sábado, 7 de junho de 2014

Enfim, a Copa...

Pois é. A despeito da "guerra de torcidas" promovida entre governo (a quem caberia ser mais sensato) e movimentos sociais diversos e cada vez menos influentes nos rumos das mobilizações populares, vai começar a Copa do Mundo. Aquela que uns dizem que vai ter, outros dizem que não vai ter.

Talvez esta tenha sido a discussão mais imbecil que eu já tenha presenciado em minha "curta" vida.



Vai ter Copa porque parte considerável do povo quer que tenha. Não devia ter porque parte considerável do povo foi expulsa de suas casas, porque usou-se a Copa como pretexto para modelos de cidade excludentes, porque a FIFA é uma quadrilha que está se especializando em assaltar países da periferia do capital e o seu "padrão" não nos interessa, porque o Brasil abriu mão de sua soberania sobre pequenas partes de seu território para satisfazer os interesses dos assaltantes.

O custo dos estádios, sinceramente, é troco de pão. Não é pelos gastos que se pega a Copa pelo calcanhar de aquiles. É pelo futuro.

Pagou-se estádios para entregá-los à iniciativa privada. Por consequência, os ingressos são caros e o povo tem tido cada vez mais dificuldades para ir aos jogos, que já são ruins "só pra ajudar".



Portanto, em minha modesta opinião, enquanto estivermos debatendo se "vai ter" ou "não vai ter", estamos andando em círculos.

Sobre a competição em si, que é realmente muito mais interessante do que os tecnocratas da FIFA, quando me pedem pra cravar uma final, digo logo Brasil x Argentina.

Por quê?

Porque são as seleções favoritas que tem menos problemas físicos e mais jogadores decisivos de todas.

França sem Ribery; Alemanha sem Reus e com Schweinsteiger, Lahm e Neuer baleados; Itália praticamente só com o Balotelli para decidir, ou rezar para se marcarem muitas faltas na entrada da área para o Pirlo bater; Uruguai só com a história na mão e Suárez baleado; Espanha com um time mais velho e uma base que não conseguiu jogar bem neste ano; Inglaterra só ganha em casa e se for roubado; Portugal eu nem coloco na lista de favoritos, mas se alguém poderia decidir a favor dos lusos, seria Cristiano Ronaldo, e este também não está com o joelho muito confiável; a Holanda, no máximo, será vice... de novo.

No fim das contas, restaram sem problemas Brasil e Argentina.

A Argentina tem Messi, um grupo fácil, um time mais equilibrado que há quatro anos atrás, torcida mais presente que em outras Copas e a camisa.



O Brasil tem Neymar, um grupo não tão fácil que pode dar mais força ao time na reta final (ou não), uma defesa mais sólida que de costume. Torcida, se estiver esperando show, pode jogar até contra, como foi ontem no amistoso em São Paulo. Camisa, nem se fala... pesa muito!

Sobre a seleção brasileira, algumas impressões bem rápidas. Oscar deve perder a vaga se não jogar mais bola contra a Croácia, o William tá voando. O time é este, mas os laterais são o nosso calcanhar de aquiles, se entra pelas costas deles como se convidados fossem os atacantes.

Se tenho um favorito para esta hipotética final? Torço pelo Brasil, mas acho que dá Argentina.



A propósito, só para não deixar de cometer rubro-negrices por aqui, o gramado do glorioso estádio José Bastos Padilha, na Gávea, está lindo! A Holanda nos deu um presentão! Falta agora somente alguém ter coragem de recolocar as arquibancadas tubulares em torno do campo e voltarmos a mandar jogos na Gávea. Arena é o c...!


Valeu,

Bruno Porpetta

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será moderado e pode não ser incluído nas seguintes hipóteses:

1 - Anônimo

2 - Ofensivo

3 - Homofóbico

4 - Machista

5 - Sexista

6 - Racista


Valeu,

Bruno Porpetta