“Para estufar esse filó como eu
sonhei, só se eu fosse o Rei.”, dizia Chico Buarque, em “O Futebol”.
Começou o Campeonato Brasileiro
da CBF, aquele que nos prova a cada ano como esta entidade é um atraso de vida
para o nosso futebol. O que vimos na primeira rodada, em termos de público, é
vergonhoso. Salve-se aí o Fluminense, com seus 20 mil no Maracanã, e o
Palmeiras em São Paulo.
O que se vê em campo é de fazer
chorar. Da alegria do Botafogo pela vitória importante na estreia contra o
Paysandu, na série B, ao tempo perdido pelo Flamengo em Atibaia, com um time
perdido em campo.
O Vasco, ou pela ressaca, ou pelo
choque de realidade, também estreou mal. Perdeu dois pontos importantes. O Flu,
ao menos, venceu. Mesmo que a bola tenha sido bem pequena.
NO TEMPO DE DONDON
Vivemos tempos onde o resultado
se tornou primordial, o caminho para isso só importa se for vencedor. Apenas
dois lances, em todo o final de semana, são dignos de nota.
“Um senhor chapéu, para delírio
das gerais no coliseu”, de Valdívia – que só fez isso no jogo, mas valeu o
salgado ingresso da arena de nome proibido pela CBF e a Globo, tal como a Liesa
fez com a Beija Flor em 89.
“Captar o visual de um chute a
gol”, de Renato Cajá – que golaço – jogando pela Ponte Preta diante do
Grêmio, no substituto do saudoso Olímpico.
A primeira impressão do
Brasileiro é a de saudades de tabelas assim: “Para Mané, para Didi, para Mané,
Mané para Didi, para Didi, para Mané, para Didi, para Pagão, para Pelé e
Canhoteiro.” O final dessa história a gente sabe onde acaba.
Valeu,
Bruno Porpetta
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Bruno Porpetta