sábado, 25 de dezembro de 2010

Ronaldo e as travestis

Há algum tempo queria escrever sobre isso, mas só estou conseguindo agora.

Existem dois pontos de vista que gostaria de abordar.

O primeiro é o que realmente penso. Ronaldo pode até estar com a razão e, nesse caso, as travestis devem ser processadas por tentativa de extorsão. Mas o papel do delegado é investigar qualquer versão!

Dane-se o que o delegado acha ou o que deixa de achar. Só pode concluir que Ronaldo tem razão depois de investigar, só pode concluir que Ronaldo não havia bebido ou consumido drogas ilícitas depois de fazer exames que chegassem a esse resultado.

Ele foi tão fanfarrão que ainda tentou amenizar sua falta de profissionalismo com frases do tipo: “os travestis devem ser respeitados” e coisas do tipo. Eles devem ser respeitados independentemente dos dizeres do delegado, pois ali não devem ser tratados como travestis, mas sim como partes de um processo, onde podem ser réus ou acusadores, desde que se deparem com delegados sérios, o que, mais uma vez, não foi o caso.

Quanto a Ronaldo, não se pode condená-lo porque sai com travestis porque isso é assunto da vida pessoal dele. Aos demais interessa apenas o que ele faz no campo! Fora dele, é assunto dele.

Mas como nossa digníssima imprensa não consegue ficar dois dias sem falar bobagem, já tem matéria de capa na Veja pra comparar Ronaldo à Maradona por conta dos escândalos, dizendo que Ronaldo poderia ser um Pelé, mas optou por ser Maradona. Quem dera!

Pelé foi o maior jogador da história do futebol. Nunca foi superado, e creio que nem o será. Mas pra além disso é um empresário de tão poucos escrúpulos como qualquer outro.

Maradona, se não foi melhor que Pelé no futebol, foi pelo menos o que chegou mais perto. E pra além do campo, é um exemplo de uma boa figura pública, daquelas que conhecem o sofrimento de seu povo e diante disso tomam partido pelo povo. Tanto que ajudou a organizar um ato que reuniu 40 mil pessoas na Argentina contra a vinda de Bush à América do Sul.

Tomara mesmo que Ronaldo venha a ser igual ao Maradona. Seria um grande serviço prestado ao povo brasileiro. Pena que isso é muito difícil se concretizar.

Mas o que dizer da Veja? Que consegue transformar qualquer trivialidade em uma ode à moral de quem lhe paga, o grande capital. Que se dane a Veja e seu jornalismo panfletário da exploração!

O segundo ponto de vista, é o que penso com meus botões.

Ronaldo é livre pra sair com quem quiser, mas tinha que ser com a camisa do Flamengo???

Abraços,

Bruno Padron (Porpetta)

Publicado em maio 7, 2008 de 12:14 am

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Bruno Porpetta