O Proforte, a Lei de
Responsabilidade Fiscal dos clubes de futebol, deve ser votado pelos deputados
na semana que vem, em Brasília.
O texto original fala em transparência
nos gastos dos clubes, proibição da antecipação de receitas e da perpetuação de
dirigentes que poderiam (ou deveriam?) estar em sarcófagos, além da
renegociação das dívidas com impostos que batem na casa dos R$ 4 bilhões.
Porém, em reunião com a
Presidenta Dilma, os clubes, junto com a CBF, as federações estaduais e a
chamada “bancada da bola”, bateram o pé para que se votasse apenas o
parcelamento das dívidas.
Sabe por quê? Porque querem carta
branca para gastar mais, endividar mais os clubes sem responder por nada disso.
Daqui a algum tempo, aparece algum governo bonachão para recomeçar a ciranda.
Para Dilma, o presidente do
Botafogo chegou a dizer que poderia literalmente tirar o time de campo.
Abandonar o Brasileirão por conta das receitas bloqueadas pela justiça,
resultado de gestões esdrúxulas que ele busca referendar. Talvez para não ficar
tão escrachada sua cara-de-pau, com seus jogadores cobrando publicamente o que
lhes é de direito.
Merecia um “vai fundo”, para ver
até onde vai essa valentia toda.
Maurício Assumpção reclama de
barriga cheia, pois atrasa os salários de seus jogadores há algum tempo e não
pode atribuir os atrasos simplesmente ao bloqueio das receitas do clube.
No Flamengo, voltou à cena o
termo “engenharia financeira”, que contrata jogadores caríssimos e aumenta o
tamanho do calote.
Enfim, os responsáveis pela
calamidade do futebol brasileiro querem tirar o deles da reta e deixar a conta
da farra que patrocinam nas nossas mãos.
São estes dirigentes que elegem
os Teixeiras e Marins da vida, pois todos ali falam a mesma língua. E assim,
fazem os sete gols da Alemanha virarem fichinha.
Valeu,
Bruno Porpetta
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Bruno Porpetta