Poderia ser apenas uma frase de
uma música sertaneja qualquer, mas para espanto de todos e todas é a postura da
arbitragem neste Campeonato Brasileiro.
Esta coisa de jogador, treinador
e qualquer outro ser humano não poder sequer falar com o árbitro, além de soar ridículo,
é absolutamente autoritário. Digno de quem pensa o futebol da mesma forma em
que pensou o país entre 1964 e 1985.
Ver o árbitro se portando como um
Batman no alto de um prédio em Gotham
City, com o peito estufado e olhando para o horizonte, diante de um jogador ou
treinador que reclama, algumas vezes, com razão, é de doer.
Jogador expulso porque disse “não
foi falta” é uma completa ausência de bom senso. A decisão do árbitro já é
soberana por si só, sem a necessidade de imposição adicional. A reclamação é do
jogo, cabendo ao árbitro ignorá-la ou puni-la em caso de abuso.
A punição como primeiro recurso
só prejudica o jogo. A farta distribuição de cartões em uma partida amarra a
mesma. Ninguém quer se arriscar a tomar o segundo e, assim, some do jogo.
BATE, MAS NÃO FALA
Ainda há outra questão. Igualar a
reclamação à jogada violenta, além de absurdo, pode tornar a arbitragem mais
tolerante com a pancada. Diante da determinação de evitar a “rodinha” em torno
do árbitro, ao amarelar um ou outro e, ao mesmo tempo, não querer prejudicar o
espetáculo com expulsões a rodo, a tendência é que o juiz “afine” na hora da
pancada.
Resumidamente, a decisão da
Comissão de Arbitragem da CBF é absurda, equivocada e inconsequente. O que não
chega a ser uma surpresa, vindo de quem vem.
Não é de hoje, e nem só por isso,
que a CBF é um poço de equívocos. Não à toa, seus dirigentes saem do Congresso
da FIFA presos ou correndo.
Valeu,
Bruno Porpetta
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será moderado e pode não ser incluído nas seguintes hipóteses:
1 - Anônimo
2 - Ofensivo
3 - Homofóbico
4 - Machista
5 - Sexista
6 - Racista
Valeu,
Bruno Porpetta