quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Oh Minas Gerais...

Se alguém conseguir uma explicação razoável para a draga em que se encontra o futebol mineiro no Brasileirão, pode me fornecer?

Tirando o América-MG, que possui um projeto para 10 anos, e não vê com olhos tão preocupados o rebaixamento neste ano, o resto é incompreensível.

Imagina só, isso tudo na Segundona?


Dizem que clubes vencedores são aqueles que mantém uma boa estrutura. Centros de Treinamento modernos, com alojamentos, refeitórios, vários campos de futebol, academia, e todas estas frescuras inventadas pelo modelo europeu de conquistar títulos.

Também dizem que os salários devem estar em dia. Não há uma só reclamação, tanto no Atlético-MG quanto no Cruzeiro, que se refira a atraso de salários.

Ao mesmo tempo, é importante contratar bons jogadores. E o Atlético fez isso como ninguém! Foram mais de 70 contratações no período de um ano, incluindo-se aí alguns medalhões. O Cruzeiro, não na mesma quantidade (mais ninguém, além do Galo, cometeria essa loucura), mas com razoável qualidade, fez suas contratações.

A Raposa, inclusive, disputou a Libertadores, tendo a melhor campanha da primeira fase, com goleadas estonteantes. Acabou entregando a paçoca nas oitavas, contra o Once Caldas, dentro de casa.

Ou seja, restam poucas razões para explicar este momento terrível que o futebol mineiro. Se o problema não é o time (e não é, asseguro), não é o treinador (já passaram vários em cada) e não é a falta de estrutura, e não é só a ausência do Mineirão (a dupla Fla-Flu não tem o Maracanã e estão no topo) só resta uma boa razão para isso: os cartolas, óbvio!

Apesar da postura mais "soberana" de Alexandre Kalil, no imbróglio com a Globo, já existem motivos suficientes para dizer que sua gestão é um fracasso. O Galo, simplesmente, apequenou-se.

Se considerarmos que o Campeonato Mineiro é disputado, praticamente, apenas entre os dois, o Galo não ganha nada há algum tempo.

Pode ser que não caia, mas o martírio, caso nada mude, será permanente.

Quanto ao Cruzeiro, é um feudo da família Perrella, que preferiu repassá-lo a um laranja enquanto ajeita grandes negócios na política.

Os Perrella nunca foram sinônimos de boa gestão, e seu sucessor, por mais que faça discursos menos virulentos, é mais do mesmo.

Enquanto isso, sofrem os torcedores mineiros com a possibilidade de ver seu estado inteiro na segunda divisão.

Ah! Vai dizer que tem o Boa Esporte Clube, com chances de subir para a primeira? Mas isso, só se eles continuarem em Minas... pode ser que se mudem para o Acre!


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta