quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Pai Santana e o possível duelo com Deus


Nos obituários dos jornais de quarta-feira, apareceu o nome de Roberto Santana, que aos 77 anos de idade, deixava família, amigos e toda uma torcida em luto.

Morreu Pai Santana, ex-massagista do Vasco. Um caso raro de dedicação e amor por um clube.



Muito mais que um simples massagista, até porque o foi por 50 anos no clube, o que eleva sua condição diante de um futebol a cada dia mais "profissional", mas fundamentalmente um apaixonado pelo Vasco da Gama.

Sua breve passagem pelo Bahia - absolutamente coerente, se pensarmos sua devoção às entidades da Umbanda - deu ao tricolor soteropolitano o título brasileiro de 1959, vencendo o Santos de Pelé, que não jogou o terceiro e decisivo jogo da final. Ele havia estufado a rede baiana nos dois jogos anteriores.

Mas sua vida foi inteira dedicada ao Gigante da Colina. Seu nome ficará eternamente gravado na galeria de ídolos da torcida vascaína, embora ele nunca tenha jogado pelo time.

E que fique bem claro, só não jogou ou se tornou presidente. Porque já foi até treinador do time, durante um torneio disputado em Curitiba, no ano de 1974. Foi campeão, mas jurou que nunca mais se sentaria no banco comandando a nau vascaína.

Imaginemos o porquê!

Sua imensa torcida é bem feliz, e deve muito a Pai Santana.

Segue abaixo, transcrição da nota oficial do Club de Regatas Vasco da Gama:

“A família vascaína está de luto. Morreu na manhã desta terça-feira (01/11/2011) Eduardo Santana, o Pai Santana, meu amigo e símbolo do Vasco da Gama. Santana faleceu aos 77 anos, depois de muita luta. Um dos precursores da massagem profissional no Brasil, assim como o Vasco, meu grande amigo também fez história.

Já era difícil falar dele sem me emocionar, quando ainda estava entre nós, por conta de sua dedicação profissional e amor ao clube. Não foram poucas as vezes que, quando lesionado, ele ia a minha casa me ajudar na recuperação. Mais do que um massagista dos bons, Pai Santana era um conselheiro. Principalmente para os mais jovens que, assim como eu, chegavam ao clube cheio de sonhos, mas ainda despreparados para aguentar todas as adversidades da carreira de jogador de futebol. Com mais de 50 anos de Vasco, Pai Santana acompanhou de perto as principais glórias do clube. Por suas mãos passaram várias gerações de craques, que fizeram nosso Vasco ainda mais gigante.

Por conta de toda uma vida dedicada à cruz de malta, não poderia deixar de prestar aqui esta homenagem a um vascaíno de verdade e também solidariedade a seus familiares nessa hora de muita dor e saudade para toda a enorme família vascaína. Descanse em paz, Pai Santana.

Roberto Dinamite, Presidente do Club de Regatas Vasco da Gama”


Leia mais: http://extra.globo.com/esporte/vasco/morre-pai-santana-ex-massagista-do-vasco-aos-77-anos-2968676.html#ixzz1cbVD8wFS



Não se vai apenas um grande torcedor do Vasco, sim uma parte do futebol brasileiro e, em especial, carioca.

E agora, poderá tirar a prova sobre o que já afirmou: "Se Deus disse que é mais vascaíno do que eu, vai dar uma briga muito boa!".




Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta