O mundo do futebol coleciona
casos de racismo. Em todo o planeta,
também no Brasil, não só no Rio Grande do Sul. O caso Aranha é o início da
contagem regressiva para o próximo.
A única chance que temos para
começar a desatar esses nós é, sem qualquer delírio de soluções imediatas,
punir exemplarmente os envolvidos. A garota, os outros e, também, o Grêmio.
A garota e os outros estúpidos da
arquibancada por razões escancaradas. Foram flagrados pela TV. Já o tricolor
gaúcho, por mais que tenha tomado posturas aparentemente enérgicas, está
envolvido pela terceira vez, nos últimos anos, em casos de racismo.
Chegou a hora desses idiotas
verem o tamanho do estrago que causam, tanto na vida dos negros e negras do
nosso povo, como para o próprio clube. Conviver no sistema carcerário
brasileiro, um verdadeiro depósito de negros e pobres, pode fazê-los pensar um bocado.
A exclusão do Grêmio na Copa do
Brasil é pouco. É preciso limitar o número de ingressos à metade da capacidade
de um estádio distante de Porto Alegre, além de uma pesada multa. Ou seja, doer
no bolso do clube. Os outros clubes, rapidamente, se precaveriam.
Até porque o racismo não é
gremista, nem só no futebol, é uma questão nacional. O sujeito enlatado no trem,
em sua maioria, é negro. Não é à toa.
O Brasil é um país racista. Os
negros foram jogados para os cantos das cidades, recebem menos, trabalham mais.
Qualquer semelhança com o século retrasado não é mera coincidência.
Os negros e negras do nosso povo
não fazem parte da elite, que andaram dizendo por aí que não existe. Nem
esquerda, nem direita, nem branco, nem negro... mas nada que umas tuitadas não
possam mudar, de repente.
Do gremista Humberto Gessinger: “Nessa
terra de gigantes, eu sei, já ouvimos tudo isso antes.”.
Valeu,
Bruno Porpetta
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Bruno Porpetta