quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Somos todos coveiros?

As recentes denúncias da Europol (Polícia da União Europeia) acerca do arranjo de centenas de resultados em partidas de vários continentes deixaram o mundo do futebol em alvoroço.

Apesar de não revelar as partidas e os países envolvidos, para não comprometer as investigações, algumas informações pescadas pela imprensa dão conta de que boa parte dos envolvidos está na Alemanha, mas também incluem a América do Sul e o Brasil, além de partidas da Liga dos Campeões da Europa.

Longe de especular sobre os envolvidos e os resultados da investigação, esta "bomba" parece ter caído em boa hora para a "magnânima" FIFA.



Surge poucas semanas depois do estouro de outra "bomba", cujo pavio foi aceso pela France Football, denunciando que a Copa do Mundo de 2022 foi comprada pelo Qatar. Tudo com intermédio de Ricardo Teixeira e João Havelange, além de envolver outros dirigentes de futebol, dentre eles Michel Platini.

Aí vem o senhor Blatter, na maior cara lavada, pedir aos países que aprovem leis de combate à corrupção no futebol. Isso incluiria a própria FIFA? Obviamente, não.

A mesma FIFA, que pune clubes por recorrerem à justiça de seus países, pede uma "forcinha" aos governantes para coibir práticas que recebem da entidade apenas braços cruzados.

No fim das contas, tudo não passa de uma tentativa de desvio de foco. Um ardil para que o mundo se preocupe mais com o arranjo de resultados do que com o de Copas do Mundo, o principal produto da FIFA.

Uma boa maneira de fingir-se de morto, e assim, comer o do coveiro.


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta