Era um 11 de setembro!
Há 38 anos, a democracia sofria um atentado tão inesquecível, quanto assassino.
O golpe militar chileno dado em 11 de setembro de 1973, com o assassinato de Salvador Allende, presidente socialista eleito sob a insígnia da transformação social mais profunda que a nossa América testemunharia, soterrou o país em uma sangrenta ditadura que durou exatos 16 anos e 6 meses.
Somando-se os corpos encontrados aos eternamente desaparecidos, o número de vítimas deste atentado supera, e muito, os mortos do ataque de Bin Laden ao World Trade Center.
Se a democracia chilena foi silenciada por todo esse tempo, e seu retorno se deu sob bases neoliberais, muito diferentes da mudança proposta por Allende, ao menos sobrou, ao povo chileno e de toda a América Latina, o direito de sonhar e lutar por justiça social, por comida, terra, teto, escola e demais direitos que nos são insistentemente negados pelas elites subalternas às vontades do Tio Sam.
E em nome deste sonho, Allende vive!
"Colocado em uma transição histórica, pagarei com minha vida a lealdade do povo. E os digo que tenho a certeza de que a semente que entregaremos à consciência de milhares e milhares de chilenos não poderar ser cegada definitivamente. Trabalhadores de minha Pátria! Tenho fé no Chile e em seu destino. Superarão outros homens nesse momento cinza e amargo onde a traição pretende se impor. Sigam vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor." Salvador Allende, 11 de setembro de 1973
Valeu,
Bruno Porpetta
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Bruno Porpetta