domingo, 25 de novembro de 2012

A queda

Infelizmente, as tarefas do cotidiano tem me ausentado um pouco. Peço-lhes desculpas prolongadas, por cada dia sem postar algo e comentar algum fato relevante sobre o futebol, a vida, as pedras no caminho e por aí vai.

Sem dúvida alguma, os grandes fatos recentes neste "blogstício" foram as quedas do Palmeiras e de Mano Menezes.



Sobre o Palmeiras, era bola cantada há algum tempo, mas a força da camisa do Palmeiras nos fazia desconfiar de algum milagre.

Mas o Palmeiras sequer conseguiu vencer o confuso, e em férias, Flamengo. Aí não tem jeito.

Caiu, levando consigo os problemas que, igualmente, afligem o próprio Flamengo.

Cada vez que o clube passa por um processo eleitoral (o do Palmeiras é no início do próximo ano), o período que o antecede é uma draga. Os constantes conflitos entre situação e oposição acabam relegando o Palmeiras a segundo plano. A prioridade para cada grupo é a disputa de poder e seus interesses comerciais, intrinsecamente pessoais.

A frustrante gestão Belluzzo, que poderia interromper este ciclo de egos inflados, sucumbiu à composição de forças políticas internas, envolvidas nesta velha engrenagem que emperra o Palmeiras. E a cada eleição, o que surge como novidade acaba se rendendo à lógica que reina no clube.

Assim, não é surpreendente que o Palmeiras caia pela segunda vez em 10 anos. Se nada disso mudar, haverão outras e o Palmeiras pode se tornar o maior campeão da história da segunda divisão brasileira. Seria ótimo, se fosse o Paraná Clube. Mas é o Palmeiras...

A outra queda, de igual relevância, é a do treinador da seleção. Mano sucumbiu à sabe-se-lá-o-quê!

Aparentemente, é Marin (outro dia, escrachado por ter sido delator aos militares durante a ditadura) ganhando terreno à frente da CBF. Limpando qualquer vestígio da presença de Ricardo Teixeira no comando da entidade.

Se, por hora, Andrés Sanchez continua como Diretor de Seleções, é bom ele se preparar, pois sua cabeça parece a prêmio.

Anunciou-se também que o próximo treinador será escolhido no ano que vem. Concorrem à vaga Tite, Felipão e Muricy, além da boataria em torno de Pep Guardiola.

Justamente na hora que Mano estava muito próximo de achar o time. O esquema parecia definido. E há menos de um ano da Copa das Confederações.

Se Mano possui algum demérito neste período, em que foi quase o Presidente da República, é a falta de firmeza nas próprias convicções.

Os mais de 100 convocados não seriam tão assustadores, não fossem as inúmeras vezes que convocou por pressão externa, ao invés de seguir sua própria cabeça.

Para treinar a seleção, é preciso ter coragem! E esta faltou a Mano em algumas ocasiões.

Portanto, o momento de demití-lo era bem anterior ao da decisão. Se ficou até agora, devia permanecer até 2014.

Compromete-se todo o trabalho, além de significar um recomeço, com outra filosofia de trabalho, outras ideias acerca do futebol. Ou seja, jogamos dois anos fora.

E tudo por questões políticas.

Olha a tal da política aí de novo. A que derrubou o Palmeiras, derrubou o Mano, derrubou Teixeira, derrubou Hitler, derrubou Collor...

E ainda tem gente que não gosta. Mal sabem que estão sujeitos, o tempo todo, às vontades de quem gosta.

Mas essa fica pra pensar na cama, com seus botões.


Valeu,

Bruno Porpetta

Um comentário:

  1. Bom, mas período eleitoral não atinge a todos, mas os mais turbulentos se perdem mesmo, porque senão o Corinthians não teria sido campeão brasileiro em ano eleitoral. Time quando é pra cair, não tem jeito, e aliás, o Palmeiras só retomou a descendente que ele tinha já desde o começo da década de 90, quando ela foi estancada pela lavanderia parmalat.

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Bruno Porpetta