O título alemão na Copa levantou
a lebre: será o fim do craque?
Só se fala em jogo coletivo, bola
de pé em pé, organização, planejamento, tática e até software. O que significa
isso tudo?
Chovendo no molhado, o futebol é
mesmo um esporte coletivo. Sem participação ativa dos três setores do campo,
não tem jogo. Esta participação, hoje, não se limita a guardar posição e só
defender ou só atacar.
Não se descobriu a pólvora quando
se retomou a ideia de que o passe é o fundamento mágico do futebol. Driblar é
bonito, fazer gol é heroico, mas o passe é que determina se temos um time ou um
bando de bons jogadores.
As últimas duas Copas consagraram
esta afirmação. As seleções que tocam mais a bola foram campeãs. A Espanha
tinha dois craques no meio-campo. Os catalães Xavi e Iniesta, que careciam de
alguém mais qualificado à frente, toparam ser chamados de chatos e foram
campeões na África do Sul.
Na nossa Copa, não tínhamos um
craque no time campeão. O que mais se aproxima disso é Schweinsteiger, mas não
chega a tanto. Se o meio-campo alemão não tinha os craques espanhóis, tinha
muito mais qualidade à frente. Thomas Muller é fantástico!
A Alemanha prima pelo equilíbrio
e bom funcionamento dos três setores. A Copa do zagueiro Hummels foi a garantia
de bom futebol na defesa e Boateng foi fundamental na final.
No entanto, do outro lado
tínhamos um craque. A expectativa criada em torno de Messi, ainda mais quando
Neymar saiu, foi muito maior do que o seu corpo permitiu. Messi foi decisivo no
início e importante no fim, mas se esperava que ele fosse mais que isto.
A Copa não acabou com o craque. A
vitória alemã não representa isso, mas sim a importância do time. Se a Alemanha
tivesse um craque, do porte de Beckembauer, neste timaço, a Argentina, mesmo
organizada, não aguentaria dez minutos.
Valeu,
Bruno Porpetta
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Bruno Porpetta