sábado, 5 de julho de 2014

A Reforma da Previdência

Inicialmente, este artigo se chamaria "A esperança venceu o medo", baseado no slogan da campanha de Lula em 2002 que, por sua vez, decorreu das "sábias" palavras de Regina Duarte, quando disse que tinha medo do PT acabar com todos os "avanços" da economia brasileira durante a era FHC.

Do pânico provocado pela péssima atuação da seleção brasileira diante do Chile, a vitória de ontem sobre a Colômbia deu algum fio de esperança para nós, torcedores.



Independente da pouca variação tática, do baixo repertório de jogadas, da centralização do jogo em Neymar, ontem vimos uma seleção que enfrentou o bom time colombiano e controlou a partida.

Até levarmos o gol - e aí está outro grande problema, o Brasil sente demais os gols que leva, se contra o Chile foi ainda no primeiro tempo, desta vez, pelo menos, foi no segundo - e a Colômbia crescer no jogo. Deu susto, mas foi.

Neymar nem ia tão bem, mas foi o autor da cobrança de escanteio que resultou no gol de Thiago Silva (que, alíás, foi importantíssimo pra ele e pra seleção) e sofreu a falta do gol de David Luiz.

Por estas e outras, fica evidente o quão fundamental é Neymar.

Pois bem, após a esperança vencer o medo da eliminação, tal como em 2003, logo vem um banho de água fria. Na época, a reforma da Previdência, que criou uma confusão danada na esquerda com o cumprimento de uma agenda conservadora por parte do governo recém-eleito e recheado de esperança.

A reforma da Previdência do jogo de ontem foi a lesão de Neymar.

Um banho de água fria nas esperanças do povo brasileiro.

Ao saber da notícia do corte, Fred fez cara de espanto, de descrença. Saiu-se com a pergunta: "Você tá brincando, né?"

Exatamente a mesma cara e a mesma pergunta que eu fiz. E que muitos devem ter feito.

Fica no ar aquela sensação de "fodeu".

Enfrentaremos a maior seleção desde o início da Copa, e sem Neymar. Pra piorar, sem Thiago Silva, suspenso.

Bem, agora é com a camisa mesmo. E só!

Sobre a entrada do Zuñiga em Neymar, foi dura, mas não desleal. Ele olhava pra bola e atingiu o brasileiro. Então parem de pilhar o cara.

Ele não é o grande vilão de uma hipotética derrota na Copa, até porque esta história de vilão é coisa da Globo, que adora fazer novela com tudo.

Quanto aos insultos racistas à Zuñiga pelas redes sociais, é mais um triste episódio de nossa má educação, que vaia a Dilma, vaia o hino do Chile e ofendeu até mesmo o Marcelo, quando este fez um gol contra.


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta