domingo, 4 de setembro de 2011

O papel libertador do bar







Ai meu Deeeeeeeeeeeeus!!!




Sexta-feira. A proximidade do fim de semana, em si, é renovadora.

Aos cinco dias consecutivos de trabalho, ou aula, ou os dois, a perspectiva aberta pelo fim de semana se inicia na manhã de sexta-feira. Parece que o caminho de ida para o cumprimento de suas obrigações cotidianas já é mais leve.

Se chove, é o alívio de quem sabe que é o último dia de tortura laboral a que somos submetidos. A começar pelo trânsito intenso, o transporte coletivo, em geral, lotado, o mesmo enredo sempre. Depois vem a labuta, propriamente dita. Goste-se ou não, a obrigação de fazer já é aviltante. Por que não se dispensam as formalidades de horários e frequência? Mesmo o que se gosta de fazer, se faz melhor quando se faz no momento que se quer.

Né não?



Mas não só isso! Chuva é, para quem se dispõe, sinônimo de amor. Ficar debaixo das cobertas com quem se ama (nem que por uma noite) é tão acolhedor quanto "indecente".

Quando faz sol, é a oitava maravilha do mundo! A praia, a noite, o próprio amor, tudo parece que fica mais visível e, notoriamente, bonito.

Até aquela mala do seu chefe não incomoda tanto. O seu professor de Estatística, com aquela aula bíblica sobre probabilidades, provavelmente não tem a menor consciência do quanto sua aula é dispensável, sob o ponto de vista concreto, numa sexta-feira.

Fora que o calor - ah, o calor! - é de matar. Com o passar do dia, uma secura toma conta da boca, e não há água que faça passar.

Quando findam as obrigações, a casa parece muito mais distante do que antes. O trânsito fica mais congestionado, o transporte coletivo ainda mais cheio. Nesta hora, parece não haver muita alternativa. O oásis da esperança é o bar!

Assim mesmo, suando....


Com chuva, nada melhor do que o toldo do bar para proteger. Todo mundo fica lá, sequinho, bonitinho. Daí, ou já emenda com a noite, ou vai pra casa mais relaxado.

Se o tempo tá bom, melhor ainda! Lembra aquele calor todo? Parece que não existe, a cada gole da cerveja mais gelada que houver nessa vida.

O bar é, acima de tudo, um espaço democrático por excelência. Se tem uma mesa da "canhota", na outra estão os conservadores. Se tem gente que bebe, outros vão só no refrigerante. Tem homem, tem mulher, que se gostam entre si, não necessariamente nesta ordem, ou até de ambos.

                                        O verdadeiro boteco!


E quando se fala em bar, não se fala naquelas mega redes que se proclamam "botecos", que, no máximo, são restaurantes com cerveja, e preços escandalosamente elitistas. O bar é, antes de qualquer coisa, acessível a todo mundo.

Sendo o bar, o destino favorito de toda essa gente que trabalha, ou estuda, às sextas-feiras, o efeito libertador que o mesmo cumpre com relação à opressão semanal da obrigação é latente.

Tão latente, que não contentes, as sextas se tornam segundas, terças, quartas e quintas.

Sábados e domingos, trabalho ou estudo são quase homicídios. E aí é o bar, na verdade, que se torna uma obrigação.

Certo ou errado?


Valeu,


Bruno Porpetta


P.S. 1: Este que vos escreve já não bebe mais, mas recomenda ainda assim.

P.S. 2: De fato, hoje não estou com a menor paciência para falar de futebol.

Um comentário:

  1. Issaê, Porpetta... é segundona e já estou com "sede"....

    beijos, Erica Augusto
    http://duplotriplomultiplo.blogspot.com

    Obs.: como assim "não bebe mais"??? nem mais nem menos, né... continua bebendo igual.. é isso??

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Bruno Porpetta