Certamente, a notícia que tomou quase por completo o noticiário foi a contratação de Ronaldinho Gaúcho pelo Atlético-MG.
Aliás, nos últimos dias, Ronaldinho ocupou espaço significativo nas manchetes e programas de TV.
Desde a conturbada saída do Flamengo, não se fala em outro assunto.
Nem mesmo a provável escolha de um conservador para a presidência do IPEA, substituindo o avançado Márcio Pochmann. Não se sabe quanto está o dólar (ou talvez Assis saiba), nem o preço da cana-de-açúcar no mercado agrícola.
Só se fala em Ronaldinho e no papel de trouxa que a direção do Flamengo enfiou o clube.
Até um vídeo "bombástico" com Ronaldinho passando a noite no quarto de uma moça, em um hotel em Londrina, onde o Flamengo fez sua "pré-temporada", anda rolando por aí, sendo divulgado pelo site do jornal Extra, do Rio de Janeiro.
Há uma clara e evidente tentativa da mídia (leia-se a Globo) em "criminalizar" Ronaldinho.
Convenhamos, é importante lembrar, dentre os inúmeros craques que o futebol brasileiro produziu, um campeão do mundo e da Libertadores pelo Grêmio, campeão brasileiro pelo Flamengo, ídolo do Fluminense por interromper, com a barriga, um jejum de 10 anos sem títulos estaduais: Renato Portaluppi, ou simplesmente Renato Gaúcho.
Segundo ele próprio, já passou a noite no quarto de milhares de mulheres. Sempre foi adepto de uma festa, uma noitada e, principalmente, umas cervejinhas.
Já dizia o conhecimento popular que não se faz amigos bebendo leite.
Renato saiu, bebeu e voltou acompanhado, altas horas da madrugada, para casa. E jogou muito!
Nasceu no Rio Grande do Sul, mas foi no Rio de Janeiro que encontrou o lugar ideal para ser o que é. Um craque boêmio.
Para Ronaldinho, uma enorme diferença. Renato não se escondia em campo, e vestia a camisa do time que jogava.
Foi Renato que, no momento mais difícil da história do Fluminense, ameaçou tirar a roupa caso o tricolor das Laranjeiras fosse rebaixado.
Pitoresco, mas remonta a uma das vergonhas do futebol brasileiro.
De qualquer forma, Renato fez história no nosso futebol. Ronaldinho, por todo o planeta.
Nem o fato de Ronaldinho não ser mais aquele, desde 2006, apaga o ídolo que é, ou o craque que foi.
Embora seja temerário, para a própria imagem, jogar com a preguiça habitual dos últimos seis anos.
O Flamengo fez sua aposta, vendendo-a para a torcida como uma certeza, que nem o Flamengo, nem Ronaldinho foram capazes de cumprir.
A cada dia que passa, inclusive, o Flamengo, como um ex-namorado ressentido pelo término da relação, vai tornando a situação mais ridícula para si próprio. As ameaças ao Palmeiras, por exemplo, são um evidente caso de maus tratos da direção do rubro-negro com a própria história do clube.
Já no Atlético-MG, o clima é de aposta mesmo.
A torcida queria um camisa 10? Ta aí!
Mas o contrato é curto (apenas seis meses), e o salário bem mais modesto que o anterior. Receberá 300 mil reais por mês, cerca de 25% do salário prometido, e não cumprido, pelo Flamengo.
Provavelmente, terá sua renda complementada pelos dividendos judiciais que o clube carioca deve pagar por um bom tempo.
Compensa para os dois.
Se for bem, ponto para o Galo! Se for mal, em janeiro a torcida atleticana estará livre dele.
Diante do alto índice de rejeição de Ronaldinho nos clubes brasileiros, o negócio não deixa de ser arriscado. Como já era quando o Flamengo o contratou, mas o custo é bem menor.
Vale a pena pagar para ver, a preços mais módicos.
Valeu,
Bruno Porpetta
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