O zagueiro Breno, ex-São Paulo, hoje no Bayern de Munique, está preso na Alemanha, acusado de ter ateado fogo à própria casa, alugada pelo clube.
O clube, além de amigos, parentes e companheiros de profissão, afirmam que o jogador sofre com a depressão.
O que causa estranheza é a irredutibilidade da justiça alemã, com relação à detenção do zagueiro.
Se ele é investigado por, supostamente, tentar aplicar um golpe no seguro do imóvel, por que ele não pode responder o processo em liberdade?
Mantê-lo preso, só reforça a tese do golpe. Não considera a possibilidade da depressão, e pode ainda acabar em uma tragédia ainda maior.
O que a justiça alemã dirá, caso Breno cometa suicídio na cadeia? E este alerta já foi feito pelo Bayern.
Como perguntar não ofende, não é estranha toda esta certeza, ainda não comprovada, contra um brasileiro afrodescendente, em um país, ou melhor, um continente que vem sofrendo com o recrudescimento de uma visão semelhante à de Adolf Hitler?
Ou será que Breno é um sujeito perigoso, disposto a queimar a Alemanha inteira?
Valeu,
Bruno Porpetta
Porps, eu acho que a sua reflexão tá boa. Porém, acho que tem duas questões a serem abordadas: a Alemanha "radicalizou" a legislação contra incêndios, devido a uma série de incêndios a carros e casas no país. Portanto, acho que faltam alguns elementos importantes a serem considerados na sua análise política. Agora, o que eu acho que tem provocado pouca discussão é essa história dos problemas psicológicos no futebol. Aí, tem um primeiro exemplo mais óbvio que é o do goleito alemão que se suicidou, que tb sofria de depressão (agora, me escapa o nome dele). O segundo, mais espinhoso, e que até agora eu não vi ninguém relacionar, é o Bruno. Será que as pessoas acham que ele simplesmente era (é) o capeta? Será que não é o momento de fazer uma análise sobre o atendimento psicológico que recebem esses atletas, submetidos a tanta pressão, desde tão jovens?
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