terça-feira, 11 de agosto de 2015

Castigo a galope

A demissão de treinadores no Brasil é tão corriqueira que merece um “demissiômetro” no Largo da Carioca para contar quantos já caíram ao longo do ano.



Este último final de semana foi exemplar dos efeitos dessa “cultura”. O Inter foi atropelado pelo Grêmio após demitir, sem maiores explicações, o treinador Diego Aguirre.

Ao mesmo tempo, Ricardo Gomes viu o Botafogo perder para o Santa Cruz. Uma derrota que lhe tirou a liderança da série B, posição onde se encontrava o alvinegro quando demitiu, sem muitas explicações, Renê Simões.

Por outro lado, Cristóvão não foi demitido do Flamengo. Mas convive com a eterna ameaça de demissão pela imprensa e parte da torcida. A sorte dele é que, pelo menos, a direção do clube está com ele.

O time que ataca cada vez mais a cada partida, ao mesmo tempo em que leva gols em lances de bola parada em jogos seguidos, é passível de críticas. Nem perto da sacanagem orquestrada contra o treinador rubro-negro. Não à toa, ele pode dizer que é vítima de racismo.

Renê Simões perdeu o emprego após cair na Copa do Brasil para um time da primeira divisão. À frente, por exemplo, do Vasco, campeão carioca.

Era o líder da série B, coisa que no início do ano era improvável dizer que aconteceria. Aliás, o Botafogo era, a princípio, o patinho feio, inclusive, do Carioca.

Diego Aguirre pecou por assumir a Libertadores como a sua competição, largando o Brasileiro. Mas foi vítima de uma covardia por parte da direção do Inter, que o demitiu em busca de um “fato novo”. Dito e feito, ganhou uma mão cheia de “fatos novos”, justamente, do Grêmio.


Enfim, essa dança das cadeiras entre treinadores só serve a empresários, que ganham comissões a cada contrato. Para o futebol, não tem a menor serventia.


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta