segunda-feira, 23 de abril de 2012

O tempo passa, o tempo voa...*

Há quase um ano, escrevi sobre Ronaldinho no Flamengo.

Precisamente em 11 de junho de 2011.

Fazia sucesso, à época, uma música muito chata, de uma banda muito chata. Representantes legítimos do perfil "meio intelectual, meio de esquerda", comedores de brócolis e plantadores de árvores da Vila Madalena, em São Paulo, A banda mais bonita da cidade bombava no Youtube com o videoclipe Oração.

Uma música repetitiva, com letra pueril e um clipe tão meigo que dá vontade de lançar um míssil contra os bonitinhos. A música brasileira não precisava de uma síntese de Los Hermanos (que compõem o mesmo perfil aqui no Rio, sonhando ser Chico Buarque) e Titãs (pelo número bastante expressivo de membros).

Por isso, nada mais pop para um blogueiro desconhecido que, ao falar de Ronaldinho, o enquadrasse em um título que dialogava com a tamanha irritação que aquela música me provocava.

O título do artigo era "O craque mais escondido da cidade" e está disponível no link abaixo, para eventuais consultas do leitor.

http://porpetta.blogspot.com.br/2011/06/o-craque-mais-escondido-da-cidade.html


Pareceu-me relevante dividir uma sensação com vocês.

Este artigo, de quase um ano atrás, há cerca de um mês, ronda as estatísticas que o colocam entre os mais lidos recentemente.

Eles podem sair abraçados da vida do Flamengo


Neste momento, ele é o mais lido da última semana, o mais lido no mês e, surpreendentemente, o mais lido em toda a história do blog.

Aí eu me pergunto, será coincidência? Será que o texto é tão bom assim? Quem sabe ele foi publicado no Marca espanhol e eu nem fiquei sabendo?

A resposta é óbvia: NÃO!

O Marca está muito ocupado tirando sarro do Barcelona, e não estaria preocupado com um ex-ídolo do rival.

O texto nem é uma Brastemp. Embora possa gelar uma cerveja, não é pra tanto.*

E coincidência, infelizmente, não é.

De lá para cá, o cenário de Ronaldinho no Flamengo é quase o mesmo.

Suas boas atuações são como chuva no semiárido, raríssimas.

O que mudou de lá pra cá foi o tamanho do prejuízo do Flamengo. Dos 250 mil reais do ano passado, o clube passou a arcar integralmente com seu salário.

O resultado é que o Flamengo agora é uma escola, com férias duas vezes ao ano.

Por "coincidência", assim como a permanência do Flamengo em praticamente todos os cadernos dos jornais em 2010, as confusas relações entre jogadores, dirigentes e comissão técnica em 2011, e agora as eliminações precoces em todas as competições que disputava, a presidenta-vereadora do Flamengo parece estar na Sibéria.

As declarações, geralmente, são dadas por dirigentes enrolados e desafinados, o treinador e alguns jogadores, exceção feita a Ronaldinho, claro.

Patrícia Amorim gosta da festa, da boa nova, porque estas rendem votos, seja lá onde estejam estes votos. Seja no Flamengo, seja na cidade do Rio de Janeiro.

Más notícias, crises e afins são assuntos apenas de bastidores, sem muitas aparições. Estas jogam contra as pretensões eleitorais da ex-nadadora.

O pior é saber que ela pode se reeleger. Tanto em um, como no outro.


Valeu,

Bruno Porpetta


* As empresas referidas, tanto o banco quanto a indústria de eletrodomésticos, não pagaram um centavo sequer para figurar por aqui, mas devo reconhecer que as propagandas de ambas, de outros tempos, são excelentes.



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Valeu,

Bruno Porpetta