segunda-feira, 4 de julho de 2011

Foi péssimo, mas sem motivo para desespero

Empatar em 0 a 0 com a Venezuela é um absurdo! Inaceitável!

Tal como o empate em 1 a 1 da Argentina - jogando em casa e com o melhor jogador do mundo - com a Bolívia.

Esse papo de "não existe mais bobo no futebol" é uma galhofa com a cara do torcedor. Aliás, muito pelo contrário, creio que o futebol brasileiro é que foi ficando bobo com o tempo.

Tudo porque, durante muito tempo, abrimos mão daquilo que é nossa característica fundamental: a liberdade.

E não é liberdade, necessariamente, ofensiva. É a graça, o despojo, a "irresponsabilidade" com a bola. Tal como Clodoaldo que, na final da Copa de 70 contra os italianos, driblou quatro jogadores na frente da área. Ficamos sujeitos às vontades de um "comandante" que atende pelo cargo de treinador e submete os jogadores à esquemas táticos cada vez mais simpáticos à arquitetos, menos a boleiros.

Mas isso é papo pra outro momento. O que nos importa agora é a estreia pífia contra a seleção bolivariana da Venezuela, os Vino Tinto. Concorre ao jogo mais chato do ano!


Chávez e o povo venezuelano tem muito a comemorar hoje



Dizer que o time venezuelano - que por convicções ideológicas muito me apraz - jogou atrás, com marcação forte, é mais uma destas bobagens repetitivas para entrevistas.

Quem, em sã consciência, vai jogar contra a seleção brasileira e se abrir como um botão de rosa?

Então, é óbvio que a obrigação de criar espaços é do Brasil! Aí entramos nas questões mais relevantes sobre o jogo. As péssimas atuações individuais.

Ganso, a grande esperança de um toque de genialidade no meio-campo, foi uma nulidade.

Neymar, o mais badalado do momento, pouco produziu.

Robinho, que vem de boa temporada no Milan, fez mais firulas que qualquer outra coisa.

No primeiro tempo, quem levou mais perigo ao gol venezuelano foi Pato. Por um motivo simples, chutou a gol. Parece que os jogadores desaprenderam que, para a bola chegar ao gol, é preciso chutá-la naquela direção.

O que já foi ruim, conseguiu piorar na segunda etapa. Não fosse a baixa qualidade dos atacantes venezuelanos, a coisa podia ser ainda mais trágica.

Aliás, coisa que a Bolívia tinha mais, no empate com os argentinos.

Mas ainda não é para se desesperar.

O que Mano pensa para a seleção não é ruim. Se mantém Robinho um pouco mais preso ao meio-campo, libera mais Ganso para encostar no ataque e Neymar, apesar de formar uma linha de três no meio, aberto pela esquerda, pode partir pra cima dos adversários com mais tranquilidade e/ou entrar pelo meio, tabelando com Pato.

O Brasil, fatalmente, vai se classificar para a segunda fase. E é aí que a porca vai torcer o rabo.

Por isso, sem motivo para pânico. Mas, como diria o presidente venezuelano Hugo Chávez: "Por ahora!"


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta