sexta-feira, 13 de abril de 2012

O craque da rodada é...

Sem dúvida alguma, São Judas Tadeu!

Ora, mas o Flamengo, cujo santo é o padroeiro, foi eliminado. Como assim?

Os santos, muito mais do que milagreiros, devem prezar pela justiça.

Se o milagre e a justiça entram em conflito, a vocação de sua santidade impõe a segunda.

São Judas Tadeu em noite de gala


No Engenhão, o Flamengo "fazia sua parte", vencendo o Lanus por 3 a 0.

São Judas jogou tanto, mas tanto, que o rubro-negro teve boa atuação, teve gol de Welinton, um desvio sutil na perna do zagueiro do time argentino no gol de Deivid, o gênio de ocasião Ronaldinho Gaúcho foi visto correndo, além de sua linda jogada no terceiro gol de Luiz Antônio.

Para se ter uma ideia, Joel Santana fez três substituições, nenhuma delas promoveu a entrada de um zagueiro. Ou seja, o santo tava forte!

Os caprichos ficaram para a outra partida, entre Olimpia e Emelec, em Assunção.

No fim do primeiro tempo, o Olimpia fazia 1 a 0. Podia-se supor que, jogando em casa, poderia se valer do desespero do Emelec para ampliar o placar. Ledo engano.

O segundo tempo foi, praticamente, de um time só. Do Emelec.

Mas o time equatoriano não é lá essas coisas. Consagrava o goleiro, a trave e, principalmente, dava status de gala a noite de São Judas Tadeu.

De acordo com o ditado, água mole em pedra dura tanto bate até que fura. O Emelec empata o jogo, a vaga, naquele momento, era do Flamengo.

Ao contrário do que se imaginava, não é o time da casa - superior tecnicamente - que busca a todo custo a vitória, é o Emelec. Tanto esforço, mesmo sem talento, é recompensado com o segundo gol. De todos os resultados, este era o mais inimaginável.

Aí o Olimpia teve que acordar pra vida. E foi pra cima.

Diante da fragilidade dos equatorianos, o gol de empate era, até certo ponto, previsível. E este saiu nos acréscimos, aos 46 minutos do segundo tempo.

O jogo estava empatado, e naquela altura, a vaga era indiscutivelmente do Flamengo.

São Judas havia cumprido sua missão? O milagre da classificação rubro-negra aconteceu?

Lembram quando dizíamos, no início desta crônica, que dado o conflito entre o milagre e a justiça, o santo deve ficar com a segunda?

Pois bem, a vaga do Flamengo durou um minuto! Foram 60 segundos onde, mesmo os mais incrédulos, oravam de joelhos diante da imagem do santo em dia de Messi, ou Pelé.

Mas o Flamengo não merecia a vaga. Pagava-se ali, naquela cabeçada de Quiñones, os equívocos de Joel, o descompromisso do time, a ausência quase permanente do gênio de ocasião.

A vaga era do Emelec!

O time de Guayaquil é bastante limitado tecnicamente. Mas jorrava neles vontade, a mesma que faltou ao Flamengo durante toda a competição, e ao Olimpia na reta final.

No fim das contas, fez-se justiça.

O que São Judas deixou ao Flamengo foram lições. Resta saber se alguém por lá está disposto a aprender.


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta