Duas situações envolvendo o
Botafogo demonstram a inversão de valores no futebol brasileiro. Uma delas nos
tribunais, tão ou mais decisivos que os craques dentro de campo ultimamente. A
outra, entre goles de cerveja e suculentos pedaços de carne, linguiças e
drumetes.
O STJD julgou os casos de Emerson
Sheik, que reclamou da arbitragem no jogo com o Bahia e disparou contra a CBF
na saída do campo, e Airton, por pisar a cabeça de Pato na partida o São Paulo.
Sheik foi absolvido pelas
críticas à CBF, mas pegou quatro jogos de suspensão por ofensas ao árbitro.
Airton pegou dois jogos de gancho pela agressão. No mesmo julgamento, o meia
Valdívia pegou também dois jogos pelo pisão em Amaral, no confronto entre
Palmeiras e Flamengo.
Para o STJD ofender o árbitro é mais
grave que pisar na cabeça de um companheiro de profissão. Para os jogadores
fica a lição: melhor arrebentar alguém que se dirigir ofensivamente ao Deus
todo-poderoso vestido de preto.
Nossa arbitragem, que anda de mal
a pior, só falta ser condecorada pelos serviços prestados ao futebol. Após o
jogo entre Santos e Goiás, onde os “castanheiras” não viram um gol esmeraldino
onde entre a bola e a linha do gol cabia uma carreta, estes novos personagens
do futebol foram alçados à condição de árbitros.
Deixam de prejudicar o jogo da
linha de fundo e passam a fazer dentro do campo o que a pomba faz nos fios de
alta tensão.
A outra situação aconteceu no
churrasco do aniversariante Maurício Assumpção, presidente do Botafogo.
Os salários dos jogadores atrasam
e Jefferson vai a público dizer que, para fugir do rebaixamento, o time só pode
contar consigo mesmo, a comissão técnica e a torcida. Assumpção bebe, come e
ri. Chorar e sofrer, só na frente da Presidenta Dilma.
A cartolagem brasileira não
merece sequer um pão dormido.
Valeu,
Bruno Porpetta
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será moderado e pode não ser incluído nas seguintes hipóteses:
1 - Anônimo
2 - Ofensivo
3 - Homofóbico
4 - Machista
5 - Sexista
6 - Racista
Valeu,
Bruno Porpetta