Percebe-se nas conversas de bar, entre torcedores de diferentes clubes, contornos decisivos nestas últimas rodadas do turno do Campeonato Brasileiro.
Mas calma, gente. É só o turno! Ainda tem todo o returno pela frente.
Já dizia o Lindeza...
Óbvio que já dá pra traçar algumas linhas sobre o que cada time está disputando. Seja o título, a vaga na Libertadores, a vaga na Sulamericana ou evitar o descenso.
Mas nada está definido, e muita coisa ainda pode se alterar.
Uma derrota em casa, um empate com gosto de derrota, não são o fim do mundo agora.
Em um campeonato longo, como este, oscilações no futebol e na tabela são absolutamente compreensíveis. Não é possível manter o mesmo padrão de jogo por 38 rodadas consecutivas.
Se, por um lado, o desgaste físico e, consequentemente, as contusões começam a desfigurar os times, por outro, a impossibilidade de treinar as novas formações pelo acúmulo de jogos em sequência, no meio e final de semana, não contribuem para a melhor performance.
Isso sem falar nas inevitáveis suspensões, que impossibilitam que a mesma escalação se repita por mais de dois jogos, na maioria dos casos.
Passado tudo isto, quem conseguir minimamente se impor, vencer jogos fora de casa e contra adversários diretos e não engatar sequências de derrotas, leva vantagem no final. Porém, tão importante quanto é crescer na reta final da competição.
Alguns pequenos acidentes no trajeto são plenamente justificáveis, às vezes até necessários.
Só pra citar, o Cruzeiro de 2003 (o que fez 100 pontos) chegou a perder por 3 a 0 para o Paysandu. Venceu os últimos nove jogos da competição!
O São Paulo engatou um tricampeonato em 2006/07/08 vencendo as chamadas "minidecisões", termo usado por Muricy para definir os jogos onde, quem quisesse ser campeão, não poderia perder pontos.
O Flamengo chegou à metade da competição em 2009 simplesmente a 14 pontos do líder. Acabou campeão!
No último campeonato, o Fluminense conquistou o título perdendo pontos em casa para dois dos quatro times rebaixados à segunda divisão. Mas, durante todo o campeonato, nunca se distanciou da ponta de cima da tabela.
Ou seja, está cientificamente provado que, para vencer o Brasileirão em pontos corridos, elementos como regularidade, fator casa, não perder pontos bobos e combustível para a reta final são fundamentais.
Mas, da mesma forma que, muitas vezes, é impossível conjugá-los o tempo todo em um campeonato longo, também não se pode desprezar nenhum deles.
Portanto, podemos comemorar as vitórias, lamentar os empates e sofrer com as derrotas, mas ainda tem muita água pra passar debaixo dessa ponte.
Valeu,
Bruno Porpetta
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