terça-feira, 14 de junho de 2011

Juninho, um cara diferenciado

Ele voltou pra ganhar menos do que eu: raríssimo!


O maior destaque da última rodada do Brasileirão foi a apresentação do novo reforço do Vasco. O velho conhecido, e ídolo da torcida vascaína, Juninho Pernambucano, o Reizinho da Colina.

Embora já com 36 anos, por onde passou, deixou saudades.

Seja no Sport, onde começou, no Vasco, seu auge no Brasil, Lyon, onde é Deus, e no Al Gharafa, onde fez seu pé-de-meia.

Além da grande (e bonita) festa para recebê-lo em São Januário, com 30 mil pessoas nas arquibancadas e vários ex-companheiros de Juninho no Vasco, o que mais chama a atenção é o modelo de contrato entre as partes.

Juninho vem para receber um salário mínimo mensal, além de gratificações por objetivos alcançados.

No atual estágio do profissionalismo no futebol, é impensável um salário de 600 reais em um clube grande brasileiro. Embora seja esta a realidade nos grotões do nosso futebol.

Segundo Juninho, em entrevista coletiva na sede náutica do Vasco, é bom para ele e para o Vasco. E é mesmo!

Ele não garante ter condições de apresentar um bom futebol no Vasco. Pode ser que apresente, mas na atual idade, não pode assegurar.

Se não apresentar, ninguém vai poder dizer que ele é um mercenário. Se apresentar, com as gratificações, vai fazer um bom dinheiro. E a torcida ficará agradecida.

É de uma consciência ímpar a postura de Juninho. De um raro respeito por um clube tão importante na sua carreira, onde ganhou os principais títulos que um time brasileiro pode ganhar.

Juninho sempre disse o que pensava. Nunca escondeu suas posições de ninguém e as expunha de forma muito clara e inteligente.

Mostrou-se, durante a carreira, um jogador e um homem diferenciado. Por seu futebol exuberante e sua conduta fora dos campos, absolutamente contrária aos holofotes dos quais os craques, em sua maioria, gostam.

E numa boa, torço muito para que dê certo! Será muito bom poder rever o bom futebol de Juninho.

Diga-se de passagem, o maior injustiçado da Copa de 2006.


Valeu,

Bruno Porpetta


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Bruno Porpetta