quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Sábias palavras de Pai Zezão

Por José Renato Baptista, camarada de fé, de visão de mundo e de paixão pelo Flamengo.


"Tem uma coisa engraçada. 

As pessoas acham que o volei brasileiro tem bons resultados há tantos anos por causa dos jogadores e do Bernardinho. 

Sim, também. Mas esquecem que existe um trabalho que vem sendo feito desde 1982, quando a chamada "Geração de Prata" conquistou um vice-campeonato mundial e uma medalha de prata olímpica. O Brasil vem conquistando títulos e vitórias nas categorias de base há tantos anos. 

O nosso problema é achar que medalhas olímpicas ou vitórias esportivas são o resultado de gênios excepcionais que surgem de vez em quando. 


Sim, os gênios surgem, é verdade, quando você extrai da quantidade a qualidade. É preciso que existam muitos atletas em uma modalidade para que surjam os grandes atletas. É preciso que as pessoas pratiquem esportes para que o talento apareça.

Muitos vem destacando isso: é preciso trabalhar a base. 


Não esperem grandes resultados olímpicos daqui há 4 anos. Eles não virão.

No volei eles vieram em quase 20 anos de trabalho. No judô, eles podem vir, mas já são aí pelo menos dois ciclos olímpicos. Nos demais esportes vai ser sempre muito dífícil. 

Só investindo massivamente nos esportes, no esporte escolar, não para formar atletas, mas para difundir a prática dos esportes, é que vamos ver aparecer medalhas e subir no quadro de medalhas em uma Olimpíada. 

No mais, veremos eventuais bronzes. Raras pratas e raríssimos ouros."


É mais ou menos o que eu tenho tentado falar nos últimos dias. O número de medalhas é diretamente proporcional ao número de praticantes esportivos. E país que pratica esportes, com ou sem medalhas, é um país melhor.


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta