terça-feira, 15 de julho de 2014

O craque sumiu?

O título alemão na Copa levantou a lebre: será o fim do craque?

Só se fala em jogo coletivo, bola de pé em pé, organização, planejamento, tática e até software. O que significa isso tudo?



Chovendo no molhado, o futebol é mesmo um esporte coletivo. Sem participação ativa dos três setores do campo, não tem jogo. Esta participação, hoje, não se limita a guardar posição e só defender ou só atacar.

Não se descobriu a pólvora quando se retomou a ideia de que o passe é o fundamento mágico do futebol. Driblar é bonito, fazer gol é heroico, mas o passe é que determina se temos um time ou um bando de bons jogadores.

As últimas duas Copas consagraram esta afirmação. As seleções que tocam mais a bola foram campeãs. A Espanha tinha dois craques no meio-campo. Os catalães Xavi e Iniesta, que careciam de alguém mais qualificado à frente, toparam ser chamados de chatos e foram campeões na África do Sul.

Na nossa Copa, não tínhamos um craque no time campeão. O que mais se aproxima disso é Schweinsteiger, mas não chega a tanto. Se o meio-campo alemão não tinha os craques espanhóis, tinha muito mais qualidade à frente. Thomas Muller é fantástico!

A Alemanha prima pelo equilíbrio e bom funcionamento dos três setores. A Copa do zagueiro Hummels foi a garantia de bom futebol na defesa e Boateng foi fundamental na final.

No entanto, do outro lado tínhamos um craque. A expectativa criada em torno de Messi, ainda mais quando Neymar saiu, foi muito maior do que o seu corpo permitiu. Messi foi decisivo no início e importante no fim, mas se esperava que ele fosse mais que isto.


A Copa não acabou com o craque. A vitória alemã não representa isso, mas sim a importância do time. Se a Alemanha tivesse um craque, do porte de Beckembauer, neste timaço, a Argentina, mesmo organizada, não aguentaria dez minutos.


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta