Este 13 de agosto de 2014 tem tudo para ser uma data lembrada por muito tempo na história.
Começa com a trágica morte de Eduardo Campos e os demais passageiros e tripulantes do avião que caiu na minha cidade natal. Exatos nove anos depois da morte do avô do presidenciável, o lendário Miguel Arraes.
Não deixa de ser lamentável, pelas pessoas que cercavam suas vidas. Também não os redime de eventuais equívocos em vida, e Eduardo Campos tinha vários equívocos.
Mas como qualquer grande "evento" que envolva política, algumas reações chegam a dar náuseas em qualquer um que possua senso de humanidade e, principalmente, de ridículo.
Passam as horas e a noite reserva uma rodada incrível da Copa do Brasil.
Três gigantes do nosso futebol estão fora, eliminados por times considerados pequenos, mas que se mostraram tão gigantes quanto os derrotados.
O Bragantino não tinha uma noite tão heroica desde o título paulista em 90. Tempos em que a linguiça de Bragança Paulista ainda era notícia. E o São Paulo vai lamber suas feridas no Brasileirão e na Sul-Americana.
O Ceará, que já havia vencido o jogo de ida, em pleno Beira-Rio, venceu de novo. Fez 5 a 2 no agregado e despachou o Inter com uma autoridade monumental.
No Maracanã, o Fluminense, que por muito tempo se regozijou com a histórica derrota do Flamengo para o América do México e a atuação exuberante do gordinho Cabañas, agora também tem um América pra chamar de seu. O América de Natal-RN conseguiu improváveis, mas merecidos, 5 a 2 e reverteu a derrota por 3 a 0 na primeira partida, se classificando pelos gols fora de casa.
Para completar, houve a grande final da Libertadores (que as TV's brasileiras se recusaram a exibir, mostrando, mais uma vez, que nossa mídia simboliza os "valores" das nossas elites, que se orgulham de odiar os vizinhos sul-americanos) que consagrou, pela primeira vez, o San Lorenzo como campeão. Tudo decidido em um pênalti cobrado pelo paraguaio Ortigoza para o time argentino, sobre o goleiro argentino Don, dos paraguaios do Nacional.
Este papado argentino tem feito tão bem ao futebol do país que já levou a seleção à final da Copa e o San Lorenzo (time do Chico) ao título inédito da Libertadores. Divino?
Valeu,
Bruno Porpetta
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