quinta-feira, 8 de março de 2012

Noites de Messi, Neymar e... Fred

A quarta-feira foi um dia de visitas a uma exposição de belas pinturas. Um dia que deixou a curadoria do Louvre com uma ponta de inveja.

Na noite catalã (fim da tarde para nós), foi a primeira bela obra de arte. Uma avalanche de bom futebol, conduzida pelo artista maior do planeta bola, Lionel Messi.


O dono da bola


Não foi um jogo, foi um desfile.

É importante lembrar que o jogo valia vaga nas quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa. O Barcelona já havia vencido o jogo de ida, na Alemanha, por 3 a 1. Bastava administrar a importante vantagem conquistada pelo time catalão.

Mas a inspiração dos grandes artistas da humanidade se abateu sobre o Barça e, principalmente, sobre Messi. Só dele, foram cinco gols (pela primeira vez na história da competição). Destes, três golaços. O jovem Tello marcou outros dois e perdeu a oportunidade de guardar mais um no fim do jogo.

O goleiro Leno, a despeito de ter falhado em dois gols, não pode ser condenado. Nem Yashin seguraria esse rojão. Pela frente, havia o melhor time do mundo e um dos melhores da história do futebol. Em um dia de grande inspiração.

Os 7 a 1 foram pouco, por incrível que pareça!

É bom destacar que este gol solitário do Bayer, marcado por Bellarabi, foi belíssimo. Por isso a bola entrou. Hoje, só era permitido fazer gols com classe. Isto, o Barcelona tem de sobra. E quanta sobra!

De Barcelona para minha terra natal, a cidade de Santos.

O maior porto da América Latina, o maior jardim de orla do mundo, o bolinho de bacalhau do Toninho, o pastel do Carioca, os gigantescos sanduíches do CPE (Centro de Paqueras do Embaré), Plínio Marcos, Patrícia Galvão - a Pagu, e a Vila Belmiro.

O estádio Urbano Caldeira é uma terra dentro da terra. Por lá passaram Zito, Pepe, Dorval, Mengálvio, Coutinho... E naquele solo brilhou Pelé!


Neymar, um dos maiores terráqueos do Santos, carrega o sobrenatural


Em proporções mais terráqueas, por lá está Neymar, que hoje destruiu o Inter com três gols, dois dignos de reprodução em tela.

Noite inspirada, muito provavelmente, pela noite catalã. Neymar assistiu Messi, aprendeu como fazer e, com gratidão, esculachou.

Houve um personagem mais silencioso, sem gols, mas igualmente encantador e, enfim, reencontrando seu futebol. O que falar da partida de Paulo Henrique Ganso? Monumental, é o mínimo!


Ele está de volta? Amém!


Pegamos um vôo para Buenos Aires, onde nossos poderosos reais bebem os melhores vinhos de uma combalida economia argentina, para aportar no estádio que melhor representa a dureza da Libertadores: La Bombonera.

O Fluminense foi, viu e venceu!

Com grandes partidas de Deco, Diguinho e Diego Cavalieri (o DDD?), o Fluminense se tornou o quarto clube brasileiro a derrotar o Boca Juniors dentro de seus domínios. Juntou-se ao Santos de Pelé, o Cruzeiro de Ronaldo e o Paysandu, de uma torcida apaixonada e maravilhosa, sacaneada pelos dirigentes locais e nacionais com mais constância que as chuvas de Belém.

Mas é preciso ressaltar que o Fluminense, além do grande time que tem, é o Fluminense de Fred.

O camisa nove do Flu é o que há de diferente na posição. Alia técnica e (muita) inteligência. Dá o seu tom para o jogo e marca gols. Volto a defender seu nome para a posição na seleção brasileira, e não recuo.


Para o craque, basta uma bola


Quando o Fluminense precisou amarrar o jogo para suportar a pressão do Boca, lá estava Fred, que malandramente arrumou uma falta no campo defensivo, interrompendo uma sequência de golpes do time de Riquelme contra a meta tricolor.

Para mim, foi o cara da partida!

Pode não ter sido cinematográfico como os jogos anteriormente comentados, mas foi simbolicamente importante, principalmente porque reafirma o Flu como um dos favoritos ao título.

Voltando um pouco ao mundo dos mortais, e a pedido de Sally Liechocki, que merece reverências tantas, um breve comentário sobre a estreia do Independente, de Tucuruí-PA, na Copa do Brasil.

Perdeu por 1 a 0, para o São Paulo, em Belém.


Não é um bloco de carnaval, são só umas comprinhas na 25


Deve agradecer pela má atuação do tricolor paulista, pois com o placar magrinho ganhou a oportunidade de caminhar pela 25 de março, fazer umas comprinhas e, quem sabe, comer uma fogazza no Gianotti.


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta