Neste exato momento, cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem de insônia.
Daqui a menos de 24 horas, entram em campo Corinthians e Boca Juniors, no Pacaembu, para decidir quem gravará seu nome na Taça Libertadores da América.
Para o time argentino, pela sétima vez, igualando o recorde do Independiente. Para o Timão, uma inédita e histórica conquista, que justifica a noite em claro.
O Corinthians é mais time que o Boca, sem muito mistério.
Se tiver que cravar um favorito, obviamente é o Corinthians. Pelo time, pelo placar no jogo de ida, pelo jogo em casa, com uma torcida que faz a diferença.
Mas o que essa pulga faz atrás da orelha de muita gente?
Enquanto o Corinthians tem um coletivo superior, com alguns talentos decisivos, uma defesa fortíssima e, ao que parece, finalmente um goleiro de confiança, o Boca tem a tradição na Libertadores, um time esforçado... e Juan Roman Riquelme.
O Corinthians tem mais time, mas o único craque dentre os 22 jogadores em campo é do Boca, é Riquelme.
Estará em jogo o que é mais decisivo, a força do conjunto ou a genialidade do craque?
Riquelme, para ser ainda mais sacana, foi decisivo em outras finais de Libertadores contra brasileiros, sempre na casa dos adversários. Ele sabe como usar a força oposta da torcida a seu favor, além de conhecer os "atalhos" da Libertadores.
Reparem como Riquelme, sempre pressionando o árbitro, quase sempre é punido com o cartão amarelo. Na Libertadores não existe suspensão por acúmulo de cartões amarelos, apenas por expulsão. Cada cartão amarelo custa aos cofres do clube apenas 100 dólares, logo a galera abusa.
O craque argentino conhece todos estes expedientes que, no frigir dos ovos, acabam ajudando a decidir jogos. E este é o imponderável em campo, que equilibra outras diferenças. Isso pra não falar do talento genial de Roman, como é chamado pela própria camisa 10 que veste.
Que vença o melhor, ou o mais malandro.
Valeu,
Bruno Porpetta
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