sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

25 anos sem Mané

Ontem completou-se 25 anos da morte de Mané Garrincha.

Com ele se foi uma das maiores lembranças do futebol brasileiro, além de uma de suas figuras mais caricatas.

Com uma vida recheada de histórias, boas, más, divertidas, trágicas. Mané é a síntese do futebol brasileiro.

Menino pobre de Pau Grande-RJ, foi recusado em diversos clubes por ter as pernas tortas, e acabou sendo contratado pelo Botafogo, por pedido de Nilton Santos, que não queria ter que enfrentar aquele capeta.

Fez com aquelas pernas tortas e quadril deslocado o que nenhum jogador fez ou sequer poderia imaginar fazer. Mágico, magistral, inimaginável!

Driblou sempre pro mesmo lado, o direito, mas sempre foi imprevisível, imponderável, impossível, improvável. Mané era arte em seu estado mais puro. Futebol para exposição em museus. Fez gato e sapato dos inúmeros Joões que o marcaram, a ponto do gol ser um alívio para a defesa, cansada de tanta humilhação.

Apesar de ter feito história no Botafogo, alguns, como seu primeiro treinador, o Tôti, afirmam ter provas que o menino era flamenguista. Mais uma pro rol de histórias do futebol brasileiro.

Foi vencido pela dor daquelas pernas que deram tantos dribles quanto tomaram infiltrações de medicamentos. Foi vencido pelo alcoolismo. Álcool que talvez tenha sido seu companheiro mais perene e inseparável, tal como seus pássaros.

Mané foi um moleque travesso com a bola, e em 20 de janeiro de 1983 partiu para fazer suas molecagens em outros campos.

Foi-se pobre, tal como nasceu. Foi-se bêbado, tal como cresceu. Foi-se gênio, tal como viveu!

Enfim, foi-se. Mas aos incrédulos provou que existe vida após a morte, pois está vivo em cada drible que cada moleque pobre e travesso neste país aplica em qualquer João, nos campos de terra perdidos pelo Brasil afora. Enfim, vive!

Obrigado ao Sr. Manoel dos Santos, ou para os íntimos da arte em forma de bola, simplesmente Mané Garrincha!

Abraços,

Bruno Padron (Porpetta)

Publicado em janeiro 21, 2008 de 1:36 pm

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Bruno Porpetta