terça-feira, 9 de julho de 2013

Em busca de boas notícias

Olha, tudo bem que as noites de sono de um rubro-negro não são das mais tranquilas, mas o que está acontecendo com o Vasco?

Desmontou o time que tinha, Bernardo se enfiou em uma confusão que até hoje não teve uma explicação muito convincente, a torcida quer a cabeça de Dinamite num prato (justo ele, que foi um dos maiores ídolos do clube, mas se arruinou como dirigente) e ainda há a chance do retorno de Eurico Miranda (essa é pra entrar em pânico).



Há três meses, diante de uma crise financeira que fazia com que o gramado de São Januário fosse irrigado com água da piscina, por conta de uma dívida com a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), o Vasco apresentava o conceituadíssimo treinador Paulo Autuori.

Com discursos de amor ao Vasco, o treinador abria mão de situações financeiras mais confortáveis para assumir um abacaxi tremendo.

Me perdoem os vascaínos, mas o time que Autuori assumiu luta para não cair. Qualquer ponto é lucro, e o início diante da Portuguesa - adversário direto nesta inglória luta - foi positivo.

De repente, Autuori entra numa onda de ultimatos, cobrando os atrasados do elenco.

Beleza! Super justo! É um absurdo esta prática - mais que recorrente no futebol carioca - de deixar salários atrasados e dívidas se acumulando, como se todo mundo no futebol fosse obrigado a fazer tudo por amor.

O profissionalismo, para o qual o Vasco teve um papel fundamental em sua consolidação no Brasil, não permite que consideremos um mercenário alguém que cobre dois, três ou seis meses de salários atrasados e previstos em contrato. Ou seja, os valores cobrados não saem de uma cartola mágica, saem sim de um cartola maluco.

O Vasco, por sua vez, pede mais alguns dias para regularizar a situação do elenco, dizendo-se às vésperas de obter as certidões negativas de débito para liberar a verba de patrocínio da Eletrobrás (outra burrice, se sabe que deve as calças, por que firma acordo com uma estatal?).

Parece que as certidões (que às vezes parecem o horizonte, quanto mais perto, mais longe) saem na quarta-feira. No entanto, Autuori não parece disposto a esperar.

Ora, bolas! Autuori já sabia do abacaxi desde o início, quando aceitou o cargo. Agora passou a achar um absurdo aquilo que, pelo tamanho do rombo, já se sabia desde as caravelas de Cabral (o primeiro que arrasou indígenas) que iria acontecer?

Ao mesmo tempo, o São Paulo - time pelo qual Autuori ganhou seus títulos de maior expressão na carreira - está com o banco vago e já disse que não terá pudor nenhum em tirá-lo do Vasco.

Parece tudo tão casadinho, não? Soa até estranho...

Enquanto isso, em São Januário, ainda busca-se uma boa notícia. Se até os novos contratados fazem golaços contra (como foi o de Nei, no domingo), o que pode se esperar de 2013?

Antes a Copa das Confederações tivesse turno e returno...


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta