quarta-feira, 30 de julho de 2014

O golpe da cartolagem

O Proforte, a Lei de Responsabilidade Fiscal dos clubes de futebol, deve ser votado pelos deputados na semana que vem, em Brasília.

O texto original fala em transparência nos gastos dos clubes, proibição da antecipação de receitas e da perpetuação de dirigentes que poderiam (ou deveriam?) estar em sarcófagos, além da renegociação das dívidas com impostos que batem na casa dos R$ 4 bilhões.



Porém, em reunião com a Presidenta Dilma, os clubes, junto com a CBF, as federações estaduais e a chamada “bancada da bola”, bateram o pé para que se votasse apenas o parcelamento das dívidas.

Sabe por quê? Porque querem carta branca para gastar mais, endividar mais os clubes sem responder por nada disso. Daqui a algum tempo, aparece algum governo bonachão para recomeçar a ciranda.

Para Dilma, o presidente do Botafogo chegou a dizer que poderia literalmente tirar o time de campo. Abandonar o Brasileirão por conta das receitas bloqueadas pela justiça, resultado de gestões esdrúxulas que ele busca referendar. Talvez para não ficar tão escrachada sua cara-de-pau, com seus jogadores cobrando publicamente o que lhes é de direito.

Merecia um “vai fundo”, para ver até onde vai essa valentia toda.

Maurício Assumpção reclama de barriga cheia, pois atrasa os salários de seus jogadores há algum tempo e não pode atribuir os atrasos simplesmente ao bloqueio das receitas do clube.

No Flamengo, voltou à cena o termo “engenharia financeira”, que contrata jogadores caríssimos e aumenta o tamanho do calote.

Enfim, os responsáveis pela calamidade do futebol brasileiro querem tirar o deles da reta e deixar a conta da farra que patrocinam nas nossas mãos.


São estes dirigentes que elegem os Teixeiras e Marins da vida, pois todos ali falam a mesma língua. E assim, fazem os sete gols da Alemanha virarem fichinha.


Valeu,

Bruno Porpetta

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será moderado e pode não ser incluído nas seguintes hipóteses:

1 - Anônimo

2 - Ofensivo

3 - Homofóbico

4 - Machista

5 - Sexista

6 - Racista


Valeu,

Bruno Porpetta