sábado, 29 de março de 2014

Que coisa, né Sr. Rubens?

Em meio a troca de farpas entre o "aclamado" Rubens Lopes, presidente da distinta FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), e o Bom Senso FC, não é que o Botafogo - um dos gigantes do Rio - pode estar prestes a entrar em greve?

Segundo o FutDados, até a penúltima rodada da Taça Guanabara, o Botafogo tinha acumulado um prejuízo de R$ 70 mil. O mesmo Botafogo que, na "eleição" da FERJ, convocou a "aclamação" para a reeleição de Rubens Lopes, ignorando as posições contrárias de Flamengo, Fluminense e Vasco.



O mesmo Botafogo que outrora prometeu pagar o que deve a seus jogadores antes de quarta-feira, mas emitiu depois um comunicado avisando que não teria previsão para pagá-los.

Este Botafogo que, às vésperas de uma partida decisiva pela Libertadores (cujo privilégio foi evidente neste início de temporada), tem seus jogadores organizando um movimento para reivindicar o óbvio: seus salários em dia.

Hoje são só 30 minutos sem fazer nada, no meio de campo, conversando sobre os próximos passos. Desde o ano passado que o time não concentra antes dos jogos. Ou seja, não é um problema tão recente. Mas quais serão os próximos passos?

O torcedor deposita suas esperanças no jogo contra o Unión Española, na quarta-feira. Mas não tem certeza se o time vai treinar para tal.

Se eu der um palpite, direi que o time deve fazer algo mais consistente depois da classificação para as oitavas-de-final da Libertadores. Ou seja, após vencer o Unión Española, que garante, inclusive, a primeira colocação no grupo.

Mas voltando ao tema lá de cima, acho sintomático que o único gigante do Rio a "aclamar" Rubens Lopes esteja passando por uma situação dessas. O Botafogo é a prova cabal que os estaduais devem mudar. E mudar para melhorar a situação dos clubes - grandes e pequenos - ao invés de melhorar a situação de um punhado de dirigentes.

Ou você acha que o Sr. Rubens ganha sozinho com este circo?

Viva o Bom Senso FC!


Valeu,

Bruno Porpetta

domingo, 16 de março de 2014

À disposição

Meus caros e minhas caras, finalmente tô de volta!

Apesar de merecer 120 chibatadas por tamanha ausência do blog (podem deixar que eu mesmo me flagelo), enfim retorno, após defender monografia, passar carnaval, entre outras tantas coisas.

Voltei impelido pela aposentadoria de Rivaldo.

Este cara é vítima de uma das maiores injustiças da história do nosso futebol. As lembranças sobre o papel dele no pentacampeonato, em 2002, por parte da imprensa esportiva são sempre colaterais. Ele foi o maior jogador daquela seleção.



Não que Ronaldo não tenha jogado muito, mas ao elegê-lo como o "melhor jogador" daquele ano, tanto a FIFA quanto a mídia demonstram que não entendem nada de futebol.

Rivaldo não teve tanto apelo midiático, nunca foi o bonitinho da parada, nem o das melhores entrevistas. Ficou relegado a um injusto segundo plano. Devia ter uma estátua em algum lugar por onde passou, seja em Barcelona, ou no Palmeiras, ou em Mogi Mirim.

Como tantos outros, perdeu um pouco o timing de parar. Talvez porque esperasse por todos estes anos pelo justo reconhecimento que não teve. Ele não precisava disso.

Ao menos nós, que gostamos e entendemos um "cadinho" de futebol, prestemos todas as homenagens a este grande craque da nossa seleção. Ele merece!

Pra dar sentido ao título

Outro papo que eu gostaria de levar com vocês é sobre o Bolívar, time boliviano que enfrentou o Flamengo de "igual para igual" no Maracanã, na última quarta-feira.



Discordo da avaliação de alguns (muitos, quase todos) que o Bolívar é um timeco.

São necessários três quesitos para se chegar a uma vitória: técnica, tática e disposição.

O Flamengo foi superado pelo Bolívar em dois, a tática e a disposição. É inegável que na técnica o Flamengo é superior, mas ela tem sido cada vez mais o "patinho feio" dos três quesitos.

Futebol, hoje em dia, se ganha principalmente na disposição, que sobrou aos bolivianos e faltou ao Flamengo.

Esperamos que o Flamengo se vire lá no alto pra recuperar os pontos perdidos no Maracanã.


Valeu,

Bruno Porpetta