A teledramaturgia brasileira, que
nos enche de orgulho pelo mundo afora, às vezes peca pelo roteiro pronto. Uma
repetição de histórias com outros nomes, outras personagens e os mesmos dilemas
e finais.
A vida é muito mais dinâmica,
contraditória e curiosa do que as novelas. É na realidade que as pessoas se dão
mais o direito de deixar passar o cavalo selado duas ou mais vezes, sem
montá-lo.
A denúncia publicada por Jamil
Chade, no Estadão, não chega a ser
propriamente uma novidade, muito menos uma surpresa. É a comprovação documental
do pão bolorento que é a CBF. A razão fundamental de cada gol alemão na Copa.
A CBF, que cuida mal de suas
competições, terceirizou os cuidados com a seleção. Ou seja, a rigor, a
entidade não faz nada, a não ser ganhar dinheiro. Dá saudades de caras como
João Saldanha, que nunca admitiria a escalação de qualquer jogador por qualquer
outra pessoa que não fosse ele mesmo.
A MESMA PRAÇA, O MESMO BANCO...
Sob nova direção, a CBF continua
gerando renda (e não é pouca) ao ex-fugitivo Ricardo Teixeira. Através da
seleção, mediando negociações de contratos. Passeando pelo mundo em paraísos
fiscais.
É lamentável o “piti” de Walter
Feldman, na Folha, contra Juca
Kfouri. Sobram adjetivos para definir essa manifestação histérica e patética do
homem responsável pela aproximação ainda maior e mais perigosa da CBF com o
Congresso, de Eduardo Cunha e Renan Calheiros.
Não há nada de novo na CBF, como
não havia na política nas últimas eleições. O projeto Marina, que mostrou-se
mais do mesmo e tinha como parte o senhor Feldman, explica bem o que é a CBF
atual. Mais do mesmo.
Já houve uma CPI da CBF, que deu
com os burros n’água. Haverá outra? É hora de montar o cavalo.
Valeu,
Bruno Porpetta
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Bruno Porpetta