Domingo, dia 24/02, finalíssima da Taça Guanabara entre Flamengo e Botafogo. Jogo duro, com todos os elementos de um grande clássico, lances agudos, confusão, briga, expulsões, estádio lotado (pouco mais de 84 mil presentes) e um cheiro forte de empate no ar.
Primeiro, cabe ressaltar que, ao olhar o Maracanã, me lembrou um pouco àqueles jogos dos anos 50/60 que passavam no Canal 100. As duas torcidas faziam um espetáculo maravilhoso e um barulho ensurdecedor. As muitas bandeiras tremulavam de lado a lado, os braços sacudiam-se fazendo o mar de gente se assemelhar a uma tormenta.
O jogo era bom, o Botafogo abriu o placar no primeiro tempo, gol de Wellington Paulista. O Flamengo empatou no segundo, sob uma chuva torrencial que durou desde o início do lance até o final das polêmicas expulsões de Souza, do Flamengo, e Zé Carlos, do Botafogo. O gol foi de pênalti, de Ibson.
A expulsão de Lúcio Flávio, do Botafogo, justa por sinal, incendiou a torcida rubro-negra. E esta empurrou o time pra cima do Botafogo. A torcida do Botafogo se segurava e empurrava o Fogão nos contra-ataques.
Um clássico digno de ser chamado de clássico!
O Flamengo vai mais à frente com a entrada de Diego Tardelli no lugar de Toró. E insiste. Mas o clássico parece fadado ao empate.
Eis que o Botafogo vai à frente, a zaga rubro-negra corta. A bola sobra para Ronaldo Angelim que, por um momento, sonhou que era Gerson e deu um lançamento de 40 metros nos pés de Kleberson, este rolou para Léo Moura que partiu pra cima dos zagueiros e, quando chegou próximo à meia-lua da grande área do Botafogo, passou para Diego Tardelli – este entrou em campo com a missão de superar as desconfianças da torcida – que dominou a bola, viu sua vida toda passar naquele momento, era o seu momento, ou virava herói ou vilão, o jogo chegava aos 47 do segundo tempo. Ele bateu na bola, com categoria, buscou o canto.
Foi aí que eu apareci, estava na arquibancada, de frente pro lance. Vi aquela bola indo fora, mas não queria perder aquele título, e tive que intervir. Cravei os olhos na bola e, com os olhos, coloquei ela lá dentro, 2 a 1 Flamengo. A nação estava em festa!
O juiz não viu e deu o gol para Diego Tardelli, mas não me importei. O importante foi que nem as duas investidas do Botafogo até o final do jogo nos tiraram aquele título. Flamengo, bicampeão da Taça Guanabara!
No dia seguinte, caminhando com a camisa do Mengão pelas ruas de Copacabana, as pessoas me cumprimentavam. Eu já tinha realizado meu grande sonho, fiz um gol no Maracanã e me tornei um herói rubro-negro!
Mas agradeço imensamente ao Diego Tardelli pelo passe!
Abraços,
Bruno Padron (Porpetta)
Publicado em fevereiro 26, 2008 de 2:25 pm
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Bruno Porpetta