terça-feira, 8 de abril de 2014

Pausa para idolatria

Enquanto escrevo, o Atlético-PR decide sua vida na Libertadores, a 3600 metros acima do nível do mar, contra o The Strongest (ainda se fosse o mais fraco...), e Adriano começa a partida.

É inegável que possuo uma admiração singular pelo Imperador. Cria da Gávea, ganhou o mundo, voltou e me deu um Brasileiro de presente. Como posso não amá-lo?



Exemplo da mais genuína tradição de craques do Brasil. Temperamental (palavra usada para evitar o "maluco"), habilidoso, de origem pobre.

Mesmo que suas entrevistas sejam moldadas por cuidadosos assessores de imprensa, suas atitudes fora de campo são dignas de inveja. Ninguém no futebol atual é tão autêntico quanto Adriano. Ele é favelado, e é na favela que ele se encontra.

A propósito, Adriano foi decisivo para um reencontro da torcida do Flamengo com sua própria origem. Na favela! Toda a chamada "molambada" cantando a favela.

Quem diz que a favela é um problema na vida de Adriano o faz por ódio de classe. O problema na vida de Adriano é, na verdade, a Barra da Tijuca!

Adriano ficou rico! E assim, atraiu todo tipo de gente em torno de si. Inclusive playboys da Barra, um mundo ao qual ele não pertence. Mas esta necessidade de pertencimento é que detona o Adriano.

Muita gente não acredita, mas se Adriano quer voltar a ser um jogador de futebol profissional, tem plenas condições para tal. Indo à favela. Sem ela, Adriano não é nada.

Torço pelo dia em que o nome de Adriano esteja entre os destaques do Campeonato Brasileiro. Quem sabe já em 2014?


Valeu,

Bruno Porpetta

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será moderado e pode não ser incluído nas seguintes hipóteses:

1 - Anônimo

2 - Ofensivo

3 - Homofóbico

4 - Machista

5 - Sexista

6 - Racista


Valeu,

Bruno Porpetta