terça-feira, 31 de maio de 2011
FIFA e CBF: o "mundo" que se basta
Blatter vendo a porca torcer o rabo
As recentes acusações feitas contra a cúpula dirigente do planeta bola, caíram como uma bomba no processo sucessório da FIFA, em que Joseph Blatter pretende ser o Comandante-em-chefe por longos e longos anos.
A oposição crescente da UEFA, dirigida por Michel Platini - se não é um anjo de candura, ao menos jogou bola, e muita - ganhou ainda mais força diante da crise. A Inglaterra ainda lambe as feridas abertas na escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022, vencidas, respectivamente, por Rússia e Catar.
Enquanto isso, Platini se diverte...
Os dois votos recebidos pelos ingleses na votação indicavam que havia algo muito estranho no ar. E foi através da BBC, emissora pública da terra da Rainha, que o escândalo apareceu.
Uma intensa troca de "presentes" entre dirigentes de futebol foi denunciado, para convencê-los a respeito da melhor "estrutura" para receber uma Copa do Mundo.
E, claro, o nome de Ricardo Teixeira apareceu!
Ah! Vá! Não brinca?
Clique no link abaixo, extraído do site da ESPN Brasil, para entender melhor:
ESPN.com.br / Copa do Mundo FIFA - Informação é o nosso esporte - VÍDEO: Jornalista britânico dispara: 'Quando os governantes brasileiros irão dar um basta?'
Após um acordo com a Justiça suíça, garantindo o sigilo de documentos que comprovam a sacanagem toda, os dirigentes envolvidos passaram a absolver a si próprios, como se fossem os donos da verdade e qualquer justificativa tornou-se aceitável. Mas nesta barca de salvação, não cabia todo mundo.
Bin Hammam: o amigo da rodada!
O único candidato de oposição a Blatter nas eleições da FIFA, o catariano Mohamed Bin Hammam, foi o bode expiatório escolhido para carregar o peso de toda e qualquer maldade cometida no processo que escolheu seu país como sede da Copa.
Tirando o bode da sala, caminho livre para a reeleição de Blatter.
Havelange finge-se de morto: tadinho do coveiro!
Daí pra frente, puxando a ponta do barbante, apareceram ainda um dinheiro mal explicado recebido por João Havelange, nos tempos da ISL. Empresa que cuidava do marketing da FIFA, e enriqueceu tanto a alguns poucos que acabou falindo.
E a Justiça diante disso? Nem se mete! Os próprios dirigentes se resolvem. Reúnem seus comitês de ética - comprometidos desde a ossatura com os mesmos - e pronto, estão livres de qualquer suspeita.
Aliás, a chamada "Justiça Comum" é rechaçada pela FIFA, punindo os clubes que a acionam. Eles possuem uma Justiça deles, indicada por eles, que decide por eles.
Como não poderia ser diferente, nossa digníssima CBF segue fielmente as determinações da chefia. Exceto quando não a convém.
Se ninguém pode ir ao judiciário no futebol, Ricardo Teixeira pode!
Sempre que contestado em suas ações, lá vem processo. Ainda bem que ele já perdeu vários!
E assim, tentando se manter distante do mundo real, o mundo do futebol caminha. O problema é que, às vezes, o mundo real cobra a fatura de tanta fartura.
É isso que as denúncias evidenciam. O quanto a distância mantida entre os dois mundos, fez com que os dirigentes do futebol mundial, e nacional, perdessem os limites em sua ganância. O caso da Suíça revela que nem toda a discrição do país para guardar dinheiro, que sabe-se lá de onde veio, conseguiu suportar a corrupção frenética dos engravatados da bola. Mas porque nós somos obrigados?
Já passou da hora dos governos - que, em tese, possuem legitimidade popular para impedir toda esta palhaçada - se mexerem e organizar intervenções nas confederações nacionais de futebol. E o nosso tem uma grande oportunidade!
Dizem que Lula vem aí, será?
O Comitê Organizador da Copa de 2014 é presidido, controlado, dominado e está a serviço de Ricardo Teixeira. Só nesta brincadeira aí, bilhões de reais estão correndo pelas mãos dele, e sabe-se lá o que se faz com isso. Ou sabe-se, mas se cala.
Boa parte desta dinheirama é pública e, diante de tantas suspeitas de promiscuidade monetária, não cabe deixar as galinhas para a raposa cuidar.
Mas continuamos esperando uma posição do Ministro Orlando Silva e da Presidenta Dilma acerca do assunto. Até agora, o mais sepulcral silêncio.
Valeu,
Bruno Porpetta
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Bruno Porpetta