sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Agora dá pra parar de encher o saco?

A seleção de Mano Menezes conseguiu, enfim, sua primeira vitória em clássicos entre seleções. Ou, como diria a dupla Globo-CBF, um "superclássico", em mais uma invenção midiática estapafúrdia.

Mais que um título, um time


Com contrato firmado entre as duas entidades máximas do futebol nos dois países, que envolvem interesses comerciais da Vênus Platinada, Brasil e Argentina se enfrentarão nos próximos oito anos, contando apenas com jogadores que atuam nos dois países.

Dadas as condições econômicas de ambos, o que naturalmente respinga nos campeonatos locais, o Brasil leva imensa vantagem no confronto.

Não à toa, os melhores jogadores do time argentino jogam, justamente, no Brasil.

Apesar das fragilidades do adversário, o grande mérito da previsível vitória foi a gestação de um time.

O jogo criou os famosos "bons problemas" para Mano, além de parecer solucionar velhas carências.

Se todo bom time começa por um bom goleiro, Jefferson se encontra em fase muito melhor que o "inquestionável" Julio Cesar. A única deficiência do botafoguense, com relação ao interista, é a reposição de jogo, mas embaixo dos paus tem se dado bem.

Na zaga, se Dedé já tinha cavado seu espaço, Rever não ficou muito atrás. Os dois, inclusive, jogaram bem a ponto de não permitir que os titulares, Lúcio e Thiago Silva, deem mole.

Outra posição, cuja carência é antiga, é a lateral-esquerda. Se Marcelo se firmar, é o titular. Se não, Cortês chegou chegando. Que belíssima atuação!

Um lado esquerdo pra assustar o adversário


Rômulo é outro que merece mais chances. Até porque, jogou muito preso à marcação, diferentemente do Vasco, onde tem mais liberdade para encostar no ataque e armar jogadas. Jogando com um cão de guarda atrás, pode atuar como no clube, e assim deveria ser observado.

Um grande destaque foi Lucas, no momento em que se procura um meia de ligação, ele foi muito bem. O que se pode discutir é o estilo do meia, pois Lucas joga em velocidade, e nem sempre o jogo pede rapidez. Esta capacidade de ditar um ritmo mais cadenciado só se verifica em Ronaldinho ou Ganso, com preferência para o segundo que é meia de ofício. O Gaúcho fica melhor no ataque. Quem pode ter perdido espaço é Robinho.

Jogando bagarái...


Outro que, na minha modesta opinião, se não fizer muita bobagem e se empenhar, é o titular da camisa 9 da seleção para a Copa 2014, é Fred, do Fluminense.

A idade é boa, bola ele tem e seu estilo é exatamente o que precisamos. Um autêntico centroavante!

In Fred we trust


Podem dizer que enlouqueci (nada que eu não esteja acostumado), mas acho válido insistir com ele.

Enfim, começamos a ter um desenho de time, e temos tempo até a Copa.

Portanto, podemos parar de pedir a cabeça de Mano? Como diria a campanha de Lula, em 2006: "Deixa o homem trabalhar!".

Para não perder a chance do pitaco, escalo meu time também, à luz do momento, óbvio: Jefferson; Maicon, Lúcio, Thiago Silva e Marcelo; Sandro, Rômulo e Lucas; Neymar, Fred e Ronaldinho.



Pronto, agora podem começar a me xingar!


Valeu,

Bruno Porpetta


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Bruno Porpetta