O presidente do Santos FC, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, se destaca no mar de dirigentes que temos no futebol brasileiro, por algo raro neste meio. Não é nada muito especial, ele só é inteligente.
Há de se ter flexibilidade com os craques
O Peixe não está entre as cinco maiores torcidas do pais, não recebe as maiores fatias da grana dos direitos de transmissão, mas consegue se colocar no cenário, onde impera a audiência e o consumo, entre os favoritos da mídia.
Diferentemente dos demais clubes, que fazem contratações bombásticas, privilegiando o marketing do clube, mas que podem dar certo no campo, o Santos não compra ninguém, mas tem o maior craque, e ídolo, do Brasil na atualidade.
Neymar, também, é um grande negócio
Mas não só isso. Montou o melhor time do Brasil na temporada, sem gastar rios de dinheiro.
Contratou até, em algumas situações, jogadores desvalorizados em seus clubes. Mas a lógica do marketing do Santos, não está em seus jogadores, apesar do craque Neymar. Está no futebol jogado.
O Santos nos vende o bom futebol. E para quem andava com saudades disso, tá aí uma grande jogada de marketing!
E assim vemos torcedores, de vários clubes, torcendo contra ou a favor, assistindo aos jogos do Santos. Aos jogos de Neymar. Aos jogos daquele time, que ainda será recheado com a volta de Paulo Henrique Ganso.
Se Ganso retornar bem, para o Mundial Interclubes, o Santos é sério candidato a aprontar uma surpresa para cima do Barcelona. Surpresa, obviamente, porque o Barcelona é amplo favorito.
Ganso: uma incógnita
E mesmo que perca, o Santos fará um grande jogo contra o Barcelona. O mais aguardado do ano!
Com certeza, um bom negócio.
Não se trata de dar, a um dirigente, uma importância maior do que ele tem. Mas sim, que apesar de ser um dirigente, sujeito a paixões, e um empresário, ou seja, com objetivos claros como os que caracterizam essa condição, o lucro, ele é diferenciado com relação à média dos dirigentes de outros clubes.
Suas mazelas passam, necessariamente, por um bom acordo com o todo-poderoso da máfia do futebol brasileiro, Ricardo Teixeira.
Mas é inegável que o proposto por ele, um futebol de excelência, em meio a escassez de recursos é, no mínimo, bastante interessante.
Valeu,
Bruno Porpetta
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Bruno Porpetta