, mas a disposição para resistir a tudo isso e mudar alguma coisa também parece crescer. Que façamos nosso 2015 feliz! 


Valeu,

Bruno Porpetta