segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Tropeçando no próprio cadarço

A demissão de Adilson Batista pelo Santos é um tiro no pé!

Não tanto pela análise tática do time do Peixe em 2011, mas pela evidente falta de planejamento para uma competição tão importante como a Libertadores.



A diretoria do Santos tinha um plano infalível pra Libertadores!


O alvinegro praiano, após a demissão do treinador campeão paulista e da Copa do Brasil, Dorival Júnior, manteve o interino Marcelo Martelotte até o final do Campeonato Brasileiro, para que o novo treinador, Adilson, pudesse iniciar seu trabalho já na pré-temporada.

Desde a escolha do nome, até a preocupação em colocá-lo no cargo desde o início dos trabalhos de preparação do time, deveriam revelar o perfil de time que se queria ver, principalmente, na Libertadores.

Não à toa, o Santos possui uma parceria com um grupo de investidores santistas chamado Terceira Estrela, deixando claros os objetivos do clube.

Em dois meses, não é possível avaliar a qualidade do trabalho do treinador, pois o mesmo ainda está montando a equipe, descobrindo a melhor formação e, no caso específico, aguardando o retorno de um dos grandes craques do time, Paulo Henrique Ganso.

Se os resultados não eram ainda expressivos, também não profetizavam o caos. O Santos de Adilson sofreu apenas uma derrota, para o Corinthians, pelo Campeonato Paulista.

Com todo o respeito aos Estaduais, mas para times grandes eles servem mais como pré-temporada do que qualquer outra coisa. Ou os times estão priorizando a Libertadores, ou a Copa do Brasil, por motivos óbvios.

Portanto, esta derrota não diz nada para uma equipe com preocupações muito maiores do que um clássico contra um Corinthians que só tem isso pra se apegar no primeiro semestre.

Mas as torcidas organizadas do clube, com todo o seu conhecimento e sabedoria, passaram a pedir a cabeça de Adilson num prato, ornado com alface e alho frito, a ser servido no Bar do Alemão, em frente ao Estádio Urbano Caldeira, na Vila Belmiro.

E a diretoria, eleita sob a égide da modernização administrativa, frente ao coronelismo da família Teixeira, que já tiveram pai e filho presidindo o clube, sucumbiu às insanidades dos torcedores "oficiais", e assim se igualam aos seus pares espalhados pelo Brasil afora.

No meio da competição mais importante para o Santos, agora procuram um novo treinador. E lá vem o interino segurar a bucha de novo!

No fim das contas, o Santos não ganha nada com isso daqui por diante. Pelo contrário, perderam dois meses de trabalho.

Alguns torcedores dizem que o problema de Adilson estava no excesso de volantes no time.

Por acaso acham que Ney Franco, Abel Braga ou o Dunga - sim, o Santos procurou até o Dunga! - escalariam times mais ofensivos?

Valeu,

Bruno Porpetta

Um comentário:

  1. Rapaz, essa demissão do Adilson é a maior loucura mesmo... Time grande não pode trocar de técnico no começo do ano. =) Isso é coisa de time pequeno ou em decadência!

    ResponderExcluir

Seu comentário será moderado e pode não ser incluído nas seguintes hipóteses:

1 - Anônimo

2 - Ofensivo

3 - Homofóbico

4 - Machista

5 - Sexista

6 - Racista


Valeu,

Bruno Porpetta