terça-feira, 12 de agosto de 2014

Pode ser a gota d'água...

Luiz Antônio é suspeito – e é bom que se diga que, por enquanto, é apenas suspeito – de ter relações com milicianos da zona oeste do Rio, além de estelionato pelo golpe no seguro de seu carro.



Se confirmadas as suspeitas, além do provável fim de carreira para um garoto promissor, revela que nem só de amigos de infância são formadas as redes de relações entre jogadores de futebol e suas comunidades.

Diferentemente das histórias de Adriano e Vágner Love, que mantinham relações com traficantes em seus locais de nascimento porque, simplesmente, cresceram juntos, aprenderam a dar os primeiros passos no futebol juntos. Portanto, não há razão, mesmo que os caminhos tomados tenham sido absolutamente diferentes, para que seus vínculos sejam rompidos.

Este caso de Luiz Antônio não se trataria de amizade de infância. Até porque os milicianos, em geral, caem de paraquedas nas comunidades, surgem como “alternativa ao domínio do tráfico”, mas se configuram como os novos donos do pedaço. Estabelecem uma relação de poder sobre a comunidade.

É neste aspecto que se firmariam as suspeitas. Nas relações de poder que as milícias exercem sobre as comunidades e sobre como um jogador de futebol conhecido pode ser útil à manutenção destas relações.

A princípio, o único indício mais forte seria o do estelionato. Um golpe, até certo ponto, conhecido aí na praça. Não é incomum alguém querer se livrar de um carro através do acionamento do seguro.

O que causa maior estranhamento é que, em geral, não se faz isso com quem não se tenha uma relação mínima de confiança. É aí que mora o perigo.


Somando-se à confusão na justiça do trabalho, no início deste ano, é o segundo episódio conturbado envolvendo Luiz Antônio que parece não carecer apenas de boa assessoria, mas de cabeça no lugar.


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta