terça-feira, 9 de junho de 2015

Não toque em mim!

Poderia ser apenas uma frase de uma música sertaneja qualquer, mas para espanto de todos e todas é a postura da arbitragem neste Campeonato Brasileiro.

Esta coisa de jogador, treinador e qualquer outro ser humano não poder sequer falar com o árbitro, além de soar ridículo, é absolutamente autoritário. Digno de quem pensa o futebol da mesma forma em que pensou o país entre 1964 e 1985.



Ver o árbitro se portando como um Batman no alto de um prédio em Gotham City, com o peito estufado e olhando para o horizonte, diante de um jogador ou treinador que reclama, algumas vezes, com razão, é de doer.

Jogador expulso porque disse “não foi falta” é uma completa ausência de bom senso. A decisão do árbitro já é soberana por si só, sem a necessidade de imposição adicional. A reclamação é do jogo, cabendo ao árbitro ignorá-la ou puni-la em caso de abuso.

A punição como primeiro recurso só prejudica o jogo. A farta distribuição de cartões em uma partida amarra a mesma. Ninguém quer se arriscar a tomar o segundo e, assim, some do jogo.

BATE, MAS NÃO FALA

Ainda há outra questão. Igualar a reclamação à jogada violenta, além de absurdo, pode tornar a arbitragem mais tolerante com a pancada. Diante da determinação de evitar a “rodinha” em torno do árbitro, ao amarelar um ou outro e, ao mesmo tempo, não querer prejudicar o espetáculo com expulsões a rodo, a tendência é que o juiz “afine” na hora da pancada.

Resumidamente, a decisão da Comissão de Arbitragem da CBF é absurda, equivocada e inconsequente. O que não chega a ser uma surpresa, vindo de quem vem.


Não é de hoje, e nem só por isso, que a CBF é um poço de equívocos. Não à toa, seus dirigentes saem do Congresso da FIFA presos ou correndo.


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta