terça-feira, 12 de maio de 2015

O tal do futebol

“Para estufar esse filó como eu sonhei, só se eu fosse o Rei.”, dizia Chico Buarque, em “O Futebol”.



Começou o Campeonato Brasileiro da CBF, aquele que nos prova a cada ano como esta entidade é um atraso de vida para o nosso futebol. O que vimos na primeira rodada, em termos de público, é vergonhoso. Salve-se aí o Fluminense, com seus 20 mil no Maracanã, e o Palmeiras em São Paulo.

O que se vê em campo é de fazer chorar. Da alegria do Botafogo pela vitória importante na estreia contra o Paysandu, na série B, ao tempo perdido pelo Flamengo em Atibaia, com um time perdido em campo.

O Vasco, ou pela ressaca, ou pelo choque de realidade, também estreou mal. Perdeu dois pontos importantes. O Flu, ao menos, venceu. Mesmo que a bola tenha sido bem pequena.

Enfim, nada diferente do que andou se vendo por aí. Com exceção de Pato e Ganso, que voltaram a jogar bola, não houve nada de extraordinário nesta primeira rodada.




NO TEMPO DE DONDON

Vivemos tempos onde o resultado se tornou primordial, o caminho para isso só importa se for vencedor. Apenas dois lances, em todo o final de semana, são dignos de nota.

“Um senhor chapéu, para delírio das gerais no coliseu”, de Valdívia – que só fez isso no jogo, mas valeu o salgado ingresso da arena de nome proibido pela CBF e a Globo, tal como a Liesa fez com a Beija Flor em 89.



“Captar o visual de um chute a gol”, de Renato Cajá – que golaço – jogando pela Ponte Preta diante do Grêmio, no substituto do saudoso Olímpico.

A primeira impressão do Brasileiro é a de saudades de tabelas assim: “Para Mané, para Didi, para Mané, Mané para Didi, para Didi, para Mané, para Didi, para Pagão, para Pelé e Canhoteiro.” O final dessa história a gente sabe onde acaba.


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta