sábado, 25 de dezembro de 2010

Imperialismo e mídia unidos pela guerra!

Reyes, número 2 das FARC, foi assassinado pelo exército colombiano (???) em território equatoriano, o que provocou o rompimento de relações entre os dois países, onde o Equador exige, com razão, desculpas do governo colombiano sem restrições.

Somado a isso, o governo colombiano acusa o governo venezuelano de Hugo Chávez de financiar às FARC, tendo contribuído com 300 milhões de dólares.

As notícias que nossa “imprensa” veicula dão conta que as fronteiras ao norte da Colômbia (com a Venezuela) e ao sul (com o Equador) estão tomadas de tropas venezuelanas e equatorianas. Diante disso, George W. Bush ameaça participar da defesa colombiana enviando tropas e aviões.

Ou seja, os EUA e a mídia pró-imperialista no mundo todo estão patrocinando uma guerra na América Latina!

Na verdade, é uma intensificação do Plano Colômbia, que visa o controle e monitoramento por parte dos EUA da Amazônia e das organizações de esquerda, em especial as FARC.

Classificadas pelo império como “terroristas”, as FARC resistem nas florestas colombianas há muitos anos, sofrendo todo o tipo de acusações, principalmente de ligação com o narcotráfico.

O que está acontecendo na América do Sul é mais grave do que podemos supor. É a legitimação da agressão à soberania de um país e de um plano que visa colocar uma cunha imperialista no continente.

E essa cunha tem implicações também para o Brasil, visto que o território amazônico, no qual o Brasil tem a maior parte, é alvo da operação estadunidense.

Mas a mídia brasileira faz algazarra com a possibilidade de uma intervenção nos processos, democráticos, diga-se de passagem, em curso na Venezuela, Equador e Bolívia. Promove um linchamento moral contra a Venezuela e seus aliados, com uma parcialidade pró-imperialista já comum em nossos meios de comunicação.

Isto é mais uma demonstração do equívoco do entendimento sobre a participação da burguesia nacional em qualquer projeto de poder que amplie a participação popular e garanta reformas estruturais no Estado. A elite brasileira sobrevive das benesses da subserviência ao império e não tem nenhum interesse em se opôr ao mesmo.

Será necessária atenção e mobilização popular em toda a América Latina para resistir a mais um ataque dos EUA à soberania dos países do chamado Terceiro Mundo. Não há ninguém isento nesta investida imperialista.

Abraços,

Bruno Padron (Porpetta)

Publicado em março 5, 2008 de 11:48 am

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Bruno Porpetta