Aquela velha história de "22 homens correndo atrás de uma bola", tão decantada pelos inimigos do futebol, é uma tremenda conversa pra boi dormir.
Hoje, o esporte bretão, nunca foi tão bretão!
O que aconteceu hoje no Etihad Stadium foi daquelas coisas que nos fazem amar o futebol tanto, mais tanto, a ponto de ignorarmos a presença de nossas famílias em almoços de domingo. Ainda mais hoje, no Dia das Mães, onde está todo mundo na sala, com aquela macarronada suculenta e aquele rocambole de carne recheado com cheirinho de paraíso. O jogo entre Manchester City x Queens Park Rangers tornou tudo isso quase irrelevante.
Desde o gol do capitão Kompany, no clássico de Manchester, a parte azul da cidade definiria sua vida no jogo contra o Newcastle, o mais difícil da sequência até o final. Venceu em St. James Park por 2 a 0, e encaminhou o título. Será mesmo?
Sabe aquele dia onde nada dá certo?
Pois bem, o City andava naqueles dias.
No chute de Zabaleta, o City abria o placar e podia ignorar o resultado do Manchester United, em Sunderland, que já vencia por 1 a 0, gol de Rooney.
Do outro lado, havia o Queens Park Rangers precisando se livrar do rebaixamento. O mesmo que há duas rodadas atrás apanhou de 6 a 1 do Chelsea. Três bolas no gol, dois gols! Mesmo com um jogador a menos, desde os nove minutos do segundo tempo. O dia de festa se desenhava como tragédia.
Virou ataque contra defesa. O City martelava a zaga do QPR, que se virava como podia. Valia ali a máxima de "bola pro mato, que o jogo é de campeonato".
Aos 46 minutos, o mato estava na linha de fundo. Escanteio para o City, o time que mais marcou gols em jogadas de córner no campeonato inglês. Bola cruzada na área, cabeçada de Dzeko, bola na rede.
Ainda restava um gol para o título, e ele saiu aos 48, com chute do argentino Aguero. A tragédia havia se tornado festa novamente.
Já fazia tempo...
O título havia se tornado um milagre, que passeou por toda a cidade de Manchester, mas caiu no colo do lado azul da cidade. Depois de 44 anos!
Eles acreditaram e, na raça, conseguiram. Para a alegria dos irmãos Gallagher...
Valeu,
Bruno Porpetta
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