segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A ressureição da Zâmbia

Eram 28 de abril de 1993.

Os Chipolopolo (balas de cobre, no dialeto bemba) viajavam para uma partida válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1994, nos EUA.

Ao parar para abastecer em um aeroporto em Libreville, no Gabão, o avião que carregava a delegação explodiu, logo após a decolagem. Morreram na tragédia 18 jogadores da melhor seleção que a Zâmbia já teve em sua história, cuja base era formada pelo surpreendente time que, cinco anos antes, enfiou um sonoro 4 a 0 na Itália, com Baggio e tudo o que tinha direito, pelos Jogos Olímpicos de Seoul.

O maior título da Zâmbia foi ressucitar sua história


Quase 19 anos depois, a seleção da Zâmbia está de volta a Libreville. Agora, pela terceira vez em sua história, como finalista da Copa Africana de Nações, em condição inferior ao adversário, a constelação da Costa do Marfim.

Nas finais que disputou anteriormente, foi derrotada pelo Zaire (1974) e pela Nigéria (1994).

O jogo ficou no 0 x 0, no tempo normal e na prorrogação, após a grande estrela marfinense, Didier Drogba, ter perdido um pênalti durante a partida. E seriam as mesmas penalidades que decidiriam o campeão.

Após sete cobranças convertidas para cada time, justamente dois astros enterraram as chances da Costa do Marfim.

Primeiro foi Kolo Touré, do Manchester City, que desperdiçou sua cobrança. Na sequência, Kalaba também perdeu pelos zambianos.

Gervinho teve sua oportunidade, igualmente desperdiçada. E Sunzu marcou seu nome na história da Zâmbia, convertendo o último pênalti e dando o título inédito ao país.

A Zâmbia é campeã africana, representará o continente na Copa das Confederações, em 2013, no Brasil, mas ganhou muito mais do que isso.

O título ressucitou àquela seleção, que naquela mesma cidade, deixou de fazer história, sendo uma eterna promessa.

Parabéns, Zâmbia! Por um troféu que lhes devolveu a vida, homenageando seus mortos.


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta