Não dá pra amaciar. A goleada alemã sobre nossas cabeças foi
a pior tragédia da história do futebol brasileiro.
Sem dúvida, o trauma de 50 ainda tinha peso. Nós temíamos
perder a final da Copa no Maracanã. A diferença é simples: em 50, tínhamos time
para ir à final. Inclusive, chegamos à final após golear a Suécia por 7 a 1.
O time que cercava Neymar não era o camarão na empada. Até
podia chegar à final, mas chegaria com a camisa tão somente. Os alemães
acabaram dando uma lição: basta desta corja que dirige o futebol brasileiro! Não
basta dizer fora fulano ou beltrano, todos tem que sair!
Era visível que Felipão estava absolutamente perdido. Perdeu
o controle, perdeu a razão, perdeu o tempo. Tempo este que agora será contado
em gols da Alemanha. Não será incrível que passemos a calcular quantos gols da
Alemanha levamos para ir de Madureira à Central.
Só que Felipão não foi parar lá à toa. Alguém o contratou.
Contratou por que queria um centroavante fixo na área? Não, porque tinha medo
de chegar à Copa com um treinador sem experiência, coincidentemente, contratado
pela mesma turma. Só variaram as moscas.
Se havia algo para nos envergonhar nesta Copa, que foi
fantástica, é buscar um hexa sem a bola passar no meio-campo, acreditar que “famílias”
formam seleções, assistir a esta turma da CBF esculachar o futebol brasileiro.
Temos saudades dos nossos clubes no Brasileirão, mas sabemos
que a Copa é um oásis de bom futebol nos nossos gramados. Não formamos mais
craques aos montes. A seleção não está tão distante do que temos de melhor
hoje.
Esta tragédia no Mineirão fez o Maracanazo ficar muito pequeno. Deu saudade do nosso futebol. Deu saudade
de Barbosa que, feliz e finalmente, está absolvido.
Assim enterramos, de uma vez, a derrota em 50.
Valeu,
Bruno Porpetta
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