Acho que o título é auto-explicativo.
Nunca começamos tão bem uma partida nesta Copa. Até o gol do Chile, ensaiávamos fazer um bom jogo, dentro das claras limitações que nosso elenco possui.
Pois bem, após o gol de Alexis Sanchez, em falha de Hulk na defesa, o caldo entornou. O Brasil viu 50 se repetindo, viu em Sanchez uma espécie de Ghiggia e não se viu mais a seleção brasileira em campo.
Muito se especula sobre o emocional dos jogadores, o que, a meu ver, procede. Este emocional acabou com o time e até com a coxa esquerda de Neymar.
Mas o que pouco se fala é do emocional de Felipão.
Felipão demonstra em suas coletivas estar profundamente abalado, intranquilo, ansioso. Quem mais enxerga o fantasma de 50 onde ele não existe é o próprio treinador da seleção.
Talvez porque se falou muito em título, desde a vitória na Copa das Confederações. Aliás, talvez não. É isso mesmo!
O treinador, na onda de seu prestígio popular, acabou por embarcar na história da obrigação pelo título, que não existe, nem nunca existiu.
Como se pode exigir o título de uma geração mais frágil que as anteriores? Do time de um craque só? Impossível!
Isto não significa que o Brasil não possa ser campeão. Pode, mas não tem obrigação, nem time, pra isso.
Não acredito que o Brasil vá repetir uma atuação tão ruim daqui pra frente, mas vai enfrentar times mais prontos, com menos peso nas costas e jogadores de alta qualidade.
No momento, o Brasil só tem mais camisa que os seus adversários diretos na caminhada para o hexa, embora isto não seja pouca coisa.
O problema da torcida comprar a ideia da obrigação é um, que não precisa de solução. O treinador comprar esta ideia é outro, que é muito difícil de solucionar. Se ele já introjetou no time esta ideia, não dá pra fazer um cavalo-de-pau agora e dizer que não era bem isso.
Ou seja, se o hexa vier, será desse jeito. Matando-nos do coração.
Portanto, aproveite a semana para realizar um check-up. Enquanto é tempo...
Valeu,
Bruno Porpetta
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