segunda-feira, 2 de maio de 2011

Coincidência?

O "nascimento" de Osama Bin Laden para o mundo se deu naquele fatídico 11 de setembro de 2001.

Os atentados contra as torres do World Trade Center e o Pentágono, além de uma esquadrilha da fumaça inteira que, dizem, se perdeu por aí, catapultaram a imagem de Bin Laden à condição de inimigo público número um do planeta. O planeta estadunidense, claro.

À época, o presidente dos EUA, ou o "dono do mundo" de plantão, George W. Bush, sofria de carência de popularidade.

Sua eleição ainda era cercada de desconfiança, após a demorada indefinição da Florida, que votou em Al Gore e elegeu Bush. A decisão final foi da Suprema Corte estadunidense, e o estado em questão era governado pelo irmão do eleito. O povo tinha lá suas razões para desacreditar.

Aí vieram os ataques, a comoção pública em torno da tragédia e a chance da virada.



Depois de Tamagochi, o amigo virtual, temos o inimigo virtual, Osama


A resposta bélica e enérgica contra o suposto esconderijo do mentor dos ataques deu uma moral para Bush com a galera, além de alavancar os negócios armamentistas e petrolíferos estadunidenses.

E o Bush Boy alcançou um dos maiores níveis de popularidade da história dos EUA. Pronto, pode começar a se sentir mais confortável na cadeira presidencial.

De lá pra cá, Bush passou de defensor da democracia, da justiça, da moral e dos bons costumes (todos ocidentais) a um poste diante da crise econômica que assolava o país.

Diante de tal desgaste, vem a onda Obama.

E o primeiro presidente negro da história dos EUA chegou à Casa Branca com índices astronômicos de popularidade, pouco a pouco dinamitados pelas dificuldades impostas pela crise, as promessas que não saiam do papel e a dificuldade em aprovar projetos no Congresso, como a reforma do sistema de saúde. Para se ter uma ideia do drama, a primeira-dama é mais popular que o presidente.

Quando, às vésperas do próximo processo eleitoral e com a popularidade indicando um retumbante fracasso em sua tentativa de reeleição, eis que aparece novamente a figura do providencial Osama Bin Laden. Agora morto!

Depois de 10 anos bombardeando dois países, matando civis, impondo-lhes a sua democracia e torrando centenas de bilhões de dólares em toda essa patacoada, em detrimento da própria população estadunidense que penava com sua economia explodindo, finalmente acharam o cara.

Imediatamente me veio a cabeça o caso de Leonardo Pareja, o playboy bandido que deu um baile na polícia nos anos 90, até ser morto em circunstâncias estranhas.

E assim, de repente, Osama foi encontrado, morto e jogado aos tubarões. E era ele mesmo, após um exame de DNA feito em segundos pela liga da justiça estadunidense.

Como a história se repete como farsa, lá vai a popularidade de Obama pro alto. Festas de exaltação patriótica, a gratidão mundial por ter extirpado de nosso convívio um ser de tamanha maldade (inclusive o nosso Patriota) e os holofotes voltados novamente aos EUA sem a necessidade da quebra de nenhum banco.

Nada mais conveniente.

Pois é, assim se movem novamente as peças do jogo de War que a Casa Branca promove no planeta, com a coadjuvação de boa parte dele.

E podemos ficar tranquilos, pois sabemos de antemão que a cada presidente estadunidense com baixa popularidade, teremos um Bin Laden pra dar uma forcinha.

Coincidência? Sabemos que não!


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta