quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Um longo e tenebroso inverno

Durante as últimas décadas, o São Paulo foi exemplo de administração, de profissionalização, de planejamento...



Ou seja, desse papo que ganhou força com a Margareth Tatcher no início da década de 80 e se alastrou no Brasil nos anos 90.

Podem até me acusar de fazer juízo de valor da época áurea do tricolor paulista, porque é isso mesmo.

Só não podem creditá-lo a inveja ou coisa do tipo.

Evidentemente, o que deixa a galera "boladona" é que ninguém ganhou tanta coisa importante como o São Paulo nesse período. O time do Morumbi venceu três mundiais, três Libertadores e quatro Brasileiros só de 1991 pra cá.

A despeito de qualquer opinião a respeito, o São Paulo desenvolveu uma maneira de gestão onde a política do clube interferia pouco no dia-a-dia. Os bastidores não entravam em ebulição a cada eleição de diretoria, como sempre entraram em outros clubes.

Ocorre que este "patrimônio" do São Paulo se perdeu.



O goleiro-artilheiro-presidente do clube, Rogério Ceni, de grande influência positiva para os mais jovens passou a ser contestado. Dentro e fora do tricolor.

A troca de farpas entre Rogério e o ex-treinador Ney Franco é o símbolo dessas mudanças. Os problemas do São Paulo eram todos devidamente abafados e resolvidos dentro do clube. Hoje, estão na imprensa.

Há tempos que uma crise no tricolor paulista não durava tanto tempo, expondo uma fragilidade administrativa pouco comum nestes tempos.

A chegada de Paulo Autuori escancarou que o problema não é técnico ou tático. Há um profundo desgaste no modelo de organização do São Paulo. Para piorar, quem dá aula de organização hoje é o "inimigo", o Corinthians.



Apesar de um possível ressentimento de Ney Franco com o São Paulo, seus ataques pela imprensa não devem ser somente um ataque histérico. Tem caroço nesse angu!

O que realmente importa agora, a partir da análise do momento atual, é saber se o São Paulo vai cair ou não pra segundona.

Quer saber? Acho que não! Não tem time pra cair! Mas essa zona que o clube se tornou é típica de time rebaixado. Se não de divisão, ao menos de "pedigree".


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta