No dia 29 de março comemoramos (sim, isso é motivo de comemoração) 50 anos da conquista da Copa de 58, na Suécia, contra a Suécia, com uma exibição maravilhosa e uma convincente vitória por 5 x 2, com dois de Pelé, dois de Vavá e um de Zagallo.
Amanhã, três dias antes do aniversário desse feito maravilhoso, a Seleção, que já foi brasileira, mas hoje é da CBF, jogará um amistoso em Londres, no Emirates Stadium, campo do Arsenal, justamente contra a Suécia.
Excelente oportunidade para comemorarmos a conquista de 58, quem sabe até aplicando outra goleada! Nada disso!
A CBF afirma categoricamente que o jogo não tem nada de comemorativo, e que as ditas lembranças serão feitas no Brasil e no momento certo.
Pior do que isso, os jogadores da atual Seleção nada sabem sobre a conquista de 58. Só lembram do título burocrático de 94, com pitadas da genialidade de Romário.
Talvez, daqui a 50 anos, os jogadores da Seleção não saibam mais sequer quem é Pelé. E Zagallo estará eternizado somente na garganta dos críticos que o engoliram em 99. Vavá será somente um ex-pagodeiro famoso. Didi, um ex-humorista da Rede Globo.
E a atual Seleção é também a representação da desmemória da CBF e do futebol brasileiro. Do futebol que, de alguma forma, esqueceu de jogar futebol. Do futebol que hoje aplaude um chileno.
Da Seleção de 58 que permitia que até Feola dormisse para a Seleção atual que tira o sono de qualquer brasileiro apaixonado por futebol, e que tem saudades. Saudades de um futebol que se foi, e que a CBF e a atual Seleção fazem questão de esconder para que nunca mais seja lembrado.
Abraços,
Bruno Padron (Porpetta)
Publicado em março 25, 2008 de 12:58 pm
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