domingo, 9 de junho de 2013

Pro dia nascer feliz

Ok! Concordo que, se considerada minha ausência por aqui nos últimos dias, um post com este título em dia de vitória do Flamengo é puxar a brasa para a minha sardinha.

E é mesmo!

Voltar a vencer, do ponto de vista de quem só escreve sobre futebol porque, além de amar o esporte, tem paixão por um clube, é reconfortante.

Mas, como não poderia deixar de ser, procurarei fazer uma análise mais global da coisa.





O Flamengo é, em qualquer tempo, um caldeirão prestes a entornar.

Entra diretoria, sai diretoria e o termo "crise na Gávea" parece até incorporado ao nome do bairro. Como se fosse um ponto de referência.

- Onde fica aquele bar?

- Fica ali perto do "crise na Gávea".

Piadinhas infames à parte, o Flamengo não cultiva paz nem mesmo com uma diretoria de altos executivos do capitalismo nacional, interessados em fazer do clube a máquina de gerar riquezas que ele é capaz de ser.

A tal "gestão profissional" esbarra, muitas vezes, na capacidade que o clube também tem de inflar egos, vaidades e outras questões que passam longe dos interesses de sua torcida.

Demite-se Dorival Júnior pelos altos salários. Contrata-se Jorginho pelos baixos salários. Demite-se Jorginho pelos altos salários de Carlos Eduardo e a péssima relação custo-benefício. E no fim das contas, a única nota oficial do clube é para garantir o emprego de Paulo Pelaipe.

Vejamos.

Está errada a ideia de contar com um comandante caro para dirigir um elenco humilde, mas bem limpinho? Não! Mas os "profissionais" devem, no mínimo, guardar alguma coerência em suas decisões.

A mesma questão se colocou na demissão de Dorival, há apenas dois meses. E a opção feita foi pelo barato. Como o barato saiu caro - no campo, pelo menos - muda-se de ideia.

Ainda assim, não é um completo absurdo mudar de ideia quanto ao treinador.

Faz-se agora uma outra opção, com relação ao elenco. Treinadores caros gostam de times caros. Para consegui-los, é preciso abrir definitivamente o cofre. E aí reside a maior contradição desta diretoria.



O investimento maior feito pelo Flamengo, até o momento, foi em Carlos Eduardo - que pouco joga - e Marcelo Moreno - que graças ao nosso "fantástico" calendário, servirá à seleção boliviana por várias rodadas no Brasileirão.

Agora, se fala em nomes de peso para a defesa, o meio e o ataque. Enquanto isso, o Flamengo dos "profissionais" não comenta uma dívida de R$ 5 milhões com Dorival, pela rescisão do contrato.

Para estas questões, e para acabar com quaisquer dúvidas sobre possíveis rachas na diretoria, esta deveria se pronunciar oficialmente. Tal como qualquer executivo de uma grande empresa faria para detalhar os passos a serem dados, junto aos acionistas da mesma.

No entanto, o mundo desaba, notícias vazam (um filme que a torcida do Flamengo já viu centenas de vezes em administrações anteriores), mas a diretoria vem a público dizer apenas que Pelaipe fica.

É compreensível que, diante da inexperiência dos "profissionais" no futebol, chamar alguém que está habituado ao porco submundo da bola é quase uma imposição. Mas deve-se lembrar sempre do ditado: quem se junta aos porcos, come farelo.

Considerando a esperança que a torcida deposita nos girondinos rubro-negros, mais transparência e menos "intocáveis" são essenciais.

Em meio a tudo isto, às vésperas da parada para a Copa das Confederações, o Flamengo venceu, e lembrando o poema, "amanhã, ninguém sabe o que será".


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta