Antes, foram 14 anos de espera.
O Pearl Jam nunca havia se apresentado no Brasil. Em 2005, com shows em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo (2) e Rio de Janeiro, pela primeira vez eu assistiria a banda que significava minha adolescência, e até hoje significa parcela importante da minha vida.
Nos dias 2 e 3 de dezembro de 2005, vivi duas noites de catarse, individual e coletiva, no estádio do Pacaembu.
Lembro-me que, aos 26 anos de idade e já trabalhando em um banco, muito antes da onda de moicanos no futebol, fiz o meu para o show do Pearl Jam. A diferença é que, dos cabelos que sobraram, os fios tinham uns 30 cm de comprimento. Passei dois meses indo ao trabalho com aquele corte.
Daquele tempo, restaram meu amor pela banda, meu emprego e as lembranças eternas daquelas duas noites.
Se me recordo de Eddie Vedder deixar a execução de Betterman por nossa conta, igualmente me vem também à memória eu, junto a grandes amigos, como os jornalistas Pedro Malavolta e Henrique Costa, cantando abraçados e em lágrimas a belíssima Crazy Mary.
Amanhã, dia 6 de novembro de 2011, seis anos após aquelas noites de sonho, chegou a hora de, mais uma vez, escrever uma parte relevante da minha história.
No palco da Apoteose, minha nova casa, reencontrar-me-ei com a banda que, na minha opinião, é a melhor daquele maravilhoso movimento de Seattle, dos primórdios dos anos 90, que costuma se chamar de Grunge.
O vídeo abaixo é, para mim, além de um clipe musical, uma denúncia.
Com animações feitas por Todd McFarlane, o criador de Spawn, a faixa Do the Evolution, do quinto disco da banda, chamado Yield, significou o retorno do Pearl Jam ao mundo dos videoclipes, e se tornou um dos maiores clássicos da galera de camisas quadriculadas de flanela e jeans rasgados.
Em tempos de gente que se diverte com a doença alheia, de gente que coaduna com ameaças a vida de outrem por um punhado de votos, de gente que lucra bilhões moendo seus trabalhadores e inutilizando-os para a própria vida, é um alerta.
Para uns, dentre os quais me incluo, além da própria banda, é o caminho para a barbárie.
Para outros, It's evolution, baby...
Valeu,
Bruno Porpetta
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