A demissão de treinadores no Brasil é tão corriqueira que merece
um “demissiômetro” no Largo da Carioca para contar quantos já caíram ao longo
do ano.
Este último final de semana foi exemplar dos efeitos dessa “cultura”.
O Inter foi atropelado pelo Grêmio após demitir, sem maiores explicações, o
treinador Diego Aguirre.
Ao mesmo tempo, Ricardo Gomes viu o Botafogo perder para o
Santa Cruz. Uma derrota que lhe tirou a liderança da série B, posição onde se
encontrava o alvinegro quando demitiu, sem muitas explicações, Renê Simões.
Por outro lado, Cristóvão não foi demitido do Flamengo. Mas
convive com a eterna ameaça de demissão pela imprensa e parte da torcida. A
sorte dele é que, pelo menos, a direção do clube está com ele.
O time que ataca cada vez mais a cada partida, ao mesmo
tempo em que leva gols em lances de bola parada em jogos seguidos, é passível
de críticas. Nem perto da sacanagem orquestrada contra o treinador rubro-negro.
Não à toa, ele pode dizer que é vítima de racismo.
Renê Simões perdeu o emprego após cair na Copa do Brasil para
um time da primeira divisão. À frente, por exemplo, do Vasco, campeão carioca.
Era o líder da série B, coisa que no início do ano era improvável
dizer que aconteceria. Aliás, o Botafogo era, a princípio, o patinho feio,
inclusive, do Carioca.
Diego Aguirre pecou por assumir a Libertadores como a sua competição,
largando o Brasileiro. Mas foi vítima de uma covardia por parte da direção do
Inter, que o demitiu em busca de um “fato novo”. Dito e feito, ganhou uma mão
cheia de “fatos novos”, justamente, do Grêmio.
Enfim, essa dança das cadeiras entre treinadores só serve a
empresários, que ganham comissões a cada contrato. Para o futebol, não tem a
menor serventia.
Valeu,
Bruno Porpetta
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